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Inteligência competitiva - conceitos, ferramentas e aplicações..pdf

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Fernando Luiz Gon(:aLves Bezerra<br />

Presidente<br />

Comissao de Apoio Tecnico e Administrativo ao Presidente do<br />

Conselho Nacional do SENAI<br />

Dagoberto Lima Godoy<br />

Presidente da Federa~ao das Industrias do Estado do Rio Grande do Sul<br />

Fernando Cirino GurgeL<br />

Presidente da Federa~ao das Industrias do Estado do Ceara<br />

Max Schrappe<br />

Vice-Presidente da Federa~ao das Industrias do Estado de Sao Paulo<br />

ALexandre Figueira Rodrigues<br />

Diretor-Geral<br />

Humberto Brandao de Araujo<br />

Diretor de Desenvolvimento<br />

Jose ManueL de Aguiar<br />

Diretor de Opera~6es<br />

Martins<br />

Dagoberto<br />

Presidente<br />

Lima Godoy


eNI<br />

SENAI<br />

FIERGS<br />

CIERGS<br />

SESI<br />

SENAI<br />

IEL<br />

INDUSPREVI<br />

Confederar;fio Nacional da Industria<br />

Servifo Nacional de Aprendizagem Industrial<br />

Departamento Nacional<br />

INTELIG ENCIA COM PETITIVA<br />

A<br />

Conceitos, Ferramentas e Aplicac;6es<br />

ELTON FERNANDES<br />

PhO e mestre em Engenharia de Produ


© 1999. SENAI - Departamento Nacional<br />

Qualquer parte desta obra podera ser reproduzida, desde que citada a fonte.<br />

SENAI/DN<br />

NEINF - Unidade de Neg6cios Informa~ao<br />

FERNANDES, Elton; SIMPSON FILHO, Paulo; CRUZ, Patricia<br />

Paiva Gomes. Inteligencia <strong>competitiva</strong>; <strong>conceitos</strong>,<br />

<strong>ferramentas</strong> e aplica~oes BraslLia, SENAI/DN, 1999. 73p.<br />

SENAI<br />

Servir;o Nacional<br />

Aprendizagem<br />

Departamento<br />

de<br />

Industrial<br />

Nacional<br />

Sede<br />

Setor Banc6rio Norte<br />

Quadra 1 - Bloca C<br />

Edijfcio Roberto Simonsen<br />

70040-903 - Brasilia - DF<br />

Tel.: (061) 317-9000<br />

Fax: (061) 317-9190


_________________________<br />

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Sll.MAJllil<br />

4<br />

5<br />

6<br />

INEORMA(AO AMBIENTE E COMPETI(AO<br />

o QUE E INFORMA~AO E a QUE E ANALISE?<br />

a QUE SAO AMBIENTES MAIS DINAMICOS E COMPLEXOS?<br />

a QUE E SER COMPETITIVO?<br />

AGREGA,AO DE VALOR A BENS E SERVI,OS<br />

a QUE E AGREGAR VALOR A BENS E SERVI~OS?<br />

COMO A INFORMA~AO PODE AGREGAR VALOR AOS BENS E SERVI~OS?<br />

COMO PREPARAR A ORGANIZA,AO PARA UTILIZAR A INTELIGENCIA COMPETITIVA<br />

o CICLO<br />

DA INTELIGENCIA<br />

AS ETApAS 00 CICLO DE INTELIGENCIA<br />

PLANEJAMENTO E ORIENTA~AO<br />

COLETA<br />

ANALISE<br />

DISSEMINA~AO<br />

A MATRIZ GLOBAL OE MONIIORAMENTO COMPETITIVO<br />

METODa DE PLANEJAMENTO E ORIENTA~AO<br />

TIPOS DE INFORMA~AO A SER BUSCADA<br />

DIMENSOES INTERNACIONAIS<br />

COLETA<br />

FONTES<br />

ANALISE<br />

DISSEMINA~AO<br />

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67


_______________________<br />

A~CAO<br />

-<br />

a varios anos os palses desenvolvidos vem soas que ja trabalharam nestas agencias acabaram se envolvendo<br />

dedicando grande aten~ao ao tema da<br />

com a questao. 0 numero de organiza~6es governamentais e naogovernamentais,<br />

no mundo, envolvidas com a questao da Inteli-<br />

Inteligencia Competitiva. Urn born exemplo<br />

disso e 0 Japao do p6s-guerra. Logo ao fim da Segunda Guerra gencia Competitiva e bastante elevado. Estruturas como a JETRO<br />

Mundial, um grupo da Camara de Comercio de Osaka, com outros atuam, no ambito mundial provendo a industria japonesa de informa~6es<br />

sobre outros palses e, mais recentemente, ajuda ndo<br />

grandes comerciantes da regiao de Kansai formou a Associa~ao<br />

para Promo~ao do Comercio Ultramarino. Esse grupo, no entanto, empresas estrangeiras a atuarem no Japao.<br />

nao tinha, por si s6, for~a suficiente para prover seus usuarios<br />

com os produtos de Inteligencia Competitiva necessarios para o atual cenario internacional nos defronta com a forma~ao<br />

cumprir sua missao. Em 1954, 0 Ministerio da Industria e Comercio<br />

Internacional (MITI) assumiu a Associa~ao e promoveu 0 seu entrantes e produtos no pais que colocam em risco a pr6pria<br />

de poderosos blocos econ6micos e com a presen~a de novos<br />

desenvolvimento, com 0 governo do Japao, usando 0 agora bastante<br />

conhecido nome de Organiza~ao para 0 Comercio Exterior tificar condi~6es para aplicar 0 protecionismo a industria nacio-<br />

sobrevivencia das industrias aqui instaladas. Nao se trata de iden-<br />

do Japao (JETRO).<br />

nal, ate mesmo porque essa questao ainda esta muito nebulosa.<br />

Existe uma mudan~a efetiva quando os palses param de construir<br />

John F. Quinn, um agente aposentado da Agencia Central barreiras para proteger seus mercados e setores i ndustriais e passam<br />

a oferecer condi~6es favoraveis para que empresas de atua-<br />

de Inteligencia dos EUA(CIA), relata em seu artigo "Commercial<br />

Intelligence Gathering - J ETROand the Japanese Experience"* ~ao mundial se instalem nesses palses. A questao e a busca de<br />

a questao da Inteligencia Competitiva e a experiencia japonesa. inteligencia que identifique as a~6es que possam promover 0<br />

Ha recomenda~6es para que as agencias internacionais que trabalham<br />

com espionagem nao se envolvam com a questao da Indo<br />

oportunidades e antecipando amea~as ao desenvolvimento<br />

desenvolvimento da atividade econ6mica industrial, identificanteligencia<br />

Competitiva. E facil observar, contudo, que varias pes- das i nd ustrias no Brasi l.<br />

* Apresentado OPSEC Conference in McLean Virginia, USA, May, 1994.


Em resposta a esses desafios, a SENAI-DN decidiu apoiar a<br />

projeto i novador da Federa~ao das Industrias do Rio Grande do<br />

Sul (FIERGS), que, par meio do trabalho da equipe tecnica de seu<br />

Nucleo de Inteligencia Competitiva, baseado no livro, Made in<br />

Brazil: a Desafio [ompetitivo para a Industria, de FERRAZ,KUPFER<br />

& HAGUENAUER,propos a elabora~ao de uma Matriz Global de<br />

Monitoramento [ompetitivo. Essa matriz apresenta em suas linhas<br />

as chamados "fatores basicos de diferenciac;ao <strong>competitiva</strong>"<br />

entre Sistemas Econ6micos (palses) e em suas colunas as<br />

"palses" concorrentes do Brasil.<br />

Dados a dimensao da questao e a potencial dos concorrentes<br />

internacionais nesta area, a ideia e que, em paralelo ao desenvolvimento<br />

de resultados de curto prazo que dao visibilidade<br />

ao projeto, seja elaborado, tambem, urn Programa de Inteligencia<br />

Competitiva envolvendo toda a base instalada dos Centros<br />

Nacionais de Tecnologia do SENAI (CENATECs),onde ja existe<br />

urn grande potencial de cria~ao de Inteligencia Competitiva para<br />

as diversos segmentos industriais.<br />

o Projeto Estrategico Nacional do Sistema CNI de<br />

implementa~ao da INFOVIA-CNI criara condi~6es muito favoraveis<br />

para a estabelecimento de urn Sistema de Inteligencia Competitiva<br />

para a SENAI, consolidando desta forma a abrangencia nacional<br />

dos CENATECs.0 conhecimento interno do SENAI colocado em<br />

rede e compartilhado com a Sistema CNI devera potencializar as<br />

possibilidades de criac;ao de Inteligencia Competitiva para a<br />

industria no Brasil.<br />

A presente publicac;ao trata, exatamente, de uniformizar e difundir<br />

as <strong>conceitos</strong> e <strong>ferramentas</strong> da Inteligencia Competitiva que<br />

servirao de base para a trabalho de estruturac;ao de um Sistema de<br />

Inteligencia Competitiva para a SENAI. As diferentes abordagens e<br />

as aspectos ligados ao tema sao explorados numa linguagem clara e<br />

direta, compondo um excelente material de referencia para a continuac;ao<br />

de nossas atividades. No capltulo final, damos uma panoramica<br />

sabre a elaborac;ao da Matriz Global de Monitoramento Competitivo,<br />

que ja esta sendo alimentada pela equipe tecnica do projeto e<br />

cuja disponibiliza~ao para as primeiros clientes esta prevista para a<br />

inkio do proximo ana. Esperamos que todos possam tirar excelente<br />

proveito deste material.<br />

ALexandre Figueira Rodrigues<br />

Diretor-Geral do SENAljDN


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Quando a Selec;ao Brasileira de Futebol disputava as Copas<br />

