Número 3 - Escola Profissional Gustave Eiffel
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Entrevista<br />
ou com formação superior para as suas empresas porque evidencia<br />
a sua própria incapacidade. O mesmo acontece em organismos do<br />
Estado e em várias instituições. Penso que há uma tentativa de manutenção<br />
do poder por ausência de concorrência e que vai levar anos<br />
a alterar-se.<br />
Além dos jovens licenciados, existe desperdício de recursos humanos<br />
ao nível dos imigrantes, das mulheres e dos reformados precocemente.<br />
A sociedade continua a ver os imigrantes, sobretudo os de<br />
origem lusófona, como mão-de-obra barata e desqualifi cada, não<br />
são criadas condições sociais para que as mulheres possam exercer a<br />
sua profi ssão normalmente e não sintam que estão a deixar os fi lhos<br />
sem apoio e não temos capacidade para absorver os reformados e<br />
pugnar para que sejam úteis e possam continuar a produzir riqueza<br />
para a sociedade.<br />
P – O que é preciso fazer para que o ensino profissional seja<br />
aceite como uma via capaz de formar e qualificar pessoas com<br />
qualidade?<br />
R – É preciso continuar a trabalhar como a <strong>Gustave</strong> <strong>Eiffel</strong> tem feito.<br />
Sem desanimar e sem perder a determinação e convicção, mesmo<br />
nos momentos mais desanimadores. Mas é necessário continuar a ter<br />
muita paciência e saber esperar para que a sociedade perceba que<br />
a qualifi cação profi ssional é quase o único caminho para inverter a<br />
situação do país a nível profi ssional.<br />
P – De acordo com o Ministério da Educação, os índices de empregabilidade<br />
do ensino profissional rondam os 75 a 90 por<br />
cento. Este índice não será um factor atractivo para captar mais<br />
alunos para este ensino?<br />
R – Não há nenhuma difi culdade em recrutar alunos para a <strong>Gustave</strong><br />
<strong>Eiffel</strong>. Não temos mais jovens a frequentar os cursos porque não há<br />
capacidade instalada para ter mais. Actualmente a dimensão da escola<br />
ultrapassa aquilo que no início estava previsto.<br />
Existe uma procura enorme da oferta formativa. Não existem é muitos<br />
apoios do Estado para as pessoas frequentarem uma escola destas.<br />
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