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Manual de Vigilância de Epizootias em Primatas Não-Humanos

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<strong>Manual</strong> <strong>de</strong> Vigilância <strong>de</strong> <strong>Epizootias</strong> <strong>em</strong> <strong>Primatas</strong> Não-<strong>Humanos</strong><br />

proteção. Isto previne o contato <strong>de</strong> líquidos do cadáver com a roupa e/<br />

ou mucosas ocular ou oronasal do necropsista. Caso ocorra ferimento, o<br />

mesmo <strong>de</strong>ve ser imediatamente lavado com bastante água e sabão e, posteriormente,<br />

com soluções anti-sépticas.<br />

Com o ambiente<br />

Quando a necropsia for realizada <strong>em</strong> campo, o técnico <strong>de</strong>ve tomar<br />

os cuidados necessários para evitar uma possível contaminação do<br />

ambiente, cr<strong>em</strong>ando (caso não implique risco <strong>de</strong> incêndio) ou enterrando<br />

o cadáver do animal, <strong>de</strong> acordo com os seguintes métodos:<br />

• Cr<strong>em</strong>ação: abrir uma cova rasa e forrá-la com gravetos, capim<br />

seco ou qualquer material <strong>de</strong> fácil combustão. Colocar o cadáver e<br />

<strong>em</strong>bebê-lo com material inflamável. Atear fogo e, após a combustão,<br />

cobrir com terra. Ressalte-se que todo o material utilizado na<br />

necropsia <strong>de</strong>ve ser cr<strong>em</strong>ado com o cadáver, exceto o perfurocortante<br />

– o qual <strong>de</strong>ve ser acondicionado <strong>em</strong> frasco contendo solução antiséptica<br />

para <strong>de</strong>scarte <strong>em</strong> local apropriado (ex.: lixo hospitalar);<br />

• Enterro: fazer uma cova com a profundida<strong>de</strong> <strong>de</strong> 1m a 1,5 m.<br />

Forrar com cal e colocar o animal. A seguir, cobrir com cal e<br />

terra. Ressalte-se que os materiais bio<strong>de</strong>gradáveis <strong>de</strong>v<strong>em</strong> ser<br />

enterrados com o cadáver. Os <strong>de</strong>mais materiais, como agulhas,<br />

seringas e luvas, <strong>de</strong>v<strong>em</strong> ser acondicionados <strong>em</strong> frasco contendo<br />

solução anti-séptica para <strong>de</strong>scarte <strong>em</strong> local apropriado (ex.: lixo<br />

hospitalar ou caixa para <strong>de</strong>pósito <strong>de</strong> material biológico).<br />

• Como realizar a necropsia<br />

Antes <strong>de</strong> efetuar a abertura <strong>de</strong> cavida<strong>de</strong>s e a retirada <strong>de</strong> órgãos,<br />

<strong>de</strong>ve-se i<strong>de</strong>ntificar o cadáver (gênero, espécie, sexo, peso, procedência) e,<br />

se possível, sua provável faixa etária (filhote, juvenil ou adulto); registrar<br />

a data e hora da morte (quando disponível) e da necropsia, b<strong>em</strong> como<br />

relatar a posição <strong>de</strong> <strong>de</strong>cúbito <strong>em</strong> que foi encontrado; observar a condição<br />

física e nutricional do animal; examinar sua pele, buscando a presença<br />

<strong>de</strong> parasitas, feridas, h<strong>em</strong>orragias, manchas, nódulos, vermelhidão e outras<br />

alterações; examinar as aberturas naturais – boca, narinas, olhos e<br />

conjuntiva, ouvido, ânus, vulva ou prepúcio e pênis – atentando para sua<br />

coloração, presença <strong>de</strong> sangue, pus ou muco.<br />

A necropsia t<strong>em</strong> por base os procedimentos adotados por alguns<br />

patologistas na prática veterinária <strong>de</strong> pequenos animais – que po<strong>de</strong> ser<br />

comparada, com modificações, à técnica <strong>de</strong> Ghon para humanos, resumidamente<br />

apresentada a seguir:<br />

SECRETARIA DE VIGILÂNCIA EM SAÚDE / MS | 23

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