do Mundo nas decadas de 50 e anteriores, possula pouca<br />

informac;ao sobre os adversarios que iria enfrentar, sobre os locais<br />

dos jogos, dos treinos e acomodac;6es, conhecia pouco ate mesmo<br />

sobre a alimentac;ao mais adequada que os atletas iriam ingerir e<br />

quais os servic;os de saude de que poderia dispor.<br />

A maior parte dos times participantes tambem nao possula<br />

desenhos de taticas, filmes dos jogos de adversarios, descric;6es<br />

de jogadores (talvez de alguns poucos mais famosos). Nao era<br />

usual fazer varias visitas aos locais e instalac;6es que iriam ser<br />

utilizados antes do campeonato, para conhecer os diversos servic;os<br />

que estariam a disposic;ao das equipes.<br />

Com a acentuada evoluc;ao do esporte, e das sociedades em<br />

geral, a partir da decada de 60 0 futebol incorporou muito do<br />

conhecimento e das tecnicas de busca de competitividade. A<br />

Selec;ao Brasileira de Futebol, em particular, em razao da grande<br />

importancia cultural e polltica desse esporte no Brasil, adotou<br />

praticas de inteligencia, voltadas para a competic;ao, bastante<br />

importantes.<br />

Entre os recursos que passaram a ser uti lizados co m<br />

freqUencia estao filmes de jogos das principais selec;6es<br />

participantes da Copa do Mundo ou de equipes destacadas no<br />

cenario mundial. Alem disso, tecnicos e auxiliares, entre os quais<br />

muitos ex-jogadores de elevado nlvel e experiencia, passaram a<br />

assistir a jogos de selec;6es e clubes em torneios internacionais,<br />

elaborando desenhos e recolhendo anotac;6es muito uteis para<br />

conhecer os melhores procedimentos taticos e colocac;6es em /<br />

campo praticados pelas mais destacadas escolas do futeboV<br />

mundial.<br />

o trabalho desses tecnicos e observadores mostro u-se<br />

tambem importante na visita aos ambientes em que 0 jogos<br />

ocorrem, realizando a coleta de dados e informac;6es, alem de<br />

analises relevantes sobre as condic;6es locais, como acomodac;6es,<br />

campos de treino e jogo, umidade, clima e outras. Em outra parte,<br />

mais voltada para os atletas, tem sido especialmente importante<br />

o conhecimento de especialistas em fisioterapia, medicina<br />

esportiva e nutric;ao. Como podemos ver, participar de uma (opa<br />

do Mundo de futebol esta longe de ser uma atividade improvisada.<br />

13


A reuniao dessas informa~6es, conforme as necessidades<br />

identificadas pelos dirigentes, e sua analise por tecnicos e<br />

especialistas facilitaram a prepara~ao e a participa~ao do Brasil<br />

nas Copas do Mundo de 1958 em diante de forma bastante efetiva,<br />

como sabemos. Afinal, nao se trata exclusivamente de talento.<br />

Embora 0 talento seja decisivo, a cada passe da evolu~ao hist6rica<br />

o uso de tecnicas de inteligencia voltadas para a competi~ao<br />

mostra-se mais necessario em todos os ambientes de atua~ao das<br />

orgamza~oes.<br />

Nos ambientes de neg6cios de hoje ha tambem muitas<br />

diferen~as em rela~ao a alguns anos atras. 0 uso da Internet vem<br />

crescendo de forma explosiva, houve a devolu~ao de Hong Kong<br />

a China sem nenhum conflito, a Europa estabeleceu uma moeda<br />

comum sem grande varia~ao na cota~ao do d6lar americano, houve<br />

crise nas bolsas de valores asiaticas, milhares de empresas se<br />

tornaram globais, outros milhares se uniram, algumas uni6es de<br />

empresas formaram megaconglomerados com patrimonios maiores<br />

significativamente 0 panorama empresarial. Algumas barreiras do<br />

comercio internacional foram demolidas enquanto outras foram<br />

erguidas. A gera~ao de capacidade industrial se da em tem pos<br />

cada vez mais curtos. Documentos importantes de Governo estao<br />

disponiveis na Internet e sac atualizados mensalmente, em vez<br />

de anualmente como no passado.<br />

No Brasil, a antiga "Radio Rel6gio" apresentava entre suas<br />

i nforma~6es de hora uma pergunta muito interessante: "Voce<br />

sabia?" No mundo dos neg6cios, seguindo 0 instinto de curiosidade<br />

tao necessario aos executivos nas organiza~6es, podemos<br />

perguntar na linguagem popular: Voce sabia que a taxa de juros<br />

ia subir? Voce sabia que a cervejaria Brahma iria se fundir com a<br />

Antarctica? Voce sabia que uma empresa japonesa ira lan~ar um<br />

video que projeta 0 filme como um holograma no pr6ximo ano?<br />

Voce sabia que a capacidade da industria textil no mundo e varias<br />

vezes superior a demanda de produtos? E assim por diante.<br />

que os PIBs de muitos paises. Um numero incontavel de 0 que voce nao sabe, talvez 0 seu competidor saiba. Se seu<br />

abordagens como "Downsizing", "Rightsizing" e Reengenharia, competidor for capaz de transformar esse conhecimento em uma<br />

assim como aquisi~6es, alian~as e liquida~6es, tem modificado a~ao que de a ele vantagem <strong>competitiva</strong>, sua empresa esta com<br />

14


serios problemas. A complexidade do mundo atual faz com que,<br />

nao raro, as empresas nao conhe~am seus competidores, e muito<br />

menos a capacidade deles. A vivencia no mundo dos neg6cios e<br />

fundamental para 0 sucesso das empresas, mas nao e suficiente.<br />

as gestores de empresas capazes de selecionar, analisar e<br />

transformar em a~6es 0 enorme numero de informa~6es disponiveis<br />

em nossos dias certamente estarao mais habilitados a levar suas<br />

empresas para a vanguarda do mundo dos neg6cios. Este<br />

documento diz respeito a busca sistematica e continua de<br />

conhecimento que leve a a~6es que aproveitem oportunidades,<br />

reduzam amea~as, criem pontos fortes, eliminem pontos fracos.<br />

Enfim, a~6es que auxiliem sua empresa na ca~a da vantagem<br />

<strong>competitiva</strong>. Uma maneira de come~ar e refletir sobre 0 que voce<br />

necessita saber para melhorar fundamentalmente 0 desempenho<br />

de sua empresa.<br />

No sentido de ajudar essa sua reflexao, estamos convidando<br />

voce a navegar nesta introdu~ao aos <strong>conceitos</strong>, <strong>ferramentas</strong> e<br />

aplica~6es da Inteligencia (ompetitiva.


No nosso dia-a-dia tem sido cada vez mais comum falarmos<br />

e ouvirmos sobre a informa~ao. Frases como: "A informa~ao e<br />

muito importante pois os ambientes estao ficando cad a vez mais<br />

dinamicos e complexos" ou "A informa~ao po de agregar valor a<br />

produtos e servi~os"; ou, ainda, "56 seremos competitivos se<br />

estivermos bem-informados". Mas sera que entendemos realmente<br />

o sentido dessas express6es? Os seus significados 56 ficam claros<br />

se soubermos 0 que e informa~ao, 0 que saD ambientes dinamicos<br />

e complexos, 0 que e ser competitivo, 0 que e agregar valor e como<br />

a informa~ao pode fazer isto em rela~ao a produtos e servi~os.<br />

obter 0 pre~o medio de venda, a tendencia de aumento de vendas<br />

no perlodo considerado, qual 0 tipo de carro que tem tido maior<br />

salda, alem de muitas outras informa~6es. Portanto, podemos<br />

dizer que informa~6es saD dados coletados, organizados,<br />

ordenados, aos quais saD atribuldos significado e contexto.<br />

Tanto os dados quanta as informa~6es saD reunidos de acordo<br />

com 0 objetivo da nossa compreensao e, quando completamos 0<br />

tratamento das informa~6es, de acordo com 0 objetivo que temos,<br />

dispomos de uma Analise. Portanto, Analise e a informa~ao tratada<br />

segundo 0 objetivo que se tem.<br />

A informa~ao pode ser entendida como uma evolu~ao dos<br />

dados. Quando ocorre um determinado evento, por exemplo a<br />

venda de um carro, de uma determinada marca, por um pre~o<br />

estipulado, para um comprador espedfico, isto comp6e um dado.<br />

o dado sozinho nao costuma ter significado relevante. Mas para<br />

um conjunto de dados, podemos extrair algumas informa~6es.<br />

Para 0 exemplo do carro, uma vez conhecendo 0 resultado da<br />

venda de todos os carras de uma regiao em um mes, podemos<br />

19<br />

Atualmente, as atividades econ6micas vem mudando muito<br />

rapidamente, seja em razao da entrada de novos bens e produtos<br />

no mercado, seja pela incorpora~ao de novos conhecimentos a<br />

organiza~ao da produ~ao. Essas mudan~as vem acompanhadas<br />

tambem de rapida altera~ao dos ambientes de atua~ao das<br />

organiza~6es.


