Manual de Vigilância de Epizootias em Primatas Não-Humanos
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<strong>Manual</strong> <strong>de</strong> Vigilância <strong>de</strong> <strong>Epizootias</strong> <strong>em</strong> <strong>Primatas</strong> Não-<strong>Humanos</strong><br />
• a i<strong>de</strong>ntificação dos vetores implicados (silvestre e/ou urbano) e a<br />
<strong>de</strong>tecção da existência <strong>de</strong> casos humanos.<br />
Os dados <strong>de</strong>v<strong>em</strong> ser analisados mediante a utilização <strong>de</strong> mapas<br />
com a localização exata das áreas <strong>de</strong> ocorrência da(s) epizootia(s), consi<strong>de</strong>rando-se<br />
os ecossist<strong>em</strong>as predominantes nas mesmas e nas vizinhanças,<br />
o tipo <strong>de</strong> vegetação e a existência <strong>de</strong> rios e outros cursos d’água <strong>de</strong><br />
menor volume, b<strong>em</strong> como os aci<strong>de</strong>ntes topográficos que possam servir<br />
como barreiras naturais ao encontro dos mosquitos com outras populações<br />
<strong>de</strong> primatas susceptíveis.<br />
É importante buscar informações sobre as espécies <strong>de</strong> macacos<br />
existentes na área, uma vez que a resistência e a susceptibilida<strong>de</strong> ao vírus<br />
da febre amarela varia <strong>de</strong> gênero para gênero – características importantes<br />
para a i<strong>de</strong>ntificação do tipo da zona afetada, b<strong>em</strong> como sua receptivida<strong>de</strong><br />
ao vírus e possibilida<strong>de</strong>s presente e futura. Dev<strong>em</strong> ser também avaliadas<br />
outras possíveis causas para a <strong>de</strong>scoberta <strong>de</strong> primatas não-humanos doentes<br />
ou mortos, inclusive as hipóteses <strong>de</strong> envenenamento por pesticidas<br />
e adubos químicos.<br />
Os seguintes fatores <strong>de</strong>v<strong>em</strong> ser pon<strong>de</strong>rados na análise dos dados e<br />
condições ambientais: proximida<strong>de</strong> dos núcleos habitacionais com a mata,<br />
movimentos migratórios populacionais (como áreas <strong>de</strong> assentamentos<br />
rurais recentes, acampamentos <strong>de</strong> “s<strong>em</strong>-terra” e ecoturismo), abertura <strong>de</strong><br />
estradas, tipo <strong>de</strong> ocupação (ex<strong>em</strong>plo: seringueiros, garimpeiros, lenhadores,<br />
carvoeiros, lavradores, extratores <strong>de</strong> produtos naturais típicos da<br />
região e <strong>de</strong> lenha para uso domiciliar, etc.) e <strong>de</strong>mais situações que favoreçam<br />
o contato do hom<strong>em</strong> com a zona selvática <strong>de</strong> circulação do vírus.<br />
8 Divulgação dos dados<br />
Os resultados da investigação e análise constitu<strong>em</strong> importantes<br />
ferramentas para a fundamentação das medidas <strong>de</strong> prevenção e controle.<br />
Portanto, <strong>de</strong>v<strong>em</strong> ser documentados <strong>em</strong> relatórios e encaminhados – o<br />
mais rapidamente possível (por fax ou correio eletrônico) – às autorida<strong>de</strong>s<br />
<strong>de</strong> saú<strong>de</strong> do município, estado e nível fe<strong>de</strong>ral.<br />
O município diss<strong>em</strong>inará as informações para os serviços <strong>de</strong> saú<strong>de</strong><br />
locais, alertando e recomendando aos profissionais <strong>de</strong> saú<strong>de</strong> a vigilância<br />
dos casos febris ictéricos agudos e íctero-h<strong>em</strong>orrágicos agudos, para impl<strong>em</strong>entação<br />
das ações <strong>de</strong> controle.<br />
32 | SECRETARIA DE VIGILÂNCIA EM SAÚDE / MS