10.11.2014 Views

Decreto-Lei n.º 47344 de 25 de Novembro de 1966

Decreto-Lei n.º 47344 de 25 de Novembro de 1966

Decreto-Lei n.º 47344 de 25 de Novembro de 1966

SHOW MORE
SHOW LESS

Create successful ePaper yourself

Turn your PDF publications into a flip-book with our unique Google optimized e-Paper software.

Venda <strong>de</strong> coisas <strong>de</strong>feituosas<br />

ARTIGO 913.º<br />

(Remissão)<br />

1. Se a coisa vendida sofrer <strong>de</strong> vício que a <strong>de</strong>svalorize ou impeça a realização do<br />

fim a que é <strong>de</strong>stinada, ou não tiver as qualida<strong>de</strong>s asseguradas pelo ven<strong>de</strong>dor ou<br />

necessárias para a realização daquele fim, observar-se-á, com as <strong>de</strong>vidas<br />

adaptações, o prescrito na secção prece<strong>de</strong>nte, em tudo quanto não seja modificado<br />

pelas disposições dos artigos seguintes.<br />

2. Quando do contrato não resulte o fim a que a coisa vendida se <strong>de</strong>stina, aten<strong>de</strong>rse-á<br />

à função normal das coisas da mesma categoria.<br />

ARTIGO 914.º<br />

(Reparação ou substituição da coisa)<br />

O comprador tem o direito <strong>de</strong> exigir do ven<strong>de</strong>dor a reparação da coisa ou, se for<br />

necessário e esta tiver natureza fungível, a substituição <strong>de</strong>la; mas esta obrigação<br />

não existe, se o ven<strong>de</strong>dor <strong>de</strong>sconhecia sem culpa o vício ou a falta <strong>de</strong> qualida<strong>de</strong> <strong>de</strong><br />

que a coisa pa<strong>de</strong>ce.<br />

ARTIGO 915.º<br />

(In<strong>de</strong>mnização em caso <strong>de</strong> simples erro)<br />

A in<strong>de</strong>mnização prevista no artigo 909.º também não é <strong>de</strong>vida, se o ven<strong>de</strong>dor se<br />

encontrava nas condições a que se refere a parte final do artigo anterior.<br />

ARTIGO 916.º<br />

(Denúncia do <strong>de</strong>feito)<br />

1. O comprador <strong>de</strong>ve <strong>de</strong>nunciar ao ven<strong>de</strong>dor o vício ou a falta <strong>de</strong> qualida<strong>de</strong> da<br />

coisa, excepto se este houver usado <strong>de</strong> dolo.<br />

2. A <strong>de</strong>núncia será feita até trinta dias <strong>de</strong>pois <strong>de</strong> conhecido o <strong>de</strong>feito e <strong>de</strong>ntro <strong>de</strong><br />

seis meses após a entrega da coisa.<br />

ARTIGO 917.º<br />

(Caducida<strong>de</strong> da acção)<br />

A acção <strong>de</strong> anulação por simples erro caduca, findo qualquer dos prazos fixados no<br />

artigo anterior sem o comprador ter feito a <strong>de</strong>núncia, ou <strong>de</strong>corridos sobre esta seis<br />

meses, sem prejuízo, neste último caso, do disposto no n.º 2 do artigo 287.º<br />

ARTIGO 918.º<br />

(Defeito superveniente)<br />

Se a coisa, <strong>de</strong>pois <strong>de</strong> vendida e antes <strong>de</strong> entregue, se <strong>de</strong>teriorar, adquirindo vícios<br />

ou per<strong>de</strong>ndo qualida<strong>de</strong>s, ou a venda respeitar a coisa futura ou a coisa<br />

in<strong>de</strong>terminada <strong>de</strong> certo género, são aplicáveis as regras relativas ao não<br />

cumprimento das obrigações.<br />

ARTIGO 919.º<br />

(Venda sobre amostra)<br />

Sendo a venda feita sobre amostra, enten<strong>de</strong>-se que o ven<strong>de</strong>dor assegura a<br />

existência, na coisa vendida, <strong>de</strong> qualida<strong>de</strong>s iguais às da amostra, salvo se da<br />

convenção ou dos usos resultar que esta serve sòmente para indicar <strong>de</strong> modo<br />

aproximado as qualida<strong>de</strong>s do objecto.<br />

ARTIGO 920.º<br />

(Venda <strong>de</strong> animais <strong>de</strong>feituosos)<br />

Ficam ressalvadas as leis especiais ou, na falta <strong>de</strong>stas, os usos sobre a venda <strong>de</strong><br />

animais <strong>de</strong>feituosos.<br />

ARTIGO 921.º<br />

(Garantia <strong>de</strong> bom funcionamento)<br />

1. Se o ven<strong>de</strong>dor estiver obrigado, por convenção das partes ou por força dos usos,<br />

a garantir o bom funcionamento da coisa vendida, cabe-lhe repará-la, ou substituí-la<br />

quando a substituição for necessária e a coisa tiver natureza fungível,<br />

in<strong>de</strong>pen<strong>de</strong>ntemente <strong>de</strong> culpa sua ou <strong>de</strong> erro do comprador.

Hooray! Your file is uploaded and ready to be published.

Saved successfully!

Ooh no, something went wrong!