Manual de Vigilância de Epizootias em Primatas Não-Humanos
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<strong>Manual</strong> <strong>de</strong> Vigilância <strong>de</strong> <strong>Epizootias</strong> <strong>em</strong> <strong>Primatas</strong> Não-<strong>Humanos</strong><br />
5 Características dos vetores<br />
silvestres da febre amarela<br />
Do ponto <strong>de</strong> vista epi<strong>de</strong>miológico, as espécies consi<strong>de</strong>radas<br />
mais importantes no Brasil são as do gênero Ha<strong>em</strong>agogus<br />
janthinomys e leucocelaenus e do Sabethes, o chloropterus.<br />
Os mosquitos adultos do gênero Ha<strong>em</strong>agogus e Sabethes<br />
possu<strong>em</strong> escamas que apresentam reflexos metálicos brilhantes<br />
sobre o corpo.<br />
As espécies pertencentes ao<br />
subgênero Ha<strong>em</strong>agogus são <strong>em</strong> gran<strong>de</strong><br />
maioria neotropicais, ou seja, encontradas<br />
na América do Sul e Central, <strong>de</strong>s<strong>de</strong><br />
as Antilhas até o norte da Argentina.<br />
As espécies representantes do subgênero<br />
Conopostegus têm distribuição mais<br />
ampla, pois são encontradas <strong>de</strong>ntro e<br />
fora <strong>de</strong>stas áreas geográficas.<br />
As formas adultas apresentam brilho colorido <strong>de</strong> aparência<br />
metálica. Esses mosquitos são ainda pouco conhecidos<br />
mas sabe-se que seus ciclos biológicos transcorr<strong>em</strong> <strong>em</strong> ambiente<br />
natural normalmente florestado. As fêmeas faz<strong>em</strong> posturas <strong>em</strong><br />
recipientes naturais que acumulam água, representados por ocos<br />
<strong>de</strong> árvores, bambus, cascas <strong>de</strong> coco e bromélias.<br />
Os abrigos, a cópula e a alimentação com açúcar e sangue<br />
ocorr<strong>em</strong> <strong>de</strong>ntro da floresta, porém as alterações ambientais para<br />
fins <strong>de</strong> produção agropecuária, como o <strong>de</strong>smatamento, têm afetado<br />
essas ativida<strong>de</strong>s, fazendo com que as espécies, para sobreviver,<br />
abrigu<strong>em</strong>-se <strong>em</strong> matas residuais r<strong>em</strong>anescentes. A capacida<strong>de</strong><br />
<strong>de</strong> dispersão das espécies do grupo varia individualmente,<br />
pois exist<strong>em</strong> aquelas que restring<strong>em</strong> suas ativida<strong>de</strong>s <strong>de</strong>ntro <strong>de</strong><br />
seu habitat e outras que se afastam até 6 km.<br />
Por mecanismo <strong>de</strong> <strong>de</strong>fesa relacionado à resistência dos<br />
ovos nos recipientes, as eclosões ocorr<strong>em</strong> sob condições diversas.<br />
Por ex<strong>em</strong>plo, para algumas espécies o primeiro contato com<br />
a água n<strong>em</strong> s<strong>em</strong>pre as <strong>de</strong>terminam, enquanto para outras as<br />
Figura 12<br />
NOME CIENTÍFICO:<br />
HAEMAGOGUS<br />
JANTHINOMYS<br />
NOMES COMUNS:<br />
CARAPANÃ,<br />
GERALMENTE NA<br />
REGIÃO NORTE;<br />
PERNILONGO, NO<br />
SUL, SUDESTE E<br />
CENTRO-OESTE;<br />
E MURIÇOCA,<br />
NO NORDESTE<br />
SECRETARIA DE VIGILÂNCIA EM SAÚDE / MS | 15