Relatório Final 2010 - Zoonoses - Universidade Federal do Paraná

Relatório Final 2010 - Zoonoses - Universidade Federal do Paraná Relatório Final 2010 - Zoonoses - Universidade Federal do Paraná

zoonoses.agrarias.ufpr.br
from zoonoses.agrarias.ufpr.br More from this publisher
28.10.2014 Views

272 5 - PERSPECTIVAS DE CONTINUIDADE O projeto ainda tem um longo caminho a percorrer, devido ao objetivo de expandir as atividades a todos os municípios do litoral do Paraná. A retomada das atividades na Ilha do Mel é uma das prioridades, já que o projeto iniciou suas atividades neste município, e ainda não foram cumpridas todas as etapas previstas. Pretendo continuar no projeto e ajudar a concluir as atividades iniciadas este ano, pois um trabalho só pode dar o retorno esperado quando é realizado até o final. 6 – PUBLICAÇÕES Participação da II SIEPE (18 e 19 de outubro de 2010). Resumo para o EVINCI 2010. 7 - RELATÓRIO DE ATIVIDADES COMPLEMENTARES Não conseguimos retomar as atividades na Ilha do Mel, um dos objetivos destacados no cronograma inicial do projeto, pois nossas propostas de parceria com o município de Paranaguá não foram aprovadas ainda. Palestra sobre o programa de estatística Epi-Info, ministrada por Juliano Hoffman. Participação da oficina "Jogos, letras e livros" na Semana Integrada de Ensino Pesquisa e Extensão (SIEPE). II – RELATÓRIO TÉCNICO-CIENTÍFICO 1- RESUMO O Paraná apesar de possuir uma faixa litorânea pouco extensa, oferece aos turistas, cidades com infra-estrutura turística capazes de receber mais de 1 milhão de visitantes na alta temporada. Reservas ecológicas onde ainda podem ser encontradas espécies raras de flora e fauna, além de belas praias, ilhas e baías, que propiciam momentos de lazer e a prática de esportes náuticos. A Ilha do Mel, local onde teve início o projeto, pertence ao município de Paranaguá, e 95% da sua área é considerada de preservação ambiental. Abriga

273 manguezais, restingas e ecossistemas que foram transformados em Estação Ecológica e Parque Estadual. No entanto, apesar de se tratar de uma unidade de conservação, na Ilha existe uma área de ocupação com população aproximada de 1.300 habitantes. O Projeto teve início visando ajudar a resolver os problemas enfrentados por turistas e moradores devido ao crescente aumento populacional de cães e gatos na Ilha do Mel, como a incidência de zoonoses e problemas ambientais gerados por esses animais. Com o desenrolar das atividades do projeto, situação semelhante foi observada em outros municípios do litoral paranaense, abrindo portas para que o projeto se expandisse a outros municípios litorâneos. Antonina, conhecida por ser uma cidade histórica, notadamente pelo conjunto arquitetônico antigo, ruas estreitas e uma tranqüila população, firmou parceria com o projeto, e todas as ações realizadas contaram com o apoio e participação da Secretaria de Saúde, Secretaria de Educação e a Vigilância Sanitária do município. Após a realização do censo por amostragem da população canina e felina em 2009, iniciou-se uma etapa de conscientização nas escolas municipais, por meio de palestras, com o objetivo de abordar os temas zoonoses, bem estar animal e guarda responsável. Além disso, a prefeitura implantou em todas as escolas um livro educativo sobre o tema, elaborado por professores da UFPR, para auxiliar o trabalho das professoras dentro da sala de aula. O aproveitamento das crianças foi avaliado por meio de um concurso intitulado “Veterinário Mirim”, aonde as crianças elaboraram redações e desenhos sobre o tema “Como cuidar do meu animal de estimação”. Os três melhores trabalhos de cada escola receberam como prêmio uma visita ao Hospital Veterinário da UFPR. Cumprida a etapa de conscientização, a próxima etapa seria a do controle populacional direto, por meio da castração dos animais. Foi realizado um dia de castrações em parceria com o Projeto Unidade Móvel de Esterilização e Educação em Saúde (UMEES). Inicialmente, foram castrados 15 animais, previamente avaliados e vacinados por participantes do projeto, provenientes de proprietários com baixa renda, selecionados pelo município. Entretanto, cabe ressaltar que a castração dos animais fornece um resultado pontual no controle populacional de cães e gatos, mas a longo prazo o problema persiste. Investir em atividades de educação é a melhor maneira de se alcançar resultados positivos para reduzir os problemas causados pelo aumento de cães e gatos urbanos, pois uma população consciente de seu dever social e das suas