Antes mesmo de a informal;ao dispor da tecnologia moderna<br />

para fluir cada vez mais rapido e com maior precisao, ja era<br />

utilizada em nossas vidas. N6s nos acostumamos a entender que<br />

tecnologia e urn conjunto de conhecimentos, habilidades,<br />

materiais e procedimentos que, quando repetidos nas mesmas<br />

condil;oes, resultam em urn mesmo produto. E isso e utilizado<br />

para produzir novos bens e servil;os e para melhorar os ja existentes<br />

de uma forma muito organizada e bem-sucedida.<br />

Grande parte do sucesso na amplial;ao e melhoria dos<br />

produtos se da pela incorporal;ao de conhecimento cientlfico nas<br />

tecnologias que contem. Alem disso, a crescente complexidade<br />

que podemos observar na expansao e variedade da base de bens<br />

e servil;os disponlveis e fruto tambem do esforl;o de atender ao<br />

aumento na sofistical;ao dos desejos de importantes parcelas da<br />

humanidade.<br />

tecnol6gica, surgindo a expressao tecnologia da informa~ao. Hoje,<br />

quando falamos de tecnologia da informal;ao, lembra mos<br />

imediatamente do extenso usa dos microcomputadores nas<br />

organizal;oes. E ha muito mais a ser compreendido nessa expressao<br />

do que a importancia dos microcomputadores na evolul;ao de<br />

nossas vidas.<br />

Vimos, no inkio do nosso texto, que 0 esporte e urn dos<br />

campos em que 0 usa de informal;oes bem analisadas gera<br />

resultados de qualidade. Esse nao e urn exemplo isolado. Em<br />

praticamente todas as atividades que 0 ser humano exerce ha urn<br />

tipo ou outro de competi~ao: alguem busca obter uma vantagem<br />

em relal;ao a algum adversario ou alguma situal;ao.<br />

A industria, em sua evolul;ao recente, depende cada vez Atingir uma posil;ao vantajosa para a organizal;ao em que<br />

mais da tecnologia para atender as necessidades humanas. A se trabalha nao quer dizer fazer mal a alguem. Na cultura brasiLeira<br />

tecnologia, por sua vez, utiliza-se mais e mais da informal;ao de e costume associarmos, de maneira equivocada, 0 aproveitarnento<br />

qualidade e de forma organizada. Nos ultimos trinta anos, esses de uma posil;ao privilegiada, assim como 0 enriquecimento, com<br />

dois fen6menos foram mais intensamente vinculados pela evolu~ao algo desleal. 0 ser humano busca antes de tudo seu proprio<br />

20


aprimoramento e isso quer dizer que disputa consigo pr6prio<br />

antes mesmo de tentar vencer outra pessoa. No seu trabalho as<br />

pessoas estao voltadas para que a organizac;ao a que pertencem<br />

melhore em relac;ao a si mesma e perante outras organizac;6es.<br />

Da mesma forma que 0 ser humano teve de vencer a natureza,<br />

em primeiro lugar, para poder sobreviver, as organizac;6es<br />

trabalham para sobreviver e ter sucesso em seu meio ambiente. E<br />

fazem isso nao 56 vencendo outras organizac;6es na disputa por<br />

mercados, mas tambem lutando para que a natureza fornec;a os<br />

recursos naturais de que precisa para produzir. No passado 0<br />

homem teve de ser competitive dessa mesma forma, ou seja, ser<br />

capaz de competir com a natureza para ter abrigo, seguranc;a e<br />

mantimentos. Para 0 homem, ser competitivo, portanto, e ser<br />

capaz de competir com a natureza ou com outros homens. E, para<br />

as organizac;6es, ser competitive e muito parecido com isso, ja<br />

que tambem tem de ser capazes de competir com a natureza e<br />

com as outras organizac;6es de seu ambiente de atuac;ao.<br />

abaixo, estao resumidos quatro tipos de competic;ao, suas<br />

principais caracterfsticas e nomes pelos quais sac conhecidas.<br />

Quadro I<br />

Quatro tipos basicos de competi!(ao entre empresas e suas caracteristicas principais<br />

Muito grande Apenas uma empresa Pequeno Grande<br />

COMPETU;AO<br />

MONOPOl[STICA<br />

Bern diferente Sem substitutos Podem ser diferentes Com diferen~s entre<br />

satisfat6rios entre si ou nao eles<br />

CAPACIDADE DE A Nao e capaz Significativa, em Baixa por causa da possrvel mas limilada<br />

EMPRESA CONTROlAR especial quando nao interdependencia<br />

PREvOS M restriyiies de Pode aumentar se<br />

govemo<br />

torem teilos acordos<br />

CAPACIDADE DE A Nao e capaz e nao e Nguma, por meio de Significativa. Mais Significativa, por meio<br />

EMPRESA CONCORRER eficaz campanhas para ainda quando M de marcas e patentes,<br />

POR OUTROS MEIOS<br />

manter a boa imagem diferen~s de produtos e servi~s<br />

QUE NAO 0 PREvO com lementares<br />

CONDlvOES DE Sem barreiras Entrada impossivel Barreiras significativas Relativamente filcil<br />

ENTRADA DE<br />

Uma entrada dA fim ao<br />

EMPRESAS NO RAMO<br />

DEATUA AO monop61io<br />

No caso das organizac;6es, quando pensamos nas empresas, existem Ser competitive para as organizac;6es compreende conhecerem e<br />

algumas caracteristicas que apontam se ha competic;ao no manterem-se atualizadas sobre 0 tipo de competic;ao existente<br />

ambiente em que atuam e de que modo isso acontece. No quadro no ambiente em que atuam.<br />

21


_______________<br />

-<br />

A-..GR.EGA~AOf VA~'QS<br />

As ideias basicas de vaLor estao associadas ao uso que se<br />

pode fazer de aLguma coisa e a capacidade que aLguma coisa tern<br />

de ser trocada. No primeiro caso, 0 valor de usa esta associado as<br />

propriedades que 0 bem possui, como urn casaco que protege<br />

uma pes so a contra 0 frio e 0 vento. Pelas suas caracteristicas, 0<br />

casaco permite a pessoa urn born isoLamento em rela~ao ao meio<br />

ambiente e seu valor de usa resulta dessas caracteristicas. No<br />

caso do valor de troca, a expLica~ao mais imediata e que alguem<br />

que esteja disposto a trocar aLgo por outro bem (escambo), ou<br />

por moeda (venda), ira faze-Lo considerando 0 esfor~o (custos)<br />

envoLvido na produ~ao do bem a ser trocado e em mais algum<br />

que desejar. Esse e 0 caminho da forma~ao do valor de troca, que,<br />

a partir da coLoca~ao para troca no mercado, e denominado prefo<br />

e passa a reagir aos movimentos de oferta e procura.<br />

vaLor de troca. Em ambos os casos, seu pre~o e formado de maneira<br />

muito especial. Nesses casos, os movimentos de oferta e procura<br />

iraQ refLetir as especiais necessidades e desejos para conseguir<br />

esses bens.<br />

Sao essas necessidades e desejos dos consumidores, que<br />

aLem de agua e diamantes dao origem a procura e a oferta de<br />

tantos outros bens e tambem servi~os, 0 grande foco das<br />

organiza~6es. Quando urn bem ou servi~o pode ser facilmente<br />

encontrado em quaLquer Lugar ou fornecido por quaLquer empresa<br />

o consumidor nao se vincuLa a urn certo fornecedor e ternos,<br />

portanto, uma condi~ao de concorrencia perfeita (descrita no<br />

Quadro I). Assim 0 consumidor adquire 0 que deseja no primeiro<br />

fornecedor que estiver disponiveL para vender-Lhe 0 produto (bem<br />

ou servi~o). Somente quando 0 consumidor atribui urn valor que<br />

destaque algum produto dos demais, que tenham 0 mesmo usa<br />

ou uses novos, e que ele estabeLece urn vinculo com a organiza~ao<br />

o pre~o, como reflexo dos valores de usa e de troca, pode capaz de incluir aquela caracteristica nesse produto. 0 que as<br />

trazer dentro de si outra fonte de valor, a raridade, cujo exempLo organiza~6es ofertantes buscam e identificar as necessidades e<br />

mais conhecido esta nos bens "agua" e "diamante". 0 primeiro desejos dos consumidores, descobrir aquela caracteristica e incluicom<br />

extraordinario valor de uso e 0 segundo com extraordinario la, considerando todos os cuidados de custos etc., no produto<br />

25


que vende. Isso corresponde a somar, ou agregar, valor ao bem<br />

ou serVl~O.<br />

Como a informa~ao pode agregar valor aos bens e servi~os?<br />

A informa~ao pode agregar valor de varias formas em uma<br />

institui~ao. E por i ntermedio da informa~ao que os desejos do<br />

consumidor passam a ser conhecidos. Desta forma, as mudan~as<br />

nos produtos existentes e a inclusao de novos produtos somente<br />

saG posslveis pelo born e intenso usa da informa~ao. Alem de<br />

poder ajudar as pessoas a melhorar os produtos de uma institui~ao<br />

e incluir novos, a informa~ao tambem tem um papel importante<br />

nos processos usados para produzi-los. Ela pode facilitar 0<br />

gerenciamento, ajudar pessoas a tomarem melhores decis6es e<br />

ajudar a criar melhores condi~6es para a organiza~ao competir<br />

no mercado ou a fortalecer uma vantagem que a institui~ao ja<br />

possua.<br />

A todo momenta, as organiza~6es levam em conta a sua<br />

propria sobrevivencia imediata e examinam as melhores maneiras<br />

de se posicionarem no futuro (posicionamento estrategico). Para<br />

26<br />

isso, a informa~ao desempenha um dos papeis mais importantes,<br />

porque 0 processo de defini~ao dos rumos de futuro de uma<br />

institui~ao baseia-se no conhecimento que seu pessoal possui do<br />

ambiente externo, do ambiente interno e das condi~6es internas<br />

representadas pela cultura organizacional. Por outro lado,<br />

ampliando a observa~ao, e comum encontrarmos uma situa~ao<br />

indesejada, conhecida como over information, que pode ser<br />

traduzida como excesso de informa~ao. Por isso, as competencias<br />

essenciais do pessoal na gerencia de informa~6es mostram-se de<br />

extrema importancia para a defini~ao do futuro da organizac;ao.<br />

Para ajudar a compreender a contribui~ao que a informa~ao<br />

pode dar e posslvel dividir a necessidade de informa~6es em uma<br />

institui~ao em tres nlveis: controle operacional- que acompanha<br />

e corrige as a~6es do dia-a-dia -, controle gerencial - que cuida<br />

de tra~ar e manter os rumos - e 0 planejamento estrategico - que<br />

define os caminhos ligados ao futuro a serem seguidos. Esses<br />

tres nlveis estao representados na Figura 1.


