10.11.2014 Views

Decreto-Lei n.º 47344 de 25 de Novembro de 1966

Decreto-Lei n.º 47344 de 25 de Novembro de 1966

Decreto-Lei n.º 47344 de 25 de Novembro de 1966

SHOW MORE
SHOW LESS

You also want an ePaper? Increase the reach of your titles

YUMPU automatically turns print PDFs into web optimized ePapers that Google loves.

2. Na venda <strong>de</strong> coisas que hajam <strong>de</strong> ser transportadas <strong>de</strong> um lugar para outro, o<br />

prazo reportado à data da entrega só começa a correr no dia em que o comprador<br />

as receber.<br />

ARTIGO 891.º<br />

(Resolução do contrato)<br />

1. Se o preço <strong>de</strong>vido por aplicação do artigo 887.º ou do n.º 2 do artigo 888.º<br />

exce<strong>de</strong>r o proporcional à quantida<strong>de</strong> <strong>de</strong>clarada em mais <strong>de</strong> um vigésimo <strong>de</strong>ste, e o<br />

ven<strong>de</strong>dor exigir esse excesso, o comprador tem o direito <strong>de</strong> resolver o contrato,<br />

salvo se houver procedido com dolo.<br />

2. O direito à resolução caduca no prazo <strong>de</strong> três meses, a contar da data em que o<br />

ven<strong>de</strong>dor fizer por escrito a exigência do excesso.<br />

SECÇÃO IV<br />

Venda <strong>de</strong> bens alheios<br />

ARTIGO 892.º<br />

(Nulida<strong>de</strong> da venda)<br />

É nula a venda <strong>de</strong> bens alheios sempre que o ven<strong>de</strong>dor careça <strong>de</strong> legitimida<strong>de</strong> para<br />

a realizar; mas o ven<strong>de</strong>dor não po<strong>de</strong> opor a nulida<strong>de</strong> ao comprador <strong>de</strong> boa fé, como<br />

não po<strong>de</strong> opô-la ao ven<strong>de</strong>dor <strong>de</strong> boa fé o comprador doloso.<br />

ARTIGO 893.º<br />

(Bens alheios como bens futuros)<br />

A venda <strong>de</strong> bens alheios fica, porém, sujeita ao regime da venda <strong>de</strong> bens futuros, se<br />

as partes os consi<strong>de</strong>rarem nesta qualida<strong>de</strong>.<br />

ARTIGO 894.º<br />

(Restituição do preço)<br />

1. Sendo nula a venda <strong>de</strong> bens alheios, o comprador que tiver procedido <strong>de</strong> boa fé<br />

tem o direito <strong>de</strong> exigir a restituição integral do preço, ainda que os bens se hajam<br />

perdido, estejam <strong>de</strong>teriorados ou tenham diminuído <strong>de</strong> valor por qualquer outra<br />

causa.<br />

2. Mas, se o comprador houver tirado proveito da perda ou diminuição <strong>de</strong> valor dos<br />

bens, será o proveito abatido no montante do preço e da in<strong>de</strong>mnização que o<br />

ven<strong>de</strong>dor tenha <strong>de</strong> pagar-lhe.<br />

ARTIGO 895.º<br />

(Convalidação do contrato)<br />

Logo que o ven<strong>de</strong>dor adquira por algum modo a proprieda<strong>de</strong> da coisa ou o direito<br />

vendido, o contrato torna-se válido e a dita proprieda<strong>de</strong> ou direito transfere-se para<br />

o comprador.<br />

ARTIGO 896.º<br />

(Casos em que o contrato se não convalida)<br />

1. O contrato não adquire, porém, valida<strong>de</strong>, se entretanto ocorrer algum dos<br />

seguintes factos:<br />

a) Pedido judicial <strong>de</strong> <strong>de</strong>claração <strong>de</strong> nulida<strong>de</strong> do contrato, formulado por um dos<br />

contraentes contra o outro;<br />

b) Restituição do preço ou pagamento da in<strong>de</strong>mnização, no todo ou em parte, com<br />

aceitação do credor;<br />

c) Transacção entre os contraentes, na qual se reconheça a nulida<strong>de</strong> do contrato;<br />

d) Declaração escrita, feita por um dos estipulantes ao outro, <strong>de</strong> que não quer que o<br />

contrato <strong>de</strong>ixe <strong>de</strong> ser <strong>de</strong>clarado nulo.<br />

2. As disposições das alíneas a) e d) do número prece<strong>de</strong>nte não prejudicam o<br />

disposto na segunda parte do artigo 892.º<br />

ARTIGO 897.º<br />

(Obrigação <strong>de</strong> convalidação)<br />

1. Em caso <strong>de</strong> boa fé do comprador, o ven<strong>de</strong>dor é obrigado a sanar a nulida<strong>de</strong> da<br />

venda, adquirindo a proprieda<strong>de</strong> da coisa ou o direito vendido.

Hooray! Your file is uploaded and ready to be published.

Saved successfully!

Ooh no, something went wrong!