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Poema da gratidão, de Amélia Rodrigues, em 11-04 ... - Limiar Espírita

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Luz do Evangelho - Jesus é nosso guia<br />

POEMA DA GRATIDÃO<br />

* Espírito – Amélia <strong>Rodrigues</strong><br />

Senhor Jesus, muito obriga<strong>da</strong>!<br />

Pelo ar que nos dás,<br />

pelo pão que nos <strong>de</strong>ste,<br />

pela roupa que nos veste,<br />

pela alegria que possuímos,<br />

por tudo <strong>de</strong> que nos nutrimos.<br />

Muito obriga<strong>da</strong>, pela beleza <strong>da</strong> paisag<strong>em</strong>,<br />

pelas aves que voam no céu <strong>de</strong> anil,<br />

pelas Tuas dádivas mil!<br />

Muito obriga<strong>da</strong>, Senhor!<br />

Pelos olhos que t<strong>em</strong>os...<br />

Olhos que vê<strong>em</strong> o céu, que vê<strong>em</strong> a terra e o mar,<br />

que cont<strong>em</strong>plam to<strong>da</strong> a beleza!<br />

Olhos que se iluminam <strong>de</strong> amor<br />

ante o majestoso o festival <strong>de</strong> cor<br />

<strong>da</strong> generosa Natureza!<br />

E os que per<strong>de</strong>ram a visão?<br />

Deixa-me rogar por eles<br />

Ao Teu nobre coração!<br />

Eu sei que <strong>de</strong>pois <strong>de</strong>sta vi<strong>da</strong>,<br />

Além <strong>da</strong> morte,<br />

voltarão a ver com alegria inconti<strong>da</strong>...<br />

Muito obriga<strong>da</strong> pelos ouvidos meus,<br />

Pelos ouvidos que me foram <strong>da</strong>dos por Deus.<br />

Obriga<strong>da</strong>, Senhor, porque posso escutar,<br />

O Teu nome sublime, e, assim, posso amar.<br />

Obriga<strong>da</strong> pelos ouvidos que registram:<br />

a sinfonia <strong>da</strong> vi<strong>da</strong>,


no trabalho, na dor, na li<strong>da</strong>...<br />

O g<strong>em</strong>ido e o canto do vento nos galhos do olmeiro,<br />

As lágrimas dori<strong>da</strong>s do mundo inteiro<br />

E a voz longínqua do cancioneiro...<br />

E os que per<strong>de</strong>ram a facul<strong>da</strong><strong>de</strong> <strong>de</strong> escutar?<br />

Deixa-me por eles rogar...<br />

Sei que <strong>em</strong> Teu Reino voltarão a sonhar.<br />

Obriga<strong>da</strong>, Senhor, pela minha voz.<br />

Mas também pela voz que ama,<br />

pela voz que canta,<br />

pela voz que aju<strong>da</strong>,<br />

pela voz que socorre,<br />

pela voz que ensina,<br />

pela voz que ilumina...<br />

E pela voz que fala <strong>de</strong> amor,<br />

obriga<strong>da</strong>, Senhor!<br />

Recordo-me, sofrendo, <strong>da</strong>queles<br />

que per<strong>de</strong>ram o dom <strong>de</strong> falar<br />

E o Teu nome não po<strong>de</strong>m pronunciar!...<br />

Os que viv<strong>em</strong> atormentados na afasia<br />

e não po<strong>de</strong>m cantar n<strong>em</strong> à noite, n<strong>em</strong> ao dia...<br />

Eu suplico por eles<br />

sabendo, porém, que mais tar<strong>de</strong>,<br />

No Teu Reino voltarão a falar.<br />

Obriga<strong>da</strong>, Senhor, por estas mãos, que são minhas<br />

alavancas <strong>de</strong> ação, do progresso, <strong>da</strong> re<strong>de</strong>nção.<br />

Agra<strong>de</strong>ço pelas mãos que acenam a<strong>de</strong>uses,<br />

pelas mãos que faz<strong>em</strong> ternura,<br />

e que socorr<strong>em</strong> na amargura,<br />

pelas mãos que acarinham,<br />

pelas mãos que elaboram as leis<br />

pelas mãos que cicatrizam feri<strong>da</strong>s<br />

retificando as carnes sofri<strong>da</strong>s<br />

balsamizando as dores <strong>de</strong> muitas vi<strong>da</strong>s!


Pelas mãos que trabalham o solo,<br />

que amparam o sofrimento e estacam lágrimas.<br />

pelas mãos que aju<strong>da</strong>m os que sofr<strong>em</strong>,<br />

os que pa<strong>de</strong>c<strong>em</strong>...<br />

Pelas mãos que brilham nestes traços,<br />

Como estrelas sublimes fulgindo <strong>em</strong> meus braços!<br />

... E pelos pés que me levam a marchar,<br />

erecta, firme a caminhar;<br />

pés <strong>da</strong> renúncia que segu<strong>em</strong><br />

humil<strong>de</strong>s e nobres s<strong>em</strong> reclamar.<br />

E os que estão amputados, os aleijados,<br />

os feridos e os <strong>de</strong>formados,<br />

os que estão retidos na expiação<br />

por ilusões doutra encarnação,<br />

eu rogo por eles e posso afirmar<br />

que no Teu Reino, após a li<strong>da</strong><br />

dolorosa <strong>da</strong> vi<strong>da</strong>,<br />

hão <strong>de</strong> po<strong>de</strong>r bailar<br />

e <strong>em</strong> transportes sublimes outros braços afagar...<br />

Sei que a Ti tudo é possível<br />

Mesmo o que ao mundo parece impossível!<br />

Obriga<strong>da</strong>, Senhor, pelo meu lar,<br />

O recanto <strong>de</strong> paz ou escola <strong>de</strong> amor,<br />

A mansão <strong>de</strong> glória.<br />

Obriga<strong>da</strong>, Senhor, pelo amor que eu tenho e pelo lar que é meu...<br />

Mas, se eu sequer<br />

n<strong>em</strong> o lar tiver<br />

ou o teto amigo para me aconchegar<br />

n<strong>em</strong> outro abrigo para me confortar,<br />

se eu não possuir na<strong>da</strong>,<br />

senão as estra<strong>da</strong>s e as estrelas do céu,<br />

como leito <strong>de</strong> repouso e o suave lençol,<br />

e ao meu lado ninguém existir, vivendo e chorando sozinha, ao léu...


S<strong>em</strong> alguém para me consolar<br />

Direi, cantarei, ain<strong>da</strong>:<br />

Obriga<strong>da</strong>, Senhor,<br />

porque Te amo e sei que me amas,<br />

porque me <strong>de</strong>ste a vi<strong>da</strong><br />

jovial, alegre, por Teu amor favoreci<strong>da</strong>...<br />

Obriga<strong>da</strong>, Senhor, porque nasci,<br />

Obriga<strong>da</strong>, porque creio <strong>em</strong> Ti.<br />

... E porque me socorres com amor,<br />

Hoje e s<strong>em</strong>pre,<br />

Obriga<strong>da</strong>, Senhor!<br />

* (<strong>Po<strong>em</strong>a</strong> recebido pelo médium Divaldo Pereira Franco, <strong>em</strong> Buenos<br />

Aires - Argentina, <strong>em</strong> 21/<strong>11</strong>/62 e extraído do livro “Sol <strong>de</strong> Esperança”).<br />

Com Jesus, já não és tão pobre... As tuas mãos estão cheias <strong>de</strong><br />

flores... Amélia <strong>Rodrigues</strong> - Luz do Evangelho - 2002

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