Niveis<br />

lilf}!<br />

~1'"<br />

,<br />

Figura I<br />

da Informa~ao numa Institui~ao<br />

N~cessJdad~de informayao<br />

A informa~ao adiciona valor aos processos ao melhorar 0<br />

desempenho e evitar que aconte~am falhas. No nivel operacional,<br />

pode ser necessario saber se uma ordem de compra e valida ou<br />

nao, se a organiza~ao tern condi~6es de prestar 0 servi~o procurado<br />

ou se possui a mercadoria em estoque para aceitar urn pedido, ou<br />

se urn determinado cliente esta em dia com os pagamentos devidos<br />

etc. No nivel da gerencia, pode-se desejar conhecer quanta e<br />

possivel conseguir por urn certo produto (bem ou servi~o), se os<br />

estoques estao elevados ou baixos, se a carga horaria do pessoal<br />

27<br />

esta saturada, ou se estao entrando recursos suficientes para<br />

manter 0 fluxo de caixa positive etc. No nivel do planejamento<br />

estrategico, as quest6es que mais interessam envolvem os<br />

objetivos: Devemos ampliar ou reduzir nossa linha de produtos?<br />

Devemos mudar as condi~6es de financiamento para encorajar 0<br />

pagamento em prazos menores? As quest6es estrategicas<br />

centralizam a aten~ao em avaliar 0 sucesso na gerencia e no<br />

planejamento da institui~ao.<br />

Urn exemplo ligado aos processos de gerencia, com base na<br />

realidade de como 0 tempo e utilizado, e dado por Mintzberg<br />

(1973), que, em pesquisa sobre a natureza do trabalho dos gerentes<br />

mais graduados de organiza~6es, chegou aos seguintes resultados:<br />

• 59% do tempo e gasto em reuni6es marcadas;<br />

• 10%, em reuni6es que nao estavam agendadas;<br />

• 6%, em telefonemas;<br />

• 3%, em deslocamentos; e<br />

• 22%, em tarefas individuais (em sua propria mesa de<br />

trabalho ).


Alem desses dados, 40% do tempo gasto em reunioes e<br />

dedicado a dar e receber informal;oes. De acordo com esses<br />

percentuais, os gerentes utilizam dois terl;os do tempo para receber<br />

e um terl;o para dar informal;oes. Do tempo gasto no escritorio,<br />

75% destina-se a obter informal;ao, e 25%, a fornecer. Nao e<br />

algo para refletir?<br />

Nao e somente nos controles operacional e gerencial e no<br />

planejamento estrategico que devemos considerar 0 valor da<br />

informa~ao. 0 valor adicionado por ela a processos e produtos e<br />

importante contribuil;ao para a melhoria da qualidade na maneira<br />

de produzir (os processos) e nos produtos. Deming (1986), em<br />

seu livro Out of the Crisis, afirma que as maneiras de uma<br />

organizal;aO melhorar a qualidade sac: inovar e melhorar seus<br />

processos; e inovar e melhorar seus produtos.<br />

Um conjunto importante de informal;oes diretamente ligado<br />

a gestao estrategica das informal;oes das organizal;oes e aquele<br />

que permite a inoval;ao voltada para objetivos industriais ou<br />

comerciais em produtos ou processos. A inoval;ao tecnologica,<br />

em particular, e utilizada pelas organizal;oes para atingir condil;oes<br />

de competil;ao que lhes sejam mais favoraveis.<br />

28<br />

Como se da 0 processo da inoval;ao? Nao e possivel imaginar<br />

a inoval;ao sem a informal;ao. A informal;ao que estimula, que<br />

inspira ou que resulta na inoval;ao assume muitas vezes a forma<br />

de uma I/ideia". 0 mundo esta repleto de ideias, mas talvez as<br />

melhores delas nao estejam tao disponiveis quanto gostariamos.<br />

A inoval;ao pode ser definida com a aplical;ao de uma inven~ao<br />

com finalidade comercial ou industrial, tipicamente em produtos<br />

ou processos. Isso e responsabilidade da funl;ao tecnica da<br />

instituil;ao. Mas, excluidas as invenl;oes, ha muitas ideias, nao<br />

necessaria mente associadas a questao tecnica, que surgem no<br />

dia-a-dia das operal;oes de um negocio. Como e possivel aproveitar<br />

boas ideias, que sac derivadas fundamentalmente de sinais e<br />

estimulos, em primeira mao? Por quem? Como podem ser avaliadas<br />

e adequadas, caso sejam provisorias? Isso nao e uma questao<br />

exclusiva da instituil;ao, mas de cada individuo. Existe forte<br />

suspeita de que a maioria de nos e relativamente ineficiente na<br />

captura e utilizal;ao de ideias, e que necessitamos desenvolver<br />

nossa propria capacidade nesse campo.<br />

Inoval;ao significa uma mudan~a substancial nos processos<br />

ou produtos; e a melhoria envolve um ajuste ou adequal;ao nao


adical nestes. A informac;ao auxilia a melhoria de qualidade nos<br />

produtos e process os atraves do conceito de feedback, utilizado<br />

aqui com 0 significado de informa


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Ao ampliarmos e aprofundarmos 0 usa da informa~ao, por<br />

meio da analise, resulta aquilo que denominamos InteLigencia.<br />

Portanto, Inteligencia e a compreensao adquirida que permite<br />

chegar a melhor decisao.<br />

Ja sabemos da importancia da inteligencia, mas, para<br />

atingirmos 0 momenta em que a analise da informa~ao acontece,<br />

varios passos ja terao sido necessarios para a amplia~ao de nosso<br />

conhecimento sobre 0 contexto da decisao a ser tomada.<br />

A aplica~ao da Inteligencia Competitiva tem por instrumento<br />

a monitora~ao que a organiza~ao realiza. Nesse sentido, monitorar<br />

significa cobrir com um "Programa" - com uma sequencia ordenada<br />

de a~6es -, parte do JlPlanejamento e Orienta~ao" do cielo da<br />

inteligencia, que sera visto a seguir, e detalhar um pouco mais<br />

cada uma das etapas desse cielo.<br />

Um programa de monitora~ao e voltado para acompanhar<br />

de maneira organizada tanto as melhores empresas do segmento<br />

quanta os demais participantes do ambiente concorrencial no<br />

qual esta inserida a organiza~ao.<br />

Mas 0 que e monitorarao? Monitorarao e realizar 0<br />

acompanhamento sistematico de informa~6es sobre organizac;6es<br />

concorrentes e do ambiente em que atuam com um objetivo<br />

definido. Visa a antecipa~ao de a~6es da empresa interessada<br />

para conseguir vantagem na competi~ao existente no seu campo<br />

de atua~ao.<br />

As condi~6es gerais para que um programa de monitora~ao<br />

seja bem-sucedido podem ser aplicadas a muitos tipos de<br />

organiza~6es, inelusive aquelas que atuam na presta~ao de<br />

servi~os. Sao tres as caracteristicas dominantes que 0 programa<br />

deve ter: constancia longevidade e envolvimento.<br />

A organiza~ao deve estudar permanentemente 0 ambiente<br />

e seus concorrentes, nao deve limitar-se a alguns momentos. E<br />

um esfor~o constante que pode ser muito compensador.


Em geral, nao e imediato que uma organizac;ao desenvolva<br />

contatos pessoais e disponha de sistemas operacionais de registro<br />

e recuperac;ao de informac;6es. Pode levar algum tempo ate que<br />

passe a se beneficiar do compromisso com a monitorac;ao e das<br />

analises.<br />

o esforc;o de monitorac;ao nao deve estar concentrado em<br />

alguns individuos. Os melhores programas com essa finalidade<br />

estao em organizac;6es que incentivam seu pessoal a contribuir<br />

regularmente com informac;6es.


------------------<br />

Para se tomar real, a gestao da informa~ao com finalidade<br />

estrategica exige que as atividades que a comp6em sejam bem<br />

concebidas e realizadas de forma organizada e sistematica. Isso<br />

implica dizer que a inteligencia <strong>competitiva</strong> para a organiza~ao<br />

