Decreto-Lei n.º 47344 de 25 de Novembro de 1966
Decreto-Lei n.º 47344 de 25 de Novembro de 1966
Decreto-Lei n.º 47344 de 25 de Novembro de 1966
Create successful ePaper yourself
Turn your PDF publications into a flip-book with our unique Google optimized e-Paper software.
estiver em risco <strong>de</strong> per<strong>de</strong>r o que é seu em consequência <strong>de</strong> execução por dívida <strong>de</strong><br />
terceiro.<br />
2. O <strong>de</strong>clarante só po<strong>de</strong> utilizar para a compensação créditos que sejam seus, e não<br />
créditos alheios, ainda que o titular respectivo dê o seu consentimento; e só<br />
proce<strong>de</strong>m para o efeito créditos seus contra o seu credor.<br />
ARTIGO 852.º<br />
(Diversida<strong>de</strong> <strong>de</strong> lugares do cumprimento)<br />
1. Pelo simples facto <strong>de</strong> <strong>de</strong>verem ser cumpridas em lugares diferentes, as duas<br />
obrigações não <strong>de</strong>ixam <strong>de</strong> ser compensáveis, salvo estipulação em contrário.<br />
2. O <strong>de</strong>clarante é, todavia, obrigado a reparar os danos sofridos pela outra parte,<br />
em consequência <strong>de</strong> esta não receber o seu crédito ou não cumprir a sua obrigação<br />
no lugar <strong>de</strong>terminado.<br />
ARTIGO 853.º<br />
(Exclusão da compensação)<br />
1. Não po<strong>de</strong>m extinguir-se por compensação:<br />
a) Os créditos provenientes <strong>de</strong> factos ilícitos dolosos;<br />
b) Os créditos impenhoráveis, excepto se ambos forem da mesma natureza;<br />
c) Os créditos do Estado ou <strong>de</strong> outras pessoas colectivas públicas, excepto quando<br />
a lei o autorize.<br />
2. Também não é admitida a compensação, se houver prejuízo <strong>de</strong> direitos <strong>de</strong><br />
terceiro, constituídos antes <strong>de</strong> os créditos se tornarem compensáveis, ou se o<br />
<strong>de</strong>vedor a ela tiver renunciado.<br />
ARTIGO 854.º<br />
(Retroactivida<strong>de</strong>)<br />
Feita a <strong>de</strong>claração <strong>de</strong> compensação, os créditos consi<strong>de</strong>ram-se extintos <strong>de</strong>s<strong>de</strong> o<br />
momento em que se tornaram compensáveis.<br />
ARTIGO 855.º<br />
(Pluralida<strong>de</strong> <strong>de</strong> créditos)<br />
1. Se existirem, <strong>de</strong> uma ou outra parte, vários créditos compensáveis, a escolha dos<br />
que ficam extintos pertence ao <strong>de</strong>clarante.<br />
2. Na falta <strong>de</strong> escolha, é aplicável o disposto nos artigos 784.º e 785.º<br />
ARTIGO 856.º<br />
(Nulida<strong>de</strong> ou anulabilida<strong>de</strong> da compensação)<br />
Declarada nula ou anulada a compensação, subsistem as obrigações respectivas;<br />
mas, sendo a nulida<strong>de</strong> ou anulação imputável a alguma das partes, não renascem<br />
as garantias que em seu benefício foram prestadas por terceiro, salvo se este<br />
conhecia o vício quando foi feita a <strong>de</strong>claração <strong>de</strong> compensação.<br />
SECÇÃO IV<br />
Novação<br />
ARTIGO 857.º<br />
(Novação objectiva)<br />
Dá-se a novação objectiva quando o <strong>de</strong>vedor contrai perante o credor uma nova<br />
obrigação em substituição da antiga.<br />
ARTIGO 858.º<br />
(Novação subjectiva)<br />
A novação por substituição do credor dá-se quando um novo credor é substituído ao<br />
antigo, vinculando-se o <strong>de</strong>vedor para com ele por uma nova obrigação; e a novação<br />
por substituição do <strong>de</strong>vedor, quando um novo <strong>de</strong>vedor, contraindo nova obrigação, é<br />
substituído ao antigo, que é exonerado pelo credor.<br />
ARTIGO 859.º<br />
(Declaração negocial)<br />
A vonta<strong>de</strong> <strong>de</strong> contrair a nova obrigação em substituição da antiga <strong>de</strong>ve ser<br />
expressamente manifestada.<br />
ARTIGO 860.º