[ artigo original ] Análise das forças desenvolvidas durante a obturação do canal radicular por diferentes operadores preocupando-se com a padronização da dilatação dos canais radiculares, utilizando-se a técnica preconizada por Goerig, Michelich e Schultz 13 . Após os canais serem secos, foi selecionado o cone de guta- -percha principal de forma que o mesmo apresentasse travamento 1mm aquém do ápice radicular, coincidindo com o comprimento de trabalho. Um cimento à base de óxido de zinco e eugenol (Endofill, Dentsply, Petrópolis/RJ, Brasil) foi inserido no interior do canal, utilizando o cone principal para aplicação em todas as paredes do canal. Após o cone principal ser posicionado, espaços eram gerados, utilizando espaçador digital (Maillefer, Ballaigues, Suíça), compatível com os cones secundários utilizados. Durante a condensação lateral, todos os cones secundários foram envolvidos pelo cimento e inseridos a cada abertura de um novo espaço, seguido por nova condensação, sucessivamente, até o término da obturação do canal. O excesso de material obturador foi removido com calcadores de Paiva (Golgran, São Paulo, Brasil) aquecidos e a condensação vertical realizada. Durante os testes experimentais da condensação lateral e vertical, os esforços realizados pelos cinco operadores foram captados pela célula de carga, transferidos e armazenados (Fig. 1B). Para cada procedimento de condensação, obteve-se um gráfico demonstrando o valor e o comportamento da carga realizada pelo profissional e a carga máxima aplicada. Todos os ensaios foram calibrados com velocidade de deslocamento de 2mm por minuto, com tempo de trabalho de aproximadamente 4 minutos. Os resultados registrados foram avaliados e permitiram analisar também o perfil de trabalho de cada operador. Os dentes obturados foram avaliados radiograficamente (Agfa Dentus M2 Comfort <strong>Dental</strong> Film - Speed Group D - Agfa Gevaert N.V., Bélgica). Para a realização do exame radiográfico, todos os dentes foram removidos dos respectivos tubos de PVC e resina epóxi, e radiografados — nos planos vestibulolingual e mesiodistal — com aparelho de raios X calibrado em tempo de exposição de 0,3s, a uma distância focal de 8cm das raízes dos elementos dentários. As 24 amostras restantes foram utilizadas para determinar a resistência máxima de fratura das raízes durante a condensação lateral. As amostras foram submetidas a ensaio mecânico de resistência à fratura, utilizando espaçador digital, compatível com o diâmetro do canal, como ponta aplicadora de carga compressiva, acoplado à máquina de ensaios mecânicos (EMIC DL- 2000) em velocidade de deslocamento de 2mm/minuto até a ocorrência da fratura radicular. A B Figura 1. A) Corpo de prova adaptado ao dispositivo cilíndrico apoiado na célula de carga da máquina de ensaios universal e B) monitoramento da força axial durante a obturação. Resultados As forças exercidas durante os testes mecânicos foram monitoradas durante a execução da técnica de condensação lateral e vertical, gerando gráficos que representaram o comportamento e a intensidade da força máxima aplicada durante os testes. Os valores médios de resistência à fratura foram: 14,96±2,65Kg para os caninos superiores; e 7,56±1,05Kg para pré- -molares inferiores. Os valores médios das forças exercidas pelos operadores A, B, C, D e E foram, respectivamente, 2,49Kg; 3,75Kg; 2,24Kg; 2,08Kg e 1,18Kg (Tab. 1). Verificou-se que os gráficos dos cinco operadores diferiram entre si, demonstrando as características individuais de cada profissional (Fig. 2). A análise da imagem radiográfica demonstrou que a qualidade das obturações realizadas pelos cinco profissionais podia ser classificada como satisfatória, por apresentarem massa obturadora compacta, sem espaços vazios no interior dos canais. © 2011 <strong>Dental</strong> <strong>Press</strong> Endodontics 54 <strong>Dental</strong> <strong>Press</strong> Endod. 2011 apr-june;1(1):52-7
Guimarães MRFSG, Gomide HA, Oliveira MAVC, Biffi JCG Tabela 1. Valores de força máxima aplicada pelos profissionais nas condensações lateral e vertical (Kg) e as médias desses valores (Kg). Profissional Valores de força máxima registrados Médias A 2,31 2,62 2,43 2,64 2,91 2,95 2,22 1,83 2,49 B 4,09 4,20 3,98 4,10 3,95 4,10 2,75 2,85 3,75 C 2,44 1,84 2,36 1,91 2,22 2,22 2,25 2,69 2,24 D 1,60 1,68 1,85 2,88 2,19 1,95 2,36 2,17 2,08 E 1,28 1,34 1,10 1,12 1,10 1,07 1,26 1,20 1,18 Força (N) 40,00 A 40,00 Força (N) B CV 32,00 CL CV 32,00 CL 24,00 24,00 16,00 16,00 8,00 8,00 .000 .000 1.600 3.200 4.800 .000 .000 1.600 3.200 4.800 C D E Força (N) Força (N) Força (N) 40,00 40,00 40,00 32,00 32,00 32,00 CV CL CL CV 24,00 24,00 24,00 CV 16,00 16,00 16,00 CL 8,00 8,00 8,00 .000 .000 .000 .000 1.600 3.200 4.800 .000 1.600 3.200 4.800 .000 1.600 3.200 1.600 Figura 2. Comportamento e da carga máxima aplicada pelos profissionais, durante a condensação lateral (CL) e a condensação vertical (CV). © 2011 <strong>Dental</strong> <strong>Press</strong> Endodontics 55 <strong>Dental</strong> <strong>Press</strong> Endod. 2011 apr-june;1(1):52-7
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