Dental Press
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Decurcio DA, Silva JA, Decurcio RA, Silva RG, Pécora JD<br />
mostraram uma posição central no dente (Fig. 1). Note<br />
destruição apical, palatina e vestibular da cortical do<br />
osso nas reconstruções das imagens da TCFC (Fig. 2).<br />
Discussão<br />
Em muitos casos, um dens invaginatus é detectado<br />
pelo exame radiográfico. Clinicamente, uma morfologia<br />
da coroa original (em forma conoide) ou um forame<br />
com fundo cego pode ser importante para indicar<br />
a probabilidade de um dens invaginatus 2 . Como os<br />
incisivos superiores são os dentes mais suscetíveis a<br />
apresentar dens invaginatus, esses dentes devem ser investigados<br />
por exames clínicos e radiográficos. Se um<br />
dente é afetado em um paciente, o dente contra-lateral<br />
deve ser investigado. É necessária a aquisição de<br />
radiografias para os incisivos laterais conoides, uma<br />
vez que Siqueira et al. 5 constataram que 10% desses<br />
dentes podem estar associados a dens invaginatus.<br />
A classificação mais usada foi proposta por Oehlers<br />
8 : Dens invaginatus tipo I - uma forma revestida de<br />
esmalte menor que ocorre dentro dos limites da coroa,<br />
não se estendendo além da junção amelocementária;<br />
dens invaginatus tipo II - uma forma revestida de esmalte,<br />
que invade a raiz, mas permanece confinado<br />
como um saco cego. Pode ou não se comunicar com<br />
a polpa dentária; dens invaginatus tipo III - uma forma<br />
que penetra através da raiz, perfurando a região apical<br />
e mostrando um “segundo forame” na região apical ou<br />
periodontal. Não há comunicação imediata com a polpa.<br />
A invaginação pode ser completamente revestida<br />
por cemento e esmalte e, frequentemente, podem ser<br />
encontrados revestindo a invaginação.<br />
Como o envolvimento pulpar de dentes com invaginações<br />
coronárias, pode ocorrer em um curto espaço<br />
de tempo após a erupção do dente, o diagnóstico<br />
precoce é muito importante para o tratamento preventivo.<br />
A Tabela 1 apresenta o resumo do tratamento de<br />
diferentes tipos de dens invaginatus observados na literatura<br />
odontológica 4,6 . Ridell et al. 16 avaliaram o prognóstico<br />
para a sobrevivência da polpa nos dentes com<br />
dens invaginatus submetidos a tratamento profilático<br />
da invaginação. Os prontuários de todos os pacientes<br />
encaminhados para o Eastman <strong>Dental</strong> Institute, Estocolmo,<br />
Suécia, com diagnóstico de dens invaginatus<br />
entre os anos 1969-1997 foram revistos. Cinco dentes<br />
em 66 pacientes haviam sido submetidos a tratamento<br />
profilático da invaginação. A avaliação retrospectiva<br />
foi baseada no exame das radiografias disponíveis a<br />
partir do acompanhamento. Eles encontraram: a) pacientes<br />
com 1 dente afetado (64,8%), com dois dentes<br />
(29,7%), com três dentes (2,2%) e com quatro dentes<br />
(3,3%), b) os dentes com dens invaginatus - incisivos<br />
Tabela 1. Resumo do tratamento de diferentes tipos de dens invaginatus.<br />
Dens Invaginatus Características Tratamento observado na literatura<br />
Tipo I<br />
(Oehler 8 , 1957)<br />
A invaginação de esmalte é limitada à coroa,<br />
antes da junção amelocementária<br />
Prevenção e controle clinico e radiográfico;<br />
Aplicação de selante na invaginação;<br />
Restauração do dente<br />
Tipo II<br />
(Oehler 8 , 1957)<br />
A invaginação se estende à junção<br />
amelocementária, e pode ou não apresentar<br />
comunicação com a polpa dentária<br />
Restauração da invaginação se a polpa dentária estiver normal;<br />
Terapia endodôntica;<br />
Tratamento combinado endodôntico-cirúrgico<br />
Tipo III<br />
(Oehler 8 , 1957)<br />
A invaginação revestida de esmalte penetra por<br />
toda a raiz, normalmente sem comunicação<br />
com a polpa dentária<br />
Restauração da invaginação se a polpa dentária estiver normal;<br />
Terapia endodôntica;<br />
Tratamento combinado endodôntico-cirúrgico<br />
© 2011 <strong>Dental</strong> <strong>Press</strong> Endodontics 91<br />
<strong>Dental</strong> <strong>Press</strong> Endod. 2011 apr-june;1(1):87-93