nao pode ser algo improvisado, tem de estar apoiada em metodos,<br />

meios e tecnicas.<br />

Mas 0 que sac metodos, meios e tecnicas? Conceituamos<br />

metoda como um conjunto de a~6es previamente concebidas para<br />

atingir um determinado resultado. Alem disso, para que 0 metodo<br />

exista, e necessaria a existencia anterior da combina~ao teoriaj<br />

experimenta~ao para que um certo conjunto de a~6es seja capaz<br />

de atingir 0 objetivo desejado.<br />

A aplica~ao dos metodos preve a utiliza~ao de recursos, os<br />

meios, e a sua melhor utiliza~ao na execu~ao de a~6es das quais<br />

depende a obten~ao do resultado. Para essa ultima parte devem<br />

estar disponiveis tecnicas que garantam a repetida boa qualidade<br />

do resultado em prazos adequados. A tecnica pode ser conceituada<br />

como "maneira, jeito ou habilidade especial de executar ou fazer<br />

algo".<br />

No caso da inteligencia <strong>competitiva</strong>, a utiliza~ao dos<br />

metodos, meios e tecnicas encontra-se distribuida, e 0 primeiro<br />

metodo a ser mencionado e resumido pelo proprio cido da<br />

inteligencia que orienta os quatro blocos seguintes, cada um<br />

deles podendo envolver metodos, meios e tecnicas: planejamento<br />

e orienta~ao, coleta, analise e dissemina~ao. 0 cido da<br />

inteligencia e esquematizado na Figura II.<br />

~----~-----~l-<br />

1 PLanejamento<br />

1 e Orienta\ao I<br />

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I<br />

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I Analise )<br />

\:.~-~ ..•- ..•... --- -~~-~_._-.;'-,..;;.<br />

Fonte: Adaptado de Kahaner, 1996


________________<br />

---'A....S....EIAPAS<br />

No planejamento e orienta~ao 0 gerente se envolve e<br />

decide 0 que e necessario inteligir; ou qual a inteligencia a qual<br />

vai se dedicar. Deve estar claro qual a inteligencia a ser utilizada,<br />

por que e necessaria e para quais pessoas ou departamentos. Sua<br />

utiliza~ao po de ser orientada para 0 planejamento estrategico,<br />

para sondagens e sensibilidade de mercado, para pesquisa e<br />

desenvolvimento, na defini~ao de estrategias de entrada em um<br />

mercado, para fusoes e aquisi~oes, no acesso a tecnologias, e/ou<br />

na antecipa~ao de a~oes em vista de lei ou regulamentos que<br />

estao para serem gerados no ambito governamental.<br />

Para realizar esse trabalho devera dispor de um plano e<br />

orienta~ao que evitem que a organiza~ao tome caminhos muito<br />

demorados ou muito custosos para atingir os objetivos. Um metodo<br />

de planejamento e orienta~ao deve incluir:<br />

alguma pe~a no quebra-cabe~a;<br />

3) manter 0 usuario informado.<br />

Para que 0 planejamento possa ser concebido e estabelecido<br />

e necessario que a organiza~ao disponha de um conjunto inicial<br />

de informa~oes e inteligencia ja disponivel, a partir da qual ira<br />

orientar sua gestao da informa~ao. Estes meios podem estar sob<br />

a forma de diagn6sticos e resultados de esfor~os anteriores.<br />

Considera-se que as recursos humanoscom alguma especializa


etapa do cielo. De qualquer modo, a inteligencia da organizac;ao<br />

deve estar estruturada em projetos cuja reuniao seguira a<br />

orientac;ao planejada.<br />

Quanto as tecnjcas ineluldas em projetos,<br />

aquelas uti lizadas para analisar:<br />

• mercado;<br />

• tamanho e localizac;ao;<br />

• custos e receitas;<br />

• tecnologia;<br />

• investimentos (usos de recursos);<br />

• financiamentos (fontes de recursos);<br />

• rentabilidade;<br />

• capacidade de pagamento;<br />

• administrac;ao;<br />

• leis.<br />

podemos relacionar<br />

Todos os elementos formadores de projetos contem tecnjcas<br />

espedficas que vaG da analise econ6mica e financeira ate a analise<br />

legal, passando pela utilizac;ao de tecnjcas matematicas e<br />

estatlsticas de variado grau de sofisticac;ao.<br />

Um exemplo aplicado a inteligencia <strong>competitiva</strong> e 0 usa da<br />

tecnjca de planejamento estrategico denominada "analise das cinco<br />

forc;as" (Porter, 1986), concebida para a industria, mas poderosa<br />

o suficiente para ser adaptada ao setor de servic;os. Essa tecnica<br />

mostra-se particularmente util em facilitar 0 planejamento e<br />

orientac;ao considerando as "forc;as" representadas pelos entrantes<br />

potenciais, fornecedores, clientes, produtos substitutos e<br />

concorrentes no segmento de atuac;ao.<br />

A coLeta e a etapa de obtenc;ao de dados e informac;6es - a<br />

inelusao de relevancia e prop6sito ja permite evoluir do dado<br />

para a informac;ao - a partir dos quais sera produzida a inteligencia.<br />

Uma vez que ja esteja definido pelo planejamento 0 que<br />

deve ser procurado e quais as orientac;6es a serem seguidas, a<br />

organizac;ao ira utilizar 0 melhor caminho posslvel para realizar a<br />

coleta de dados e informac;6es. Como obter esses dados? Onde e<br />

posslvel localizar esses dados? Afinal, qual e a fonte? Bem, a<br />

ideia de fonte e que sac pessoas ou instituic;6es que disp6em de<br />

44


dados ou informa~oes pelo conhecimento que acumularam,<br />

registros em documentos ou outras formas, originais ou nao. As<br />

fontes designam aqueles que detem dados ou informa~6es<br />

suscetiveis de serem comunicados. Podem ser classificadas<br />

principalmente em:<br />

• Fontes pn"m6n"as - Sao as fontes que contem fatos nao alterados,<br />

obtidos diretamente da sua origem, como relat6rios financeiros<br />

de empresas. Costumam corresponder ao primeiro registro ou<br />

a primeira narrativa de urn determinado evento;<br />

• Fontes secund6n"as - Ofere cern informa~oes com algumas<br />

modifica~oes em rela~ao a sua fonte original, como revistas<br />

de resumos e bases de dados bibliograficos.<br />

Algumas iniciativas sac tomadas desde 0 inicio para que a<br />

obten~ao de dados aconte~a de forma rapida e confiavel. Por<br />

exemplo: ir direto as fontes tradicionais que tratam do tema;<br />

rever as fontes publicadas; motivar a melhor fonte de informa~ao<br />

primeiros passos para urn programa de monitora~ao e ter claro<br />

urn conjunto de fontes pn"m6rias e de fontes secund6n"as a serem<br />

consultadas.<br />

o metoda de coleta se inicia com a identifica~ao de fontes<br />

que podem fornecer os dados de interesse e e desenvolvido com<br />

a necessaria depura~ao, sele~ao e organiza~ao desses elementos<br />

basicos para a informa~ao.<br />

o acesso as fontes e realizado pela utiliza


1. Bancos de dados comerciais.<br />

2. Publica~6es especializadas ou dirigidas.<br />

3. Clippings de noticias.<br />

4. AnCincios de oferta de emprego.<br />

5. Estudos publicados.<br />

6. Documentos sobre empresas de capital aberto registrados na<br />

Comissao de Valores Mobiliarios - eVM.<br />

7. Exposi~6es, feiras e literatura sobre produtos.<br />

8. Arquivos e relat6rios pCiblicos federais, estaduais e municipais.<br />

9. AnCincios.<br />

10. Contatos pessoais.<br />

Ja vimos como as fontes de dados e informa~6es tem<br />

caracteristicas que permitem a sua classifica~ao principal em<br />

primarias e secundarias. Essa maneira de ver as fontes facilita a<br />

sua organiza~ao e reflete a dificuldade de obten~ao e 0 grau de<br />

confian~a que nelas se pode depositar. As fontes podem ser de<br />

natureza externa ou interna a institui~ao, e algumas delas sac<br />

mencionadas adiante.<br />

A maior parte das organiza~6es de tamanho medio ou grande<br />

possui ativos de informa~ao internos que muitas vezes nao sac<br />

explorados. Com grande freqi..iencia esses ativos estao situados<br />

no interior de fun~6es tipicas de organiza~6es e os departamentos<br />

que as exercem, conforme abaixo:<br />

Propaganda<br />

Consultoria<br />

Departamento de credito Servi~os a clientes; departamento de credito<br />

Setor de distribui~ao<br />

Rela~6es com 0 governo<br />

Juridico<br />

Biblioteca<br />

Sistema de informa~6es gerenciais Pessoal<br />

Produ~ao<br />

Rela~6es pCtblicas<br />

Compras<br />

Imobiliario<br />

Pesquisa e desenvolvimento Vendas<br />

Treinamento Departamento financeiro


Podem-se ainda citar outras maneiras de obter mais<br />

informa~6es internamente que nao dependem especificamente<br />

de um departamento; sao elas:<br />

• linha quente - uma linha telef6nica direta para essa finalidade<br />

com uma pessoa habilitada para esse trabalho do outro lado;<br />

• correia eletr6nico - um au mais endere~os eletr6nicos para as<br />

quais as pessoas que decidirem contribuir enviem ideias, dados<br />

au informa~6es, sugest6es etc.;<br />

• formularios de relat6rios sabre concorrentes - que permitam<br />

aos participantes saber a tipo de dado que pode ser considerado<br />

uma contribui~ao para a inteligencia;<br />

• representante de informa~ao - alguem habilitado, para que a<br />

participante saiba a quem se dirigir;<br />

• auditoria de informa~ao - um levantamento daquilo que a<br />

organiza~ao ja disp6e sabre concorrentes, sejam bancos de dados<br />

construldos no passado, estudos de mercado comprados que<br />

estejam fora da biblioteca au names de especialistas.<br />

Uma pesquisa externa pode incluir respostas, antecedidas<br />

das fontes que ajudam a responde-las, e conjuntos de perguntas<br />

caractedsticos, como a que e exemplificado abaixo:<br />

47<br />

• Quais sao as artigos que foram escritos sabre esse mercado?<br />

• Quais sao as organiza~6es que estao associadas a certo<br />

grupo de produtos?<br />

• Quais sao as patentes relacionadas a certa tecnologia que<br />

foram depositadas?<br />

• Quais sao as principais publica~6es au textos em certo<br />

segmento de atividade da economia?<br />

• Quantas companhias fazem parte do mesmo segmento da<br />

organiza~ao em tela e quais sao?<br />

• Quem sao as pessoas que estudam essa industria au atividade?<br />

Atualmente, essas pesquisas ja incluem em sua fase<br />

preliminar a visita a algumas paginas da Internet, ate para<br />

conversar, enviar mensagens eletr6nicas au comprar publica~6es.<br />

Certamente para buscar fontes e dados "de primeira aproximaf;aO"<br />

esse meio esta sendo utilizado de forma crescente.<br />

Alem da Internet, ha tambem as meios de acesso eletr6nico,<br />

remotos au nao, a redes de informa~ao especlficas, liga~ao em<br />

rede com outras bibliotecas e bancos de dados eletr6nicos online<br />

au em CD-ROM.


