RELATÓRIO FINAL - sem anexos - Assembléia Legislativa

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01.11.2014 Views

38 ASSEMBLEIA LEGISLATIVA DO RIO GRANDE DO SUL COMISSÃO ESPECIAL DOS PRECATÓRIOS JUDICIAIS NO RS para pagamento de precatórios e comentou a destinação dos rendimentos de tais depósitos, fazendo menção ainda ao crédito do Estado junto à União relativamente à Lei Kandir e à CEEE. O Senhor Bruno Pipi Filho, do CPERS de Santa Maria, afirmou que nenhuma RPV estaria sendo paga sem se esgotar os 60 dias e o prazo para sequestro judicial. Sugeriu que o Estado encaminhasse empréstimo junto ao Governo Federal para saldar sua dívida. O Deputado Valdeci Oliveira informou que havia encaminhado ao Governador, ao Chefe da Casa Civil e ao Secretário da Fazenda, na última quarta-feira, proposta para um projeto de lei complementar possibilitando a utilização de precatórios e RPVs para quitação de dívidas e a aquisição de automóveis e imóveis junto ao Banrisul. Como na audiência de Cachoeira do Sul, foram esclarecidas dúvidas a respeito da faixa de isenção do IR sobre valores recebidos pelos precatoristas e procedimentos para a restituição de cobranças indevidas. E casos de demora nos pagamentos foram relatados, como o de um precatorista de 75 anos, policial militar aposentado que estaria aguardando pagamento há quase 20 anos. O Senhor Cesar Chagas denunciou que a Fazenda e a PGE estariam evitando a formação de precatórios da lei Britto com a demora na entrega de demonstrativos financeiros para os cálculos dos retroativos e com embargos aos cálculos que retardariam o acesso aos precatórios, com prejuízo especialmente para servidores com mais de 60 anos ou com doenças graves. Assim, sugeriu à Comissão que a Secretaria da Fazenda e a Procuradoria-Geral do Estado fossem chamadas para esclarecer o que estaria acontecendo. O Senhor João Rocha, familiar de precatorista, sugeriu que precatórios pudessem ser convertidos em carta de crédito para fins de reformas ou ampliação da casa própria. A Senhora Madalena Gabriel, advogada de clientes precatoristas, comentou situação em que, por falta de funcionário, não era expedida ordem de pagamento para a comarca de origem, citando caso ocorrido em Faxinal do Soturno, cujo valor do precatório já estaria disponível para pagamento desde o final do mês de janeiro, mas só teria sido efetivamente pago ao credor no mês de abril, quando do retorno de férias do único funcionário do cartório. Também propôs que os honorários advocatícios (sucumbência) fossem desvinculados do precatório, possibilitando aos advogados a Relatório Final da Comissão Especial dos Precatórios Judiciais no RS

39 ASSEMBLEIA LEGISLATIVA DO RIO GRANDE DO SUL COMISSÃO ESPECIAL DOS PRECATÓRIOS JUDICIAIS NO RS compensação com tributos. Sugeriu ainda estender o financiamento da casa própria aos filhos e herdeiros sem moradia dos precatoristas, bem como estender a abrangência de precatório alimentar também para precatórios oriundos de ações de ressarcimento por desapropriação indireta quando caracterizado que os credores obtinham das terras desapropriadas seu sustento. O Dr. Ricardo Bertelli propôs, com vistas a uma maior agilidade, que o TJ/RS disponibilizasse aos advogados dos precatoristas acesso a informações atualizadas referentes ao processo no site do Tribunal. O Deputado Frederico Antunes pontuou a necessidade de uma maior agilidade do Judiciário na resposta aos pedidos de preferência por parte dos precatoristas. O Deputado Jorge Pozzobom sugeriu um mutirão para pagamento de precatórios a fim de esgotar os recursos já disponíveis para tal. Destacou a necessidade de regular a utilização dos rendimentos desses recursos para o mesmo fim, por meio de projeto de lei. Propôs uma moção de apoio aos credores do Estado e contra a minuta do projeto que prevê alterações na forma de pagamento das RPVs e ainda que se realizasse uma reunião com o Judiciário, a Defensoria Pública, o MP/RS e a OAB/RS a fim de tratar das Juntas de Conciliação, sugerindo que, nos Juizados Especiais, fossem promovidas semanalmente sessões de conciliação entre o Estado e credores para acelerar os pagamentos. O Senhor Clênio Fagundes Nunes, do SINDIPORG, sugeriu que a CEPJ fosse ouvida antes de qualquer projeto de lei sobre o tema precatórios ou RPV, de iniciativa do Governo do Estado, ser enviado à AL/RS. Propôs também uma mesa de negociação com a PGE a fim de acelerar os pagamentos. A respeito dos procedimentos relacionados ao pagamento de precatórios, foi sugerido pelo Dr. Ricardo Bertelli que todos os alvarás fossem expedidos de forma centralizada e não pelas varas de origem, a fim de proporcionar maior concentração, agilidade ao processo e melhor controle sobre o tempo da expedição. Quanto ao pedido de preferência, foi sugerido que o mesmo pudesse ser encaminhado pela Comarca da região e não de forma centralizada. O Dr. José Patrício Teixeira ponderou que a proposta do Deputado Valdeci Oliveira poderia implicar restrições ao precatorista para dispor do bem adquirido por meio de financiamento bancário, já que o mesmo constituiria a garantia do banco e, portanto, não poderia ser vendido até a quitação da dívida. Quanto à sugestão do Deputado Jorge Pozzobom a respeito dos juizados especiais, lembrou que já existiam em Porto Relatório Final da Comissão Especial dos Precatórios Judiciais no RS

