10.11.2014 Views

Decreto-Lei n.º 47344 de 25 de Novembro de 1966

Decreto-Lei n.º 47344 de 25 de Novembro de 1966

Decreto-Lei n.º 47344 de 25 de Novembro de 1966

SHOW MORE
SHOW LESS

You also want an ePaper? Increase the reach of your titles

YUMPU automatically turns print PDFs into web optimized ePapers that Google loves.

A consignação em <strong>de</strong>pósito po<strong>de</strong> ser efectuada a requerimento <strong>de</strong> terceiro a quem<br />

seja lícito efectuar a prestação.<br />

ARTIGO 843.º<br />

(Dependência <strong>de</strong> outra prestação)<br />

Se o <strong>de</strong>vedor tiver a faculda<strong>de</strong> <strong>de</strong> não cumprir senão contra uma prestação do<br />

credor, é-lhe lícito exigir que a coisa consignada não seja entregue ao credor<br />

enquanto este não efectuar aquela prestação.<br />

ARTIGO 844.º<br />

(Entrega da coisa consignada)<br />

Feita a consignação, fica o consignatário obrigado a entregar ao credor a coisa<br />

consignada, e o credor com o direito <strong>de</strong> exigir a sua entrega.<br />

ARTIGO 845.º<br />

(Revogação da consignação)<br />

1. O <strong>de</strong>vedor po<strong>de</strong> revogar a consignação, mediante <strong>de</strong>claração feita no processo, e<br />

pedir a restituição da coisa consignada.<br />

2. Extingue-se o direito <strong>de</strong> revogação, se o credor, por <strong>de</strong>claração feita no processo,<br />

aceitar a consignação, ou se esta for consi<strong>de</strong>rada válida por sentença passada em<br />

julgado.<br />

ARTIGO 846.º<br />

(Extinção da obrigação)<br />

A consignação aceita pelo credor ou <strong>de</strong>clarada válida por <strong>de</strong>cisão judicial libera o<br />

<strong>de</strong>vedor, como se ele tivesse feito a prestação ao credor na data do <strong>de</strong>pósito.<br />

SECÇÃO III<br />

Compensação<br />

ARTIGO 847.º<br />

(Requisitos)<br />

1. Quando duas pessoas sejam recìprocamente credor e <strong>de</strong>vedor, qualquer <strong>de</strong>las<br />

po<strong>de</strong> livrar-se da sua obrigação por meio <strong>de</strong> compensação com a obrigação do seu<br />

credor, verificados os seguintes requisitos:<br />

a) Ser o seu crédito exigível judicialmente e não proce<strong>de</strong>r contra ele excepção,<br />

peremptória ou dilatória, <strong>de</strong> direito material;<br />

b) Terem as duas obrigações por objecto coisas fungíveis da mesma espécie e<br />

qualida<strong>de</strong>.<br />

2. Se as duas dívidas não forem <strong>de</strong> igual montante, po<strong>de</strong> dar-se a compensação na<br />

parte correspon<strong>de</strong>nte.<br />

3. A iliqui<strong>de</strong>z da dívida não impe<strong>de</strong> a compensação.<br />

ARTIGO 848.º<br />

(Como se torna efectiva)<br />

1. A compensação torna-se efectiva mediante <strong>de</strong>claração <strong>de</strong> uma das partes à<br />

outra.<br />

2. A <strong>de</strong>claração é ineficaz, se for feita sob condição ou a termo.<br />

ARTIGO 849.º<br />

(Prazo gratuito)<br />

O credor que conce<strong>de</strong>u gratuitamente um prazo ao <strong>de</strong>vedor está impedido <strong>de</strong><br />

compensar a sua dívida antes do vencimento do prazo.<br />

ARTIGO 850.º<br />

(Créditos prescritos)<br />

O crédito prescrito não impe<strong>de</strong> a compensação, se a prescrição não podia ser<br />

invocada na data em que os dois créditos se tornaram compensáveis.<br />

ARTIGO 851.º<br />

(Reciprocida<strong>de</strong> dos créditos)<br />

1. A compensação apenas po<strong>de</strong> abranger a dívida do <strong>de</strong>clarante, e não a <strong>de</strong><br />

terceiro, ainda que aquele possa efectuar a prestação <strong>de</strong>ste, salvo se o <strong>de</strong>clarante

Hooray! Your file is uploaded and ready to be published.

Saved successfully!

Ooh no, something went wrong!