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Parecer Técnico ao RA do PGRHT Relatório Ambiental Para compreender a articulação entre o Relatório Ambiental (RA) e a proposta do PGRHT e assim avaliar a influência da AAE no processo de desenvolvimento do Plano, a análise do RA suportou-se na consulta sistemática dos documentos a seguir listados: - Resumo Não técnico - Síntese Para Consulta Pública - versão extensa - Síntese Para Consulta Pública - Participação Pública - versão extensa - Participação Pública - Fichas de Diagnóstico - Fichas de Medidas - Repositório de Mapas Constata-se que a abordagem a alguns temas no RA, no diagnóstico e nas medidas previstas no Plano é distinta, não sendo clara a ligação entre as análises apresentadas conforme adiante exemplificado. À semelhança do RNT, no RA falta também uma planta com a identificação das sub-bacias hidrográficas existentes na área abrangida pelo Plano. Sugere-se igualmente a inclusão de um quadro ou tabela que relacione as medidas propostas, com os objectivos ambientais definidos na DQA e as Questões Estratégicas, por forma a melhor entender-se a conexão entre os conteúdos da AAE e a proposta de Plano apresentada. No que respeita ao capítulo Alcance da Avaliação Ambiental Estratégica, concretamente no subcapítulo Componentes de Base Estrátégica, considera-se que os fenómenos associados às alterações climáticas deviam também ser enquadrados nas Questões Estratégicas (QE), de forma a sublinhar a sua importância nos princípios de planeamento dos recursos hídricos enunciados. Verifica-se alguma redundância entre as QE, nomeadamente entre “Promover a melhoria, protecção e recuperação do “bom estadodas massas de água” e “Reduzir e minimizar os riscos de poluição dos meios hídricos”, sugerindo-se que seja evitada através da definição de QE mais objectivas e associadas a medidas e indicadores claros, passíveis de quantificar/qualificar facilmente e tangíveis na sua concretização. Relativamente ao Quadro de Referência Estratégia (QRE) propõe-se a inclusão da Estratégia Nacional de Adaptação às Alterações Climáticas, aprovada através da RCM 24/2010 publicada no DR 1ª série, Nº 64, em 1 de Abril de 2010, que estabelece os recursos hídricos como um dos sectores estratégicos para a adaptação às alterações climáticas. Esta estratégia estabelece também que as medidas a adoptar devem ser planeadas à escala da bacia hidrográfica, orientação que legitima a sua inclusão no QRE. Também na Análise Integrada por Factor Crítico para a Decisão (FCD) deve considerar-se a necessidade de adaptação aos efeitos das alterações climáticas, decorrentes da potenciação de CMA | DEGAS, Departamento de Estratégia e Gestão Ambiental Sustentável 2 de 11

Parecer Técnico ao RA do PGRHT riscos naturais e ecológicos e da possibilidade de ocorrerem mudanças nos ecossistemas aquáticos. Da análise do conjunto de indicadores definidos por FCD reconhece-se o esforço para diminuição da longa lista apresentada em sede de RDA, alertando-se no entanto para uma eventual dificuldade em reunir elementos e fontes de informação que alimentem integralmente o universo de indicadores agora apresentado. Persistem no entanto disparidades quanto à profundidade e abrangência atribuída a cada Factor. Assim, no âmbito do FCD Governança, os indicadores vão ao pormenor de avaliar o grau de utilização de tecnologias de comunicação, enquanto para o FCD Recursos Hídricos, no que respeita ao Critério Gestão Sustentável dos Recursos Hídricos (Quantidade), não foi definido qualquer indicador no RA que reforçasse a necessidade de acompanhamento da evolução dos níveis piezométricos por sub-bacia, possibilitando uma avaliação das disponibilidades e a colmatação das lacunas de informação detectadas na elaboração do PGRHT. Embora na proposta de Plano tenha sido definido para o Tema Quantidade de Água o indicador de estado - Massas de água subterrâneas com tendência de descida dos níveis piezométricos (%), não foi definida qualquer medida específica, pelo que se impunha em sede de AAE sublinhar a necessidade em acompanhar-se e monitorizar este parâmetro. A análise do FCD Biodiversidade e Conservação da Natureza transmite preocupações a nível da conservação e recuperação dos habitats naturais, sugerindo-se no entanto, que seja incluído um indicador que reflicta a evolução da REN e RAN na área de abrangência do Planto em análise. Considera-se também relevante contemplar a introdução de espécies exóticas que pode ser potenciada pela s alterações climáticas. No que respeita ao FCD Vulnerabilidade e Riscos, com a eliminação dos indicadores associados aos fenómenos sísmicos, questiona-se se a vulnerabilidade a maremotos, por exemplo, irá estar contemplada neste indicador. Em relação ao FCD Susceptibilidade aos efeitos das alterações climáticas, o indicador apresentado é vago, não se compreendendo como vai contribuir para o objectivo de sustentabilidade que lhe está associado e como poderá contribuir para um contínuo aprofundamento do conhecimento sobre os fenómenos e impactes das alterações climáticas. No capítulo Avaliação Estratégica do Projecto de Plano, na Análise dos cenários Prospectivos, foram escolhidos como principais sectores de actividade População, Agricultura, Pecuária, Indústria, Golfe, Energia, Navegação. Para além destas actividades, sugere-se que também sejam valorizados: outros tipos de Turismo cada vez mais emergentes, como o turismo natureza; a pesca e os serviços ecológicos e ambientais presentes no território. Se o objectivo era a identificação dos sectores de actividade com maiores consumos/necessidades, então a análise apresentada devia mais explícita. Facilitaria a análise do capítulo Avaliação por FCD, a existência de tabela ou quadro que permitisse compreender melhor a correlação entre os objectivos ambientais (estabelecidos pela DQA, pela Lei da Água e pelo Dec. Lei 115/2010, de 22 de Outubro) e as medidas descritas no Programa de Medidas do PGRHT, permitindo assim a identificação do contributo de cada uma para a avaliação efectuada no âmbito de cada FCD. CMA | DEGAS, Departamento de Estratégia e Gestão Ambiental Sustentável 3 de 11