Entre as fontes que fazem parte da prepara~ao da<br />

organizac;ao para atuar na inteligencia estao os livros de referencia<br />

gerais - atlas, listas de corporac;5es, enciclopedias de associac;5es,<br />

paginas amarelas, anuflrios estatfsticos, anuarios de federac;5es<br />

de industrias e world almanac; e os fndices de peri6dicos que<br />

podem ser solicitados a empresas especializadas.<br />

Ao lade do acompanhamento diario realizado nos jornais<br />

como Gazeta Mercantil e Jomal do Commecio, mais voltados para<br />

as atividades empresariais, ha as fontes espedficas da industria<br />

- revistas representativas de segmentos industriais! literatura e<br />

catalogos de produtos, listas de feiras e exposic;5es e outros a<br />

serem definidos e consultados sistematica mente conforme 0<br />

interesse de inteligencia da organizac;ao.<br />

Finalmente, ha duas formas importantes de informac;5es<br />

que estao em uma posic;ao intermediaria - nao sac exclusivamente<br />

internas nem externas - e tern grande importancia para as<br />

organizac;5es pela sua natureza direta e efetiva. Sao elas:<br />

menor custo manter urn cliente do que conquistar outro; e<br />

• 0 servic;o caracterizado pelo prefixo de telefone 0800, que da<br />

oportunidade rapida e sem custo para 0 cLiente efetivo ou<br />

potencial estabelecer contato direto com a organizac;ao que<br />

lhe despertou interesse de alguma forma.<br />

E certo que todo esse esforc;o podera resultar em beneficios<br />

para a organizac;ao, mas esses benencios serao certamente<br />

bastante expandidos se forem mantidos os prindpios da<br />

constancia, longevidade e, mais do que tudo, se for garantido 0<br />

envolvimerito de cada pessoa da organizac;ao na cac;a da<br />

informac;ao como alimento estrategico.<br />

As tecnicas utilizadas para coleta sac sempre muito<br />

dependentes da qualificac;ao do pessoal e podem variar bastante ..<br />

A simples selec;ao ou exclusao de fontes para consulta, quando<br />

realizada segundo a tecnica estatistica de distribuic;ao de<br />

freqilencia, pode ter bons resultados. Distante dessa aplicac;ao<br />

• 0 servic;o de atendimento ao cliente - que opera com urn mais simples existem os softwares para utilizac;ao em bibliometria<br />

conjunto selecionado e baseia-se no principio de que e de que exigem <strong>conceitos</strong> mais avanc;ados para sua utilizac;ao.<br />

48


No caso da freqUencia elevada com que algumas fontes<br />

tratam de assunto de interesse direto da consulta ou a ela<br />

relacionado, pode valer a pena aplicar maior esfon;o em seu exame.<br />

Por exemplo: na procura por iniciativas de organizac;5es no campo<br />

do ensino voltado para a industria, pode-se concluir por meio de<br />

uma tecnica estatfstica quais revistas dirigidas a setores industriais<br />

tern maior ou menor importancia contando-se 0 numero de<br />

materias dedicadas aos anuncios de cursos e calculando-se 0<br />

espac;o por elas ocupado.<br />

Dutra tecnka utilizada para a coleta de dados de boa<br />

qualidade e realizar cortes e exclus6es nas buscas em bancos de<br />

dados em computaclor au CD-ROM. Em primeiro lugar, na seleC;ao<br />

do pr6prio banco de clados e, depois disso, utilizar algebra de<br />

conjuntos para selecionar dados.<br />

caractensticas comuns entre si, formando urn terceiro conjunto<br />

resultante da operaC;ao, que enta~ sera listado peto computador.<br />

Essas e outras maneiras de selecionar e extrair clados podem<br />

ser conduzidas por meio de ordens simples, digitadas no teclado<br />

do computaclor, com resultados imediatos, mostrados na tela ou<br />

impressos. Sao tipicos de exeCUC;aode uma estrategia de busca<br />

de dados. As ordens sac comandos que podem ser aprendidos<br />

sem aprofundamento imediato da algebra de conjuntos e sac muito<br />

uteis. as meios computacionais necessarios para a explorac;ao de<br />

bancos de dados incluem softwores de gerenciamento e consulta,<br />

que em grande meclida realizam a traduc;ao das linguagens<br />

matematica e computacional para comandos simples, mas que<br />

demandam alguma familiaridade inicial dos usuarios nessas areas<br />

de conhecimento.<br />

Para nossa finalidade aqui vamos apenas dar dois exemplos AnaLise<br />

de operac;5es que podem ser realizadas utilizando a tecnico do<br />

algebra de conjuntos: 1) excluir ap6s uma primeira consulta A analise e considerada a parte mais diftcil do ciclo da<br />

conjuntos de dados que nao possuem certas caractensticas; 2) inteligencia. Tal dificuldade pode ser muito diminuida por urn<br />

selecionar partes de conjuntos de dados que possuem planejamento bem orientado e por uma coleta bem realizada.<br />

49


Apesar disso, as exigencias para 0 trabaLho do anaLista sac<br />

muito grandes quanta a persistencia, capacidade de observar<br />

padr6es e em Lidar com cenarios muitas vezes diferentes daqueLes<br />

com os quais esta acostumado. ALemdisso, mesmo considerando<br />

que a anaLise esta baseada na L6gica e em dados confiaveis, 0<br />

anaLista precisa, muitas vezes, preencher as Lacunas de<br />

conhecimento apenas com "estimativas" sobre a informac;ao<br />

disponlveL.<br />

E caracterlstico das organizac;6es que a responsabilidade se<br />

torne mais concentrada a medida que ocorre a aproximac;ao com<br />

o ambiente da tomada de decisao. Para enfrentar essa<br />

responsabilidade, 0 analista deve reunir competencias que vao<br />

alem da qualificac;ao academica ou individual, nesta ou naquela<br />

area de conhecimento. Essas sac algumas das competencias<br />

individuais que devem estar disponlveis e que formam, quando<br />

associadas a registros, procedi mentos, tecnicas e cultura, as<br />

competencias essenciais da organizac;ao.<br />

necessaria mente em seqUencia, mas que mantem no foco 0<br />

objetivo a ser aLcanc;ado. E necessario identificar reLac;6es entre<br />

dados e informac;6es, ainda que sejam remotas no prindpio, e<br />

saber expandir 0 raciodnio anaLltico para alem da pesquisa<br />

imediata. Por outro Lado, nao e raro que ao procurar algo sabre<br />

um determinado tema 0 anaLista encontre uma chave ou uma<br />

soluc;ao para outro que esta sendo pesquisado de forma secundaria.<br />

Tambem esta incLulda entre os metodos de analise a<br />

necessidade de 0 analista posicionar-se mentalmente "fora" da<br />

organizac;ao para poder ver com mais clareza, a distancia, aLgumas<br />

de suas necessidades ou caminhos de analise. De posse do<br />

conhecimento de suas necessidades de analise, pode ser mais<br />

facil fornecer analises efetivas a organizac;ao. Qualquer metodo<br />

deve considerar a imperfeic;ao da informac;ao, e 0 analista tera de<br />

preparar 0 seu relat6rio, com ou sem "dad os suficientes", no<br />

prazo estabelecido e com qualidade. Uma frase representativa<br />

desta situac;ao e "isto e 0 que eu pense que ira ocorrer baseado<br />

as metodos de analise incLuem 0 pensamento l6gico no que sei; e e 0 que tem significado neste momenta para a<br />

organizado segundo padr6es que nao se apresentam organizac;ao".<br />

50


Os meios disponfveis para a analise sac em grande parte<br />

fornecidos pelo planejamento e pela coleta, com a ressalva de<br />

que 0 analista deve conhecer os criterios de JJcorte" para reduzir<br />

o excesso de dados utilizados nas etapas anteriores.<br />

Sao as decisoes e orientac;oes do planejamento e os dados<br />

e informac;oes coletados que serao submetidos ao processo de<br />

reuniao criteriosa e ao estabelecimento de relac;oes, padroes e<br />

significados. Aqui, a ac;ao do analista se faz presente extraindo<br />

concLusoes orientadas com base nos dados disponlveis. Entre os<br />

meios estao tambem os computadores e softwares facilitadores<br />

desse trabalho.<br />

As tecnicas de analise incluem a utilizac;ao do quadro<br />

referendal das J'cinco forc;as'l de Porter, mendonado anteriormente,<br />

que da a estrutura do segmento de atuac;ao da organizac;ao e que<br />

ja tera side usado na etapa de planejamento. Com esse quadro<br />

Forc;as - identificar os melhores atributos do concorrente,<br />

inclusive patentes que possui, tecnologia, frac;ao de mer(:ado que<br />

detem, qualidade de sua gerencia, posic;ao financeira, lealdade<br />

dos clientes e outros;<br />

Fraquezas - ao contrario das forc;as, busca identificar 0 que<br />

falta ao concorrente, inclusive qualificac;ao de empregados l baixa<br />

qualidade de produtos, equipamento defasado, e outras;<br />

Oportunidades - ocorrem quando ha em perspectiva alguma<br />

mudanc;a favoravel a organizac;ao, tais como alterac;ao prevista<br />

de gostos e preferencias dos clientes ou mudanc;as no ambiente .<br />

externo em razao de novas leis ou regulamentos;<br />

estabelecido de forma inidal e posslvel aplicar a tecnica de analise Ameac;as - ao contrario das oportunidadesl surgem quando<br />

denominada SWOT(Strength - Forc;as; Weakness - Fraquezas; podem ocorrer mudanc;as nas condic;5es externas a organizal;ao,<br />

Opportunities - Oportunidades; e Threats - Ameac;as). Aplicando- como dificuldades de fornecimento de materia-prima, novos<br />

se a tecnica SWOTaos concorrentes, em urn exemplo empresarial, competidores ou elevac;ao de taxas de juros.<br />

