RELATÃRIO FINAL - sem anexos - Assembléia Legislativa
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ASSEMBLEIA LEGISLATIVA DO RIO GRANDE DO SUL<br />
COMISSÃO ESPECIAL DOS PRECATÓRIOS JUDICIAIS NO RS<br />
gravação fosse encaminhada ao TJ/RS e ao Governo do Estado, a fim de que as autoridades competentes<br />
tives<strong>sem</strong> ciência dos problemas apontados.<br />
O Dr. Ricardo Bertelli explicou brevemente algumas diferenças entre precatórios e RPVs,<br />
apresentando ao público algumas das dificuldades relacionadas a cada um, como a demora na expedição de<br />
alvarás e o não pagamento de RPVs no prazo de 60 dias. Salientou sua posição favorável à compensação do<br />
credor originário, mas não a de empresas que atualmente adquirem precatórios com elevado deságio com o<br />
objetivo de abater suas dívidas tributárias.<br />
O Senhor Sérgio Arnoud assinalou a importância da mobilização dos precatoristas no sentido de<br />
pressionar os deputados em suas bases eleitorais, a fim de que não aprovem eventual projeto do Governo do<br />
Estado que implique alterações desfavoráveis aos credores.<br />
O Senhor Cesar Chagas defendeu a compensação de precatórios por meio de projeto de lei, afirmando<br />
que o SINTERGS atuaria junto aos deputados da As<strong>sem</strong>bleia <strong>Legislativa</strong> nesse sentido. Apresentou também<br />
as dificuldades enfrentadas pelos associados da entidade que aguardam as informações por parte da<br />
Secretaria da Fazenda necessárias à base de cálculos para promoverem a execução de seus precatórios.<br />
Afirmou que essa demora por parte do Governo em fornecer as informações seria uma manobra para evitar<br />
novos precatórios.<br />
Com as inscrições da platéia, foram revelados casos em que credores teriam direito a receber valores<br />
vultuosos, mas que devido ao não pagamento, viviam em situação social vulnerável, diante do<br />
envelhecimento, da saúde fragilizada e dos rendimentos precários, alguns ainda com o agravante de terem<br />
descontado de sua modesta renda valores relativos a empréstimos consignados, contratados pelos<br />
precatoristas junto a instituições financeiras justamente com o objetivo de proporcionar-lhes condições mais<br />
dignas de vida. Foi revelado, também, o caso de uma senhora que, com seus 105 anos de idade, aguardava o<br />
pagamento de seu precatório. Além disso, foi apresentada a situação de uma pensionista de mais de 90 anos<br />
que teria declinado de parte do seu crédito para agilizar o recebimento mediante RPV, aguardando<br />
pagamento desde 2005.<br />
Alguns precatoristas relataram a dificuldade em contatar seus respectivos advogados, que<br />
Relatório Final da Comissão Especial dos Precatórios Judiciais no RS