Elzira Jorge Pierre â Prevenção da Raiva por Morcegos - Zoonoses
Elzira Jorge Pierre â Prevenção da Raiva por Morcegos - Zoonoses
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PREVENÇÃO DA RAIVA<br />
POR MORCEGOS<br />
<strong>Elzira</strong> <strong>Jorge</strong> <strong>Pierre</strong><br />
Médica Veterinária<br />
ria<br />
SEAB/DEFIS/DDSA<br />
Área de <strong>Raiva</strong>/EEB<br />
Pinhais, 12 de maio de 2010.
PNCRH – Programa Nacional de<br />
Controle <strong>da</strong> <strong>Raiva</strong> dos Herbívoros e<br />
outras Encefalopatias<br />
Uma <strong>da</strong>s principais estratégias do<br />
programa se baseia no controle dos<br />
morcegos hematófagos <strong>da</strong> espécie<br />
Desmodus rotundus, sempre que houver<br />
risco de transmissão <strong>da</strong> raiva dos<br />
herbívoros.
IN nº n 141, de 19 de dezembro<br />
de 2006 - IBAMA<br />
Regulamenta o controle e o manejo ambiental <strong>da</strong><br />
fauna sinantrópica nociva.<br />
Art. 4º - § 1º - d) quirópteros em áreas urbanas e<br />
peri-urbanas e quirópteros hematófagos <strong>da</strong><br />
espécie Desmodus rotundus em regiões endêmicas<br />
para a raiva e em regiões considera<strong>da</strong>s de risco<br />
de ocorrência para a raiva, a serem<br />
caracteriza<strong>da</strong>s e determina<strong>da</strong>s <strong>por</strong> órgãos de<br />
governo <strong>da</strong> Agricultura e <strong>da</strong> Saúde, de acordo<br />
com os respectivos planos e programas oficiais;
<strong>Morcegos</strong> - Classificação<br />
Reino: Animalia<br />
Classe: Mammalia<br />
Ordem: Chiroptera<br />
Subordens: Megachiroptera – 1 família<br />
Microchiroptera – 17 famílias<br />
Filo: Chor<strong>da</strong>ta
Genótipos Vírus V<br />
RábicoR<br />
GT 1 – RABV (Mundial)<br />
GT 2 – LBV (África)<br />
GT 4 – DUVV (África)<br />
GT 3 – MOKV (África)<br />
GT 5 – EBLV 1 (Europa)<br />
GT 6 – EBLV 2 (Europa)<br />
GT 7 – ABLV (Austrália)
Novos Genótipos<br />
ARAV – Ásia Central<br />
KHUV – Ásia Central<br />
IRKV – Norte <strong>da</strong> Ásia (Sibéria)<br />
WCBV – Europa e Ásia (Cáucaso)
Variantes do GT 1<br />
1 e 2 – cão<br />
3 - Desmodus rotundus<br />
4 - Ta<strong>da</strong>ri<strong>da</strong> brasiliensis<br />
5 - Desmodus rotundus<br />
(Venezuela)<br />
6 - Lasiurus cinereus
Outras variantes do GT 1<br />
7 – Raposa (Arizona)<br />
8 – Cangambá (USA)<br />
9 – T. brasiliensis mexicana<br />
10 – Cangambá (California)<br />
11 – D. rotundus (Mexico)
<strong>Morcegos</strong>...