51


As for~as e fraquezas sac caracteristicas internas das<br />

organizaC;oes, e as oportunidades e ameac;as sac caractensticas<br />

externas a elas.<br />

Podem tambem ser ineluldas entre as tecnicas de analise<br />

aquelas utilizadas em projetos. Essas tecnicas, ja mencionadas<br />

no planejamento, sac ali exercitadas em urn plano de analise<br />

mais geraL que cobre 0 conhecimento do segmento de atua~ao.<br />

Naetapa de analise, essas tecnicas podem Ser usadas, por exemplo,<br />

para aprofundar 0 conhecimento da situa~ao de urn particular<br />

concorrente, fornecedor, comprador, novo entrante ou substituto.<br />

Sao muitas as tecnicas possiveis e, algumas vezes, embora<br />

o analista disponha de dados confiaveis, a tempo e pertinentes<br />

ao tema ao qual esta se dedicando, a analise pode nao se<br />

J/encaixar". Como 0 J/bom senso e a coisa mais bem distribulda<br />

deste mundo, porque cada um de n6s pensa ser dele bem<br />

provido ... " (Descartes, 1637), 0 analista pode ter de abrir mao<br />

do usa da tecnica estrita e confiar na sua experiencia e<br />

discernimento para coneluir sua anaLise.<br />

Dissemina~ao<br />

A dissemina~ao e a ultima etapa do delo da inteligencia e<br />

envolve a distribui~ao organizada do produto da inteligencia aos<br />

que dela necessitam para tomar decisoes. Nesse momento, 0<br />

analista pode sugerir cursos de ac;ao possiveis para a decisao,<br />

argumentando com base em suas anaLises. Dependendo dos<br />

resultados obtidos e da decisao tomada, 0 grau de dissemina.;ao .<br />

na organizac;ao pode ser bastante diferenciado. Essa comunica~ao<br />

e, em geraL, voLtada para dois grupos, ou "publicos": os<br />

responsaveis peLas decisoes e 0 conjunto da organiza~ao. Para<br />

atender a ideia de envolvimento, sac preparadas mensagens<br />

diferentes, transmitidas tambem de forma diferente.<br />

• Os metodos de disseminac;ao sac condicionados pela<br />

apresentac;ao dos argumentos L6gicos baseados nas anaLises<br />

realizadas. Algumas da condic;6es a serem cumpridas, e que<br />

essas apresenta


• a analise disseminada deve responder as necessidades da<br />

gerencia e do conjunto da organiza~ao;<br />

• 0 conteCtdo disseminado deve manter 0 foco no tema que e<br />

tratado; nao pode ser apenas geral;<br />

• a analise tern de ser emitida a tempo de serem tomadas decisoes;<br />

• 0 nivel de confian~a depositado no material disseminado tem<br />

de ser suficiente para a ado~ao de medidas ou cursos de a~ao;<br />

• 0 material disseminado deve considerar 0 envolvimento do<br />

conjunto da organiza~ao.<br />

Os resultados devem ser apresentados da melhor forma para<br />

a gerencia, facilitando a absor~ao da argumenta~ao. Os meios<br />

para essa dissemina~ao fundamental sa~ apresenta~6es com meios<br />

audiovisuais, relat6rios, mensagens, correia eletr6nico e outras.<br />

Aqueles resultados que forem considerados Ctteispara 0 conjunto<br />

da organiza~ao devem ser divulgados para todo 0 pessoal, e<br />

tambem com muito boa apresenta~ao. Sao meios para essa<br />

dissemina~ao: palestras, boletins, quadros de aviso e outros.<br />

organ;za~ao quanta para os seus recursos mais importantes: as<br />

pessoas que all trabalham. Os seus resultados sac meios para a<br />

etapa inicial do delo seguinte: planejamento e orienta~ao.<br />

Sao usualmente utilizadas na dissemina~ao tecnicas de<br />

exposi~ao com recursos audiovisuais. Emparticular, para a gerac;ao<br />

dos documentos que ap6iam a constru


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Agora que ja sabemos a teoria sabre inteligencia<br />

<strong>competitiva</strong>, fica mais facil perceber como a inteligencia pode<br />

ser aplicada na pratica ao ambiente das organizac;6es, a agregac;ao<br />

de valor a bens e servic;os e a competic;ao com outras organizac;6es.<br />

Antes de tudo e preciso a envolvimento das pessoas na<br />

empresa. Nao podemos ficar im6veis com a ameac;a constante de<br />

perder posic;ao <strong>competitiva</strong> que foi intensificada com a<br />

internacionalizac;ao dos mercados. As pessoas devem ser envolvidas<br />

em iniciativas que exaltem a necessidade de monitorar as<br />

concorrentes e as fatos relacionados ao segmento de atuac;ao da<br />

empresa que acontecem no mundo inteiro, todos as dias. Uma<br />

das primeiras ac;6es que podem ser implantadas na sua empresa e<br />

a criac;ao de um sistema de inteligencia <strong>competitiva</strong>, au a<br />

participac;ao em alguma iniciativa, de um grupo empresarial par<br />

exemplo, que tenha a objetivo de aplicar a cido da inteligencia<br />

para agregar valor e agir positivamente perante as mUdanc;as que<br />

ocorrem nos mercados e no seu ambiente de atuac;ao.<br />

inteligencia apresentados nas paginas anteriores: planejamento<br />

e orientac;ao, coleta, analise e disseminac;ao.<br />

A seguir sera dado a exemplo da Matriz GlobaL de<br />

Monitoramento: um sistema de inteligencia <strong>competitiva</strong> baseado<br />

na Internet. A ideia de desenvolvimento de uma Matriz Global de<br />

Monitoramento Competitivo foi originada no NCtcleo de<br />

Inteligencia Competitiva da FIERGSem meados de 1998, quando<br />

essa Federac;ao propos um projeto ao Departamento Nacional do<br />

SENAI. Naquela epoca uma equipe do Programa de Engenharia de<br />

Produc;ao da COPPEjUFRJ foi convidada para, em parceria com a<br />

SENAIjDN e a FIERGS, desenvolver a Matriz apresentada neste<br />

documento. Desde entao, este projeto vem evoluindo, tendo nesse<br />

documento um indicativa dos resultados. Em seguida, e repassado<br />

a cielo de inteligencia, com a enfoque nessa aplicac;ao pratica.<br />

Sao feitas, entao, referencias a como podem ser executadas cada<br />

uma das etapas no Projeto da Matriz.<br />

A Matriz Global de Monitoramento Competitivo e um sistema<br />

Os passos a serem trilhados para a realizac;ao concreta de proposto para monitorar fatores determinantes de competitividade,<br />

um sistema de inteligencia sao as quatro passos do cido de atraves de paginas da Internet e do conhecimento agregado pelos<br />

59


seus usuarios. 0 sistema apresenta-se na forma de uma matriz,<br />

na qual as linhas sao as fatores de competitividade (informa~6es<br />

a serem buscadas) e nas colunas encontram-se as areas geograficas<br />

a serem monitoradas, como, par exemplo, palses. Desta forma,<br />

olhando uma linha da matriz observaremos informa~6es sabre<br />

um mesmo fator de competitividade para varios palses. Cada uma<br />

destas celulas contem:<br />

cada area, sabre como usar estas informa~6es.<br />

• A analise realizada par todos as usuarios que consultem aquela<br />

determinada celula.<br />

A expectativa deste produto de inteligencia <strong>competitiva</strong> e<br />

fornecer os insumos basicos, informa~6es e orienta~6es, para que<br />

cada usuario, de acordo com os seus objetivos, possa criar a sua<br />

propria no~ao de inteligencia. Par isto, uma das maiores inovac;6es<br />

da Matriz consistiria na disponibiliza~ao de orienta~6es sabre a<br />

forma de analisar os dados e informa~6es disponlveis, de forma<br />

que a inteligencia resultante seja adequada para cada usuario.<br />

• Planilhas, hyperlinks e a esquematiza~ao do caminho de pesquisa<br />

(resultante do registro da metodologia de trabalho de<br />

preenchimento da matriz). As informa~6es resultantes dos<br />

hyperlinks sao de especial importancia a medida que uma grande<br />

quantidade de informa~6es fica disponlvel sem precisarmos Metodo de planejamento e orienta~ao<br />

lan~ar mao de um banco de dados enorme. De uma forma<br />

geral, a proprio fornecedor destas informa~6es - a equipe que Uma vez conscientes da necessidade de agir quanta a<br />

faz a manuten~ao das paginas da Internet - as mantem questao das informa~6es, a maioria das pessoas tem certa<br />

atualizadas. dificuldade em come~ar, assim como ocorre em muitos projetos.<br />

• Um comentario que da importancia estrategica da informa~ao Par isso, se voce tambem esta sentindo dificuldade, sugerimos<br />

para a empresa, alem dos tipos de analises e conclus6es que que acompanhe a caminho abaixo, que explica como desenvolver<br />

podem ser retiradas dessa informa~ao. 1550 constitui um um sitema de inteligencia <strong>competitiva</strong> bastante simples e<br />

direcionamento, que pode ser redigido par especialistas de acesslvel.<br />

60


Assim como a identifica~ao e seLec;aodas fontes, a escoLha<br />

eo uso dos recursos sac subordinados aos objetivos que se deseja<br />

atingir. Observamos isso com bastante freqilencia em nossa vida<br />

profissional, quando temos de tomar uma decisao quanta a<br />

participar de uma nova atividade ou deixar de faze-lo. 0 primeiro<br />

passe e conhecer as condi


Tipos de informa~ao<br />

a ser buscada<br />

continuamente. Nao devemos esquecer de analisar as empresas<br />

que eventualmente podem entrar ou sair do mercado, e as<br />

possibilidades associadas a essas ocorrencias.<br />

Dentre a enorme massa de informa~6es disponlvel,<br />

principalmente na Internet, e necessario que a equipe de<br />

planejamento saiba especificar, de acordo com os objetivos da<br />

empresa, qual 0 tipo de informac;ao a ser monitorado.<br />

Apresentamos abaixo algumas informac;6es ja disponlveis na rede<br />

mundial de computadores que podem ser usadas nas celulas da<br />

Matriz.<br />

Mercado - A estrutura e a organiza~ao do mercado devem<br />

ser conhecidas. Saber como 0 mercado funciona e quais os<br />

segmentos existentes pade sugerir atitudes quanto a coloca~ao<br />

do produto ou servic;o. Saber como e 0 mercado de outros pafses<br />

pode levar a examinar 0 mercado nacional sob outras perspectivas,<br />

como perceber a possibilidade de atuar em novos segmentos.<br />

CLientes - Sao a fonte do faturamento, seja este expresso<br />

em unidades monetarias ou nao. Os clientes de uma organiza


orientam onde procurar as informa~5es que se deseja, alem de<br />

tarnar mais elaros os objetivos da implanta~ao de um sistema de<br />

inteligencia na sua empresa:<br />

1. A empresa vende em que cidades, estados ejou pafses?<br />

2. Quem sao os clientes da empresa?<br />

3. Quais sao seus canais de distribui~ao?<br />

4. Quais sac as perguntas feitas com maior freqUencia e quais<br />

permanecem sem respostas?<br />

5. Quem costuma pedir as informa~6es?<br />

6. Quais as informa~6es necessarias?<br />

7. Qual e 0 prazo geralmente dado para obter as informa~6es?<br />

8. Dnde as informa~6es serao utilizadas?<br />

9. Por que essas informa


pequeno conjunto de publica!;oes, de paginas da Internet, ou de<br />

outros meios de apresenta~ao de dados. Por meio de reuni6es,<br />

correia eletronico ou de relat6rios, as analises relativas as<br />

informa~6es contidas nestas fontes chegam as pessoas<br />

interessadas.<br />

Para 0 caso da Matriz Global, as fontes se concentram em<br />

paginas da Internet, minimizando a dificuldade de coleta, uma<br />

vez que as fontes estao todas relacionadas em urn unko lugar,<br />

inteligencia. Tambem na Internet valem os mesmos principios<br />

relacionados no capitulo sobre a Coleta, que trata das fontes de<br />

informa~ao: existem fontes primarias e secundarias, fontes ofidais,<br />

fontes publicas e particulares, assim como fontes que nao sac de<br />

acesso ao publico em geral, mas que podem ser "compradas",<br />

mediante I/assinaturas". Exemplos de fontes das quais se pode<br />

fazer assinaturas sac alguns servi~os de analise de mercados ou<br />

bases de dados oferecidos por empresas especializadas.<br />

bastando clicar na celula desejada para come~ar a pesquisa. Da A obten!;ao de dados pela Internet diminui bastante 0 custo<br />