Parecer Técnico ao RA <strong>do</strong> PGRHT<br />

riscos naturais e ecológicos e <strong>da</strong> possibili<strong>da</strong><strong>de</strong> <strong>de</strong> ocorrerem mu<strong>da</strong>nças nos ecossistemas<br />

aquáticos.<br />

Da análise <strong>do</strong> conjunto <strong>de</strong> indica<strong>do</strong>res <strong>de</strong>fini<strong>do</strong>s por FCD reconhece-se o esforço para diminuição<br />

<strong>da</strong> longa lista apresenta<strong>da</strong> em se<strong>de</strong> <strong>de</strong> RDA, alertan<strong>do</strong>-se no entanto para uma eventual dificul<strong>da</strong><strong>de</strong><br />

em reunir elementos e fontes <strong>de</strong> informação que alimentem integralmente o universo <strong>de</strong> indica<strong>do</strong>res<br />

agora apresenta<strong>do</strong>.<br />

Persistem no entanto dispari<strong>da</strong><strong>de</strong>s quanto à profundi<strong>da</strong><strong>de</strong> e abrangência atribuí<strong>da</strong> a ca<strong>da</strong><br />

Factor. Assim, no âmbito <strong>do</strong> FCD Governança, os indica<strong>do</strong>res vão ao pormenor <strong>de</strong> avaliar o grau<br />

<strong>de</strong> utilização <strong>de</strong> tecnologias <strong>de</strong> comunicação, enquanto para o FCD Recursos Hídricos, no que<br />

respeita ao Critério Gestão Sustentável <strong>do</strong>s Recursos Hídricos (Quanti<strong>da</strong><strong>de</strong>), não foi <strong>de</strong>fini<strong>do</strong><br />

qualquer indica<strong>do</strong>r no RA que reforçasse a necessi<strong>da</strong><strong>de</strong> <strong>de</strong> acompanhamento <strong>da</strong> evolução <strong>do</strong>s<br />

níveis piezométricos por sub-bacia, possibilitan<strong>do</strong> uma avaliação <strong>da</strong>s disponibili<strong>da</strong><strong>de</strong>s e a<br />

colmatação <strong>da</strong>s lacunas <strong>de</strong> informação <strong>de</strong>tecta<strong>da</strong>s na elaboração <strong>do</strong> PGRHT.<br />

Embora na proposta <strong>de</strong> Plano tenha si<strong>do</strong> <strong>de</strong>fini<strong>do</strong> para o Tema Quanti<strong>da</strong><strong>de</strong> <strong>de</strong> Água o indica<strong>do</strong>r<br />