Existem mais de 1.000 espécies de<br />
morcegos no mundo (cerca de 170 no<br />
Brasil), classificados conforme seu<br />
hábito alimentar em: frugívoros;<br />
insetívoros;polinívoros/nectarívoros;<br />
ictiófagos; carnívoros; onívoros e<br />
hematófagos
Funções x Alimentação<br />
Controladores de<br />
insetos e roedores<br />
Formação de<br />
florestas<br />
Polinização de mais de<br />
500 espécies de<br />
plantas<br />
Guano - fertilizante<br />
Estudos –<br />
ecolocalização,<br />
desmoteplase,<br />
diabetes
Somente 3<br />
espécies – do<br />
norte do México<br />
até o Uruguai e<br />
ilhas do Caribe –<br />
altitudes abaixo<br />
dos 2.000 m<br />
Hematófagos
Desmodus rotundus<br />
Alimenta-se<br />
de sangue de<br />
mamíferos e<br />
aves
Diaemus youngi Diphylla ecau<strong>da</strong>ta<br />
Alimentam-se preferencialmente de sangue de aves
Hábitos dos <strong>Morcegos</strong><br />
Hematófagos<br />
Um macho para várias fêmeas<br />
Um filhote/fêmea/ano<br />
Período de gestação – 7 meses<br />
Vivem em grupos formando colônias<br />
de 20 a 5.000 indivíduos em abrigos<br />
naturais (primários, secundários e<br />
digestórios) ou artificiais
916 abrigos de MH ca<strong>da</strong>strados<br />
157 municípios<br />
17 NR
Quanto à Alimentação<br />
Hábitos noturnos<br />
Ingerem em torno de 60% do seu<br />
peso em sangue <strong>por</strong> refeição<br />
(cerca de 20 g)<br />
Lambem-se uns aos outros para<br />
higienização e estimular a<br />
regurgitação
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OBS: Numa população de morcegos, estima-se se que<br />
menos de 3% estejam contaminados com o vírus v<br />
<strong>da</strong><br />
raiva
Controle Sim – Extermínio Não!<br />
Métodos de<br />
Controle<br />
desenvolvidos<br />
através <strong>da</strong><br />
observação dos<br />
hábitos dos<br />
morcegos
Métodos de Controle – Seletivos<br />
para o Desmodus rotundus<br />
Indireto – aplicação tópica t<br />
de pasta<br />
vampirici<strong>da</strong> ao redor <strong>da</strong>s mordeduras<br />
recentes de morcegos nos animais atingidos<br />
ou de gel vampirici<strong>da</strong> no dorso de bovídeos<br />
e equídeos<br />
- realizado pelo proprietário rio dos<br />
animais<br />
Direto – captura do morcego e aplicação<br />
tópica de vampirici<strong>da</strong> em seu dorso-<br />
realizado somente pelo Serviço o Oficial
Método Seletivo Indireto
Método Seletivo Direto
Pasta Vampirici<strong>da</strong> -<br />
Warfarina a 2%<br />
80% dos<br />
morcegos<br />
tratados<br />
morrem em 7 a<br />
8 dias, na<br />
pro<strong>por</strong>ção de<br />
1:20
Cui<strong>da</strong>dos<br />
Uso de E.P.I.<br />
Imunização<br />
Preventiva<br />
Monitoramento<br />
Sorológico
<strong>Raiva</strong> 2005 – 89 casos<br />
<strong>Raiva</strong> 2006 – 190 casos<br />
06 MÑH M H X 09 MH<br />
<strong>Raiva</strong> 2007 – 241 casos<br />
11 MÑH M H X 06 MH<br />
<strong>Raiva</strong> 2008 – 127 casos<br />
15 MÑH M H X 07 MH<br />
14 MÑH M H X 04 MH
<strong>Raiva</strong> 2009 – 156 casos<br />
10 MÑHM
<strong>Raiva</strong> 2010 até 11/05/2010 – 22 casos<br />
2 MÑH M H X 1 MH
Porque fazer a vigilância em<br />
morcegos?<br />
Muitas casas, igrejas, prédios,<br />
estabelecimentos comerciais, escolas, etc.<br />
estão com morcegos alojados – risco de<br />
exposição ao vírus<br />
Algumas pessoas estão tendo contato<br />
direto com morcegos – risco de contágio<br />
É bem melhor encontrar o vírus em um<br />
morcego do que em uma pessoa!
Maiores informações:<br />
<strong>Elzira</strong> <strong>Jorge</strong> <strong>Pierre</strong><br />
Médica Veterinária<br />
ria<br />
SEAB/DEFIS/DDSA<br />
Área de <strong>Raiva</strong>/EEB<br />
Fone: 41 3313-4108<br />
pierre@seab.pr.gov.br
Muito obriga<strong>da</strong>!