mesma forma, a atualiza~ao seria uma preocupac;ao bem menor do sistema de inteligencia <strong>competitiva</strong>. Primeiro porque, caso se<br />

que aquela gerada por urn sistema convencional, ja que a maioria deseje armazenar a informac;ao, esta ja estara digitalizada,<br />

dos conteudos dos enderel;os coletados e constantemente evitando a necessidade de c6pias xerograficas, recortes de revistas,<br />

atualizada pelos responsaveis pela manutenc;ao das paginas. Mas ou texto5 copiados em scanners, que sac pouco praticos. Basta<br />

esta simplicidade resume~se a atualiza!;ao do sistema. 1550porque criar algumas pastas (folders) com os t6picos para classificar a<br />

o esforc;o inicial de selecionartais fontes e demorado. Urngrande informa


Alem das fontes mencionadas no t6pico sobre coleta de<br />

dados, existem algumas fontes que se revelam especialmente faceis<br />

para se obter informac;ao de boa qualidade na Internet:<br />

• Pagi nas oficiais dos governos dos palses;<br />

• Paginas dos ministerios dos palses, tais como ministerios de<br />

Industria e Comercio e Ministerio de Relac;6es Exteriores. Nestas<br />

paginas costumam-se encontrar informac;5es sobre leis, polfticas<br />

industriais, econ6micas, pollticas de educac;ao, de ciencia e<br />

tecnologia, alem de iniciativas de estlmulo ao comercio e<br />

exportac;ao;<br />

• Bancos de dados comerciais atualizados e disponibilizados com<br />

freqOencia maior que os disponlveis em texto;<br />

• Estudos pubLicados por universidades e centros de pesquisa do<br />

mundo inteiro;<br />

• Sites das empresas concorrentes, que muitas vezes contem<br />

balanC;osfinanceiros disponiveis para download, variados dados<br />

institucionais (pafses de atuac;ao, numero de funcionarios,<br />

Localizac;aode plantas industriais), aLemdecaractensticas dos<br />

produtos comercializados;<br />

• Listas de discussao sobre assuntos de tecnologia, gestao ou<br />

ate de grupos de consumidores de um determinado produto<br />

que podem ajudar a revelar os desejos dos consumidores e<br />

futuras demandas por determinadas caracteristicas nos<br />

produtos;<br />

• Sites de oportunidades de neg6cios de diversos palses, com<br />

toda a orientac;ao necessaria para a efetivac;ao dos neg6cios.<br />

A lista na verdade e muito maior. 0 que sera usado no seu<br />

sistema dependera do objetivo da sua empresa. Tambem nao deve<br />

ser esquecido que informac;ao em excesso ou de ma qualidade<br />

pode sertao ruim quanta a faLta de informac;ao. As fontes precisam<br />

ser bem seLecionadas nesta etapa. Na etapa seguinte - analise -<br />

e que deve ser feita uma criteriosa interpretac;ao das informac;6es<br />

obtidas, ja que mesmo as fontes primarias, quando nao apresentam .<br />

somente dados, mas informac;5es e analises, costumam ser·<br />

bastante tendenciosas.


Dissemina~ao<br />

A analise final a ser feita na Matriz Global de Monitoramento<br />

pode ser feita por especialistas, por um grupo selecionado da sua<br />

empresa, ou ser deixada a cargo do usuario. Para esta ultima<br />

op~ao. e preciso que seja dada orienta~ao de· como usar a<br />

informal;ao, que tipo de conclus5es poderiam sertiradas daquele<br />

conteudo, quando for associado aos objetivos da empresa. Este<br />

comentario deve estar disponlvel juntamente ao hyperUnk, de<br />

forma a poder induzir a importancia do uso estrategico daquela<br />

informal;ao.<br />

No caso da Matriz Global de Monitoramento a dissemina


A gerencia estrategica das organiza~oes pode ser pensada<br />

nos dois sentidos abaixo:<br />

1. Essencialmente como objeto de analise econ6mica e<br />

planejamento; e<br />

2. Como assunto da tomada de decisoes das organiza~oes em<br />

contextos sociais, culturais e politicos.<br />

Tomando-se ambos os casas como foco, considera-se que<br />

nos dias de hoje a gestao das informa~oes desempenha papel<br />

estrategico nas organiza~oes.<br />

Com muita freqUencia, observamos tambem que os chamados<br />

ambientes externo e interno estabelecem intensa comunica~ao<br />

entre si quando tratamos do bin6mio informa~ao e estrategia. E<br />

assim na necessidade do conhecimento externo dos ramos de<br />

atividade da organiza~ao e no exerdcio de valoriza~ao dos seus<br />

recursos internos, notadamente recursos humanos.<br />

Esses aspectos SaD ressaltados na busca da inova~ao<br />

expandida para os procedimentos e iniciativas, e a tecnologia de<br />

69<br />

informa~ao vista alem do hardware, software e seus sistemas<br />

pessoais, de grupo e da organiza~ao. 0 conhecimento reunido<br />

sistematicamente e de forma agil se transforma em meio para a<br />

forma~ao da inteligencia estrategica da organiza~ao.<br />

A gestao estrategica da informa~ao, cobrindo desde a<br />

inova~ao ate a inteligencia para a tomada de decisoes, pode<br />

contribuir decisivamente para que a organiza~ao atinja seus<br />

objetivos e cumpra sua missao. Seus meritos exigem estudos de<br />

maior amplitude, uma vez que os resultados positivos vao muito<br />

alem das previsoes gerais; saD refletidos ate na cultura da<br />

organiza~ao.<br />

A existencia de urn sistema de inteligencia bem estruturado<br />

e ativo permite, ap6s sua consolida~ao, reflexoes e avaliac;oes<br />

muito mais ricas e abrangentes quanta ao meio externo.<br />

JJSe os gerentes do neg6cio nao SaD responsaveis pela<br />

estrategia, entao ninguem mais 0 e." (Johnson e Scholes,<br />

1993)


Essa e uma condi


questao "quem e 0 responsavel?" e esta voltado para saber quais<br />

sac as habilidades ou recursos de importancia essencial para a<br />

estrategia da organiza


.•.• AS<br />

_<br />

1COMISsAo DE VALORESMOBIUARIOS . Disponlvel<br />

enderec;o eletr6nico: http://www.cvm.gov.br/<br />

no<br />

8 HAMEL,G.; Prahalad,C. K. Competindo peLo futuro. Rio de<br />

Janeiro, Campus, 1995.<br />

3 DESCARTES,R. Discurso do metodo; para bem conduzir a razao<br />

e procurar a verdade nas ciencias. Sao Paulo, Ediouro, 1968.<br />

4 FERREIRA, Aurelio Buarque de Holanda. Novo dicionario da<br />

Lingua portuguesa. Rio de Janeiro, Nova Fronteira, 1975.<br />

5 FULD, Leonard M. The new competitor intelligence; the<br />

complete resource for finding, analysing, and using<br />

information about your competitors. New York, John Wiley<br />

Sons, 1995.<br />

6 GON(ALVES, E. Tostao. Lembran~as, opinioes, refLexoes sobre<br />

futeboL. Sao Paulo, Dorea Books and Art, 1997.<br />

7 GRAEF, L.F. The Montague Institute. 1998. Disponlvel no<br />

enderec;o eletr6nico: http://www.montague.com/<br />

9 JOH NSON,G; SCHOLES, K. ExpLoring corporate strategy. 3.<br />

ed. Cambridge, Prentice-Hall International, 1993.<br />

10 KAHANER, L. Competitive inteLLigence; from black ops to<br />

boardrooms-how to analyse, and use information to succeed<br />

in the global marketplace. New York, Simon & Schuster<br />

Inc, 1996.<br />

11 MAxIMO, J. Joao SaLdanha; sobre nuvens de fantasia. 2. ed.<br />

Rio de Janeiro, Relume-Dumara Prefeitura, 1996.<br />

12 MCGEE,J.; PRUSAK, L. Gerenciamento estrategico da<br />

informa~ao. Rio de Janeiro, Campus, 1995.<br />

13 MELNICK, J. ManuaL de projetos de desenvoLvimento<br />

economico. Rio de Janeiro, Forum em colaborac;ao co m a<br />

Organizac;ao das Nac;6es Unidas - ONU, 1972.<br />

14 MINTZBERG, H. The nature of manageriaL work. New York,<br />

Harper & Row, 1973.


Wladimir Bezerra Luz<br />

Coordenador da Unidade de Neg6cios Informa


11111111111111111111111111111111111<br />

Reg.29169<br />

Inteligencia <strong>competitiva</strong><br />

3602<br />

CNI<br />

S'ENAI<br />

Confederagao Nacional da Industria<br />

Servigo Nacional de Aprendizagem Industrial<br />

Departamento Nacional<br />

FIERGS<br />

CIERGS<br />

SESI<br />

SENAI<br />

----;a:-<br />

INDUSPREVI

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