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ASSEMBLEIA LEGISLATIVA DO RIO GRANDE DO SUL<br />

COMISSÃO ESPECIAL DOS PRECATÓRIOS JUDICIAIS NO RS<br />

para pagamento de precatórios e comentou a destinação dos rendimentos de tais depósitos, fazendo menção<br />

ainda ao crédito do Estado junto à União relativamente à Lei Kandir e à CEEE.<br />

O Senhor Bruno Pipi Filho, do CPERS de Santa Maria, afirmou que nenhuma RPV estaria sendo<br />

paga <strong>sem</strong> se esgotar os 60 dias e o prazo para sequestro judicial. Sugeriu que o Estado encaminhasse<br />

empréstimo junto ao Governo Federal para saldar sua dívida.<br />

O Deputado Valdeci Oliveira informou que havia encaminhado ao Governador, ao Chefe da Casa<br />

Civil e ao Secretário da Fazenda, na última quarta-feira, proposta para um projeto de lei complementar<br />

possibilitando a utilização de precatórios e RPVs para quitação de dívidas e a aquisição de automóveis e<br />

imóveis junto ao Banrisul.<br />

Como na audiência de Cachoeira do Sul, foram esclarecidas dúvidas a respeito da faixa de isenção do<br />

IR sobre valores recebidos pelos precatoristas e procedimentos para a restituição de cobranças indevidas. E<br />

casos de demora nos pagamentos foram relatados, como o de um precatorista de 75 anos, policial militar<br />

aposentado que estaria aguardando pagamento há quase 20 anos.<br />

O Senhor Cesar Chagas denunciou que a Fazenda e a PGE estariam evitando a formação de<br />

precatórios da lei Britto com a demora na entrega de demonstrativos financeiros para os cálculos dos<br />

retroativos e com embargos aos cálculos que retardariam o acesso aos precatórios, com prejuízo<br />

especialmente para servidores com mais de 60 anos ou com doenças graves. Assim, sugeriu à Comissão que<br />

a Secretaria da Fazenda e a Procuradoria-Geral do Estado fos<strong>sem</strong> chamadas para esclarecer o que estaria<br />

acontecendo.<br />

O Senhor João Rocha, familiar de precatorista, sugeriu que precatórios pudes<strong>sem</strong> ser convertidos em<br />

carta de crédito para fins de reformas ou ampliação da casa própria. A Senhora Madalena Gabriel, advogada<br />

de clientes precatoristas, comentou situação em que, por falta de funcionário, não era expedida ordem de<br />

pagamento para a comarca de origem, citando caso ocorrido em Faxinal do Soturno, cujo valor do precatório<br />

já estaria disponível para pagamento desde o final do mês de janeiro, mas só teria sido efetivamente pago ao<br />

credor no mês de abril, quando do retorno de férias do único funcionário do cartório. Também propôs que os<br />

honorários advocatícios (sucumbência) fos<strong>sem</strong> desvinculados do precatório, possibilitando aos advogados a<br />

Relatório Final da Comissão Especial dos Precatórios Judiciais no RS

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