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Relatório Final 2010 - Zoonoses - Universidade Federal do Paraná

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'Castramóvel' da UFPR realiza primeiras cirurgias<br />

Além da castração, Unidade Móvel de Esterilização e Educação em Saúde da universidade<br />

também pretende conscientizar a comunidade sobre a posse responsável de animais<br />

A Unidade Móvel de Esterilização e Educação em Saúde (Umees) da UFPR, também conhecida<br />

como "Castramóvel", promoveu na terça-feira (29), em Antonia, a segunda ação de castração<br />

gratuita de cães desde que entrou em funcionamento.<br />

A primeira ação aconteceu cerca de três meses atrás, no campus Centro Politécnico, onde<br />

era grande a concentração de cães errantes. Depois disso, a unidade esteve nas cidades de<br />

Pinhais e São José <strong>do</strong>s Pinhais, na Região Metropolitana de Curitiba. Nas duas, porém, não<br />

foram realizadas intervenções cirúrgicas e a Umess se concentrou em trabalhos de educação<br />

a respeito da importância da posse responsável de cães e gatos.<br />

Depois <strong>do</strong> perío<strong>do</strong> eleitoral, a unidade deve começar a cumprir agenda em bairros da cidade<br />

de Curitiba, que serão defini<strong>do</strong>s pela administração municipal. Ainda este ano deve fazer<br />

também mais uma visita a São José <strong>do</strong>s Pinhais, aí sim visan<strong>do</strong> a castração <strong>do</strong>s animais.<br />

Mais importante <strong>do</strong> que a castração, segun<strong>do</strong> a equipe da UFPR, é o processo de<br />

conscientização sobre a posse responsável de animais, que também acompanha o projeto.<br />

A Umees é, na verdade, mais uma fase de uma rede de projetos que está em prática há<br />

quatro anos. Ela inclui iniciativas de controle de zoonoses (<strong>do</strong>enças que afetam tanto animais<br />

quanto seres humanos) na região metropolitana, no litoral e na Apa <strong>do</strong> Iraí, além de um<br />

projeto de conscientização <strong>do</strong>s chama<strong>do</strong>s "carrinheiros", pessoas que vivem <strong>do</strong> recolhimento<br />

de material reciclável nas ruas da cidade e que geralmente possuem cães. Todas visan<strong>do</strong><br />

levar informação à população, o que inclui visitas <strong>do</strong>miciliares em comunidades carentes e<br />

palestras em escolas de primeira à quarta série.<br />

"Hoje, 70% das novas <strong>do</strong>enças que surgem são zoonoses", informa o professor de Veterinária<br />

da UFPR e vice-coordena<strong>do</strong>r da Umees, Alexandre Bion<strong>do</strong>.<br />

Para o professor Felipe Wouk, coordena<strong>do</strong>r da Umees, apenas a castração não resolve o<br />

problema. "Se você só castra o animal e não educa o proprietário para a posse responsável,<br />

para que mantenha o cão em casa, o animal vai voltar para a rua, onde vai continuar<br />

poden<strong>do</strong> transmitir <strong>do</strong>enças", explica.<br />

De acor<strong>do</strong> com o censo realiza<strong>do</strong> em Antonina, existem cerca de cinco mil cães na cidade,<br />

um para quatro habitantes. Mas em Piraquara, segun<strong>do</strong> Bion<strong>do</strong>, o número chega a um cão<br />

para cada <strong>do</strong>is habitantes. Grande parte desses animais, afirmam os professores, são<br />

semi<strong>do</strong>micilia<strong>do</strong>s (têm casa, mas passam grande parte <strong>do</strong> tempo perambulan<strong>do</strong> pelas ruas,<br />

oferecen<strong>do</strong> riscos à comunidade). "Conscientizar a população a manter esses animais longe<br />

das ruas é uma questão de saúde pública", diz Wouk.<br />

Segun<strong>do</strong> ele, a castração é só mais um elo na cadeia de informação e conscientização.<br />

Bion<strong>do</strong> concorda. "A castração é uma ação pontual, mas a conscientização que trazemos<br />

junto com isso tem um efeito multiplica<strong>do</strong>r", calcula.<br />

O casamento entre prática cirúrgica e conscientização popular foi considera<strong>do</strong> tão benéfico<br />

que o Conselho <strong>Federal</strong> de Medicina Veterinária, órgão máximo <strong>do</strong> setor no país, baixou uma<br />

resolução regulamentan<strong>do</strong> as atividades de castração em unidades móveis baseada na prática<br />

inaugurada pela UFPR.<br />

Fonte: Bem Paraná

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