Manual de Vigilância de Epizootias em Primatas Não-Humanos
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<strong>Manual</strong> <strong>de</strong> Vigilância <strong>de</strong> <strong>Epizootias</strong> <strong>em</strong> <strong>Primatas</strong> Não-<strong>Humanos</strong><br />
A área sob vigilância compreen<strong>de</strong>rá todo o território nacional, inclusive<br />
a área in<strong>de</strong>ne, consi<strong>de</strong>rando-se que nela há presença dos vetores<br />
silvestres e urbanos, baixa homogeneida<strong>de</strong> <strong>de</strong> cobertura vacinal e falta<br />
<strong>de</strong> informação por parte da população e dos profissionais <strong>de</strong> saú<strong>de</strong>, o que<br />
po<strong>de</strong> incorrer no reconhecimento tardio <strong>de</strong> casos <strong>de</strong> febre amarela com<br />
potencial <strong>de</strong> diss<strong>em</strong>inação epidêmica.<br />
6.4. Notificação<br />
Qualquer pessoa <strong>de</strong>ve informar à secretaria <strong>de</strong> saú<strong>de</strong> mais próxima,<br />
o mais brev<strong>em</strong>ente possível, a ocorrência <strong>de</strong> morte ou presença <strong>de</strong><br />
primatas não-humanos doentes. A partir <strong>de</strong>sse comunicado, a re<strong>de</strong> <strong>de</strong><br />
saú<strong>de</strong> <strong>de</strong>ve realizar as ações <strong>de</strong>correntes pela via mais rápida, <strong>de</strong> acordo<br />
com o fluxograma estabelecido para o Sist<strong>em</strong>a <strong>de</strong> Vigilância <strong>de</strong> <strong>Epizootias</strong>,<br />
constante no Anexo 2. Ressalte-se que a ficha <strong>de</strong> informação <strong>de</strong> epizootias<br />
(Anexo 3) <strong>de</strong>ve ser a<strong>de</strong>quadamente preenchida e caso a suspeita se<br />
evi<strong>de</strong>ncie <strong>de</strong>flagra-se a investigação entomológica e da epizootia, sendo<br />
recomendadas as pertinentes medidas <strong>de</strong> controle na área.<br />
6.5. Investigação da epizootia<br />
A investigação epi<strong>de</strong>miológica é uma ativida<strong>de</strong> essencial para i<strong>de</strong>ntificar<br />
o mais precoc<strong>em</strong>ente possível a circulação da virose na população<br />
símia e <strong>de</strong> vetores silvestres. Esta investigação será <strong>de</strong>senvolvida por duas<br />
ativida<strong>de</strong>s compl<strong>em</strong>entares, quais sejam, a investigação <strong>em</strong> macacos e a<br />
investigação entomológica.<br />
Os profissionais participantes das investigações <strong>de</strong>v<strong>em</strong>, imprescindivelmente,<br />
estar vacinados – no mínimo 10 dias antes – contra a febre<br />
amarela. É também recomendável que estejam imunizados contra<br />
a hepatite B e tétano, b<strong>em</strong> como concluído, 14 dias antes, o esqu<strong>em</strong>a<br />
profilático pré-exposição contra a raiva (com recomendação <strong>de</strong><br />
avaliação sorológica anual).<br />
6.6. Roteiro da investigação e coleta <strong>de</strong> dados<br />
A presença <strong>de</strong> macacos mortos e/ou doentes é indicativo <strong>de</strong> que<br />
o vírus da febre amarela po<strong>de</strong> estar presente no local on<strong>de</strong> foram encontrados.<br />
Por este motivo, a comprovação do evento sentinela po<strong>de</strong> auxiliar<br />
sobr<strong>em</strong>aneira a <strong>de</strong>limitação das áreas <strong>de</strong> transmissão da doença. Devese<br />
ressaltar que qualquer ação pertinente a primatas não-humanos, tais<br />
como sua captura ou recolhimento <strong>de</strong> fragmentos <strong>de</strong> vísceras e sangue,<br />
<strong>de</strong>ve ser realizado por equipes especificamente treinadas.<br />
18 | SECRETARIA DE VIGILÂNCIA EM SAÚDE / MS