273<br />

manguezais, restingas e ecossistemas que foram transforma<strong>do</strong>s em Estação Ecológica e<br />

Parque Estadual. No entanto, apesar de se tratar de uma unidade de conservação, na Ilha<br />

existe uma área de ocupação com população aproximada de 1.300 habitantes. O Projeto<br />

teve início visan<strong>do</strong> ajudar a resolver os problemas enfrenta<strong>do</strong>s por turistas e mora<strong>do</strong>res<br />

devi<strong>do</strong> ao crescente aumento populacional de cães e gatos na Ilha <strong>do</strong> Mel, como a<br />

incidência de zoonoses e problemas ambientais gera<strong>do</strong>s por esses animais. Com o<br />

desenrolar das atividades <strong>do</strong> projeto, situação semelhante foi observada em outros<br />

municípios <strong>do</strong> litoral paranaense, abrin<strong>do</strong> portas para que o projeto se expandisse a<br />

outros municípios litorâneos. Antonina, conhecida por ser uma cidade histórica,<br />

notadamente pelo conjunto arquitetônico antigo, ruas estreitas e uma tranqüila população,<br />

firmou parceria com o projeto, e todas as ações realizadas contaram com o apoio e<br />

participação da Secretaria de Saúde, Secretaria de Educação e a Vigilância Sanitária <strong>do</strong><br />

município. Após a realização <strong>do</strong> censo por amostragem da população canina e felina em<br />

2009, iniciou-se uma etapa de conscientização nas escolas municipais, por meio de<br />

palestras, com o objetivo de abordar os temas zoonoses, bem estar animal e guarda<br />

responsável. Além disso, a prefeitura implantou em todas as escolas um livro educativo<br />

sobre o tema, elabora<strong>do</strong> por professores da UFPR, para auxiliar o trabalho das<br />

professoras dentro da sala de aula. O aproveitamento das crianças foi avalia<strong>do</strong> por meio<br />

de um concurso intitula<strong>do</strong> “Veterinário Mirim”, aonde as crianças elaboraram redações e<br />

desenhos sobre o tema “Como cuidar <strong>do</strong> meu animal de estimação”. Os três melhores<br />

trabalhos de cada escola receberam como prêmio uma visita ao Hospital Veterinário da<br />

UFPR. Cumprida a etapa de conscientização, a próxima etapa seria a <strong>do</strong> controle<br />

populacional direto, por meio da castração <strong>do</strong>s animais. Foi realiza<strong>do</strong> um dia de<br />

castrações em parceria com o Projeto Unidade Móvel de Esterilização e Educação em<br />

Saúde (UMEES). Inicialmente, foram castra<strong>do</strong>s 15 animais, previamente avalia<strong>do</strong>s e<br />

vacina<strong>do</strong>s por participantes <strong>do</strong> projeto, provenientes de proprietários com baixa renda,<br />

seleciona<strong>do</strong>s pelo município. Entretanto, cabe ressaltar que a castração <strong>do</strong>s animais<br />

fornece um resulta<strong>do</strong> pontual no controle populacional de cães e gatos, mas a longo<br />

prazo o problema persiste. Investir em atividades de educação é a melhor maneira de se<br />

alcançar resulta<strong>do</strong>s positivos para reduzir os problemas causa<strong>do</strong>s pelo aumento de cães<br />

e gatos urbanos, pois uma população consciente de seu dever social e das suas

Hooray! Your file is uploaded and ready to be published.

Saved successfully!

Ooh no, something went wrong!