<strong>de</strong> esta<strong>do</strong> - Massas <strong>de</strong> água subterrâneas com tendência <strong>de</strong> <strong>de</strong>sci<strong>da</strong> <strong>do</strong>s níveis piezométricos (%),<br />

não foi <strong>de</strong>fini<strong>da</strong> qualquer medi<strong>da</strong> específica, pelo que se impunha em se<strong>de</strong> <strong>de</strong> AAE sublinhar a<br />

necessi<strong>da</strong><strong>de</strong> em acompanhar-se e monitorizar este parâmetro.<br />

A análise <strong>do</strong> FCD Biodiversi<strong>da</strong><strong>de</strong> e Conservação <strong>da</strong> Natureza transmite preocupações a nível <strong>da</strong><br />

conservação e recuperação <strong>do</strong>s habitats naturais, sugerin<strong>do</strong>-se no entanto, que seja incluí<strong>do</strong> um<br />

indica<strong>do</strong>r que reflicta a evolução <strong>da</strong> REN e RAN na área <strong>de</strong> abrangência <strong>do</strong> Planto em análise.<br />

Consi<strong>de</strong>ra-se também relevante contemplar a introdução <strong>de</strong> espécies exóticas que po<strong>de</strong> ser<br />

potencia<strong>da</strong> pela s alterações climáticas.<br />

No que respeita ao FCD Vulnerabili<strong>da</strong><strong>de</strong> e Riscos, com a eliminação <strong>do</strong>s indica<strong>do</strong>res associa<strong>do</strong>s<br />

aos fenómenos sísmicos, questiona-se se a vulnerabili<strong>da</strong><strong>de</strong> a maremotos, por exemplo, irá estar<br />

contempla<strong>da</strong> neste indica<strong>do</strong>r.<br />

Em relação ao FCD Susceptibili<strong>da</strong><strong>de</strong> aos efeitos <strong>da</strong>s alterações climáticas, o indica<strong>do</strong>r apresenta<strong>do</strong><br />

é vago, não se compreen<strong>de</strong>n<strong>do</strong> como vai contribuir para o objectivo <strong>de</strong> sustentabili<strong>da</strong><strong>de</strong> que lhe<br />

está associa<strong>do</strong> e como po<strong>de</strong>rá contribuir para um contínuo aprofun<strong>da</strong>mento <strong>do</strong> conhecimento sobre<br />

os fenómenos e impactes <strong>da</strong>s alterações climáticas.<br />

No capítulo Avaliação Estratégica <strong>do</strong> Projecto <strong>de</strong> Plano, na Análise <strong>do</strong>s cenários<br />

Prospectivos, foram escolhi<strong>do</strong>s como principais sectores <strong>de</strong> activi<strong>da</strong><strong>de</strong> População, Agricultura,<br />

Pecuária, Indústria, Golfe, Energia, Navegação. Para além <strong>de</strong>stas activi<strong>da</strong><strong>de</strong>s, sugere-se que<br />

também sejam valoriza<strong>do</strong>s: outros tipos <strong>de</strong> Turismo ca<strong>da</strong> vez mais emergentes, como o turismo<br />

natureza; a pesca e os serviços ecológicos e ambientais presentes no território. Se o objectivo era a<br />

i<strong>de</strong>ntificação <strong>do</strong>s sectores <strong>de</strong> activi<strong>da</strong><strong>de</strong> com maiores consumos/necessi<strong>da</strong><strong>de</strong>s, então a análise<br />

apresenta<strong>da</strong> <strong>de</strong>via mais explícita.<br />

Facilitaria a análise <strong>do</strong> capítulo Avaliação por FCD, a existência <strong>de</strong> tabela ou quadro que<br />

permitisse compreen<strong>de</strong>r melhor a correlação entre os objectivos ambientais (estabeleci<strong>do</strong>s pela<br />

DQA, pela Lei <strong>da</strong> Água e pelo Dec. Lei 115/2010, <strong>de</strong> 22 <strong>de</strong> Outubro) e as medi<strong>da</strong>s <strong>de</strong>scritas no<br />

Programa <strong>de</strong> Medi<strong>da</strong>s <strong>do</strong> PGRHT, permitin<strong>do</strong> assim a i<strong>de</strong>ntificação <strong>do</strong> contributo <strong>de</strong> ca<strong>da</strong> uma para<br />

a avaliação efectua<strong>da</strong> no âmbito <strong>de</strong> ca<strong>da</strong> FCD.<br />

CMA | DEGAS, Departamento <strong>de</strong> Estratégia e Gestão Ambiental Sustentável 3 <strong>de</strong> 11

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