25.10.2014 Views

5.1 Sistemas de coordenadas polares

5.1 Sistemas de coordenadas polares

5.1 Sistemas de coordenadas polares

SHOW MORE
SHOW LESS

You also want an ePaper? Increase the reach of your titles

YUMPU automatically turns print PDFs into web optimized ePapers that Google loves.

Mudança <strong>de</strong> variáveis em integrais múltiplos Aulas 16 e 17<br />

<strong>5.1</strong> <strong>Sistemas</strong> <strong>de</strong> coor<strong>de</strong>nadas <strong>polares</strong><br />

A forma usual <strong>de</strong> representar um ponto do plano R 2 é usando coor<strong>de</strong>nadas cartesianas (ou rectangulares)<br />

(x, y). Uma outra forma importante <strong>de</strong> representação <strong>de</strong> pontos consiste no uso <strong>de</strong><br />

coor<strong>de</strong>nadas <strong>polares</strong>.<br />

Para introduzir um sistema <strong>de</strong> coor<strong>de</strong>nadas <strong>polares</strong> no plano, parte-se <strong>de</strong> um ponto fixo O,<br />

chamado origem ou pólo, e uma semi-recta orientada, chamada eixo polar, com extremida<strong>de</strong> em<br />

O.<br />

Seja P um ponto arbitrário do plano distinto <strong>de</strong> O. Se r for a distância <strong>de</strong> P a O, isto é<br />

r = d(O, P ), e θ <strong>de</strong>notar a medida do ângulo <strong>de</strong>terminado pelo eixo polar OP , então r e θ são<br />

as coor<strong>de</strong>nadas <strong>polares</strong> do ponto P , usando-se o símbolo (r, θ) para <strong>de</strong>notar P . Consi<strong>de</strong>ra-se que<br />

r só toma valores em R + 0<br />

. Como usual, θ é consi<strong>de</strong>rado positivo se o ângulo é gerado por uma<br />

rotação anti-horária do eixo polar e negativo se a rotação é no sentido horário. Para a medida <strong>de</strong><br />

θ é usual usar-se radianos.<br />

P<br />

r<br />

O<br />

pólo<br />

θ<br />

eixo polar<br />

Figura 1: Sistema <strong>de</strong> coor<strong>de</strong>nadas <strong>polares</strong><br />

Contrariamente às coor<strong>de</strong>nadas cartesianas, as coor<strong>de</strong>nadas <strong>polares</strong> <strong>de</strong> um ponto não são<br />

únicas. Por exemplo (1, 0), (1, 2π), (1, 4π) representam o mesmo ponto. Mais genericamente, se<br />

(r 0 , θ 0 ) são coor<strong>de</strong>nadas <strong>polares</strong> <strong>de</strong> um dado ponto, também (r 0 , θ 0 +2kπ), k ∈ Z são coor<strong>de</strong>nadas<br />

<strong>polares</strong> do mesmo ponto.<br />

Por convenção, o pólo tem coor<strong>de</strong>nadas <strong>polares</strong> (0, θ) para qualquer θ. A atribuição <strong>de</strong> pares<br />

<strong>de</strong> coor<strong>de</strong>nadas da forma (r, θ) aos pontos do plano constitui um sistema <strong>de</strong> coor<strong>de</strong>nadas <strong>polares</strong><br />

e o plano <strong>de</strong>signar-se-à por plano- rθ.<br />

Exemplo 1. Determinar as coor<strong>de</strong>nadas <strong>polares</strong> dos pontos do plano−xy <strong>de</strong> coor<strong>de</strong>nadas (1, 0),<br />

(0, 2), (−2, 2), (−2, 0), (0, −3) e (1, − √ 3).<br />

As coor<strong>de</strong>nadas <strong>polares</strong> dos pontos anteriores são, respectivamente,<br />

(−2, 2)<br />

(0, 2)<br />

(1, 0), (2, π 2 ), (√ 8, 3π 4 ),<br />

(2, π), (3, 3π 2 ), (2, 5π 3 ).<br />

(−2, 0)<br />

√<br />

8<br />

(1, 0)<br />

2<br />

(1, − √ 3)<br />

x<br />

Note-se que as coor<strong>de</strong>nadas anteriores não são únicas. Por<br />

exemplo, o ponto <strong>de</strong> coor<strong>de</strong>nadas (1, − √ 3) do plano−xy<br />

y<br />

tem coor<strong>de</strong>nadas <strong>polares</strong> (2, 5π 3 ), (2, −π ), ...<br />

3<br />

(0, −3)<br />

Análise Matemática II- OCV-2007’08 1


Mudança <strong>de</strong> variáveis em integrais múltiplos Aulas 16 e 17<br />

Sobrepondo um plano xy a um plano rθ <strong>de</strong> modo a que a origem e o eixo dos x do primeiro<br />

coincidam, respectivamente, com o pólo e o eixo polar do segundo, qualquer ponto P do plano<br />

admitirá coor<strong>de</strong>nadas cartesianas (x, y) e coor<strong>de</strong>nadas <strong>polares</strong> (r, θ), não sendo por isso difícil<br />

estabelecer fórmulas que relacionem os dois sistemas <strong>de</strong> coor<strong>de</strong>nadas.<br />

y<br />

P<br />

r<br />

O<br />

θ<br />

x<br />

Figura 2: Sobreposição um plano xy e um plano rθ<br />

Da trigonometria do triângulo, facilmente se constata que<br />

Como consequência das igualda<strong>de</strong>s anteriores tem-se<br />

x = r cos θ, y = r sen θ. (1)<br />

r 2 = x 2 + y 2 , tg θ = y x .<br />

Usando estas igualda<strong>de</strong>s é possível passar <strong>de</strong> um sistema <strong>de</strong> coor<strong>de</strong>nadas para outro.<br />

A <strong>de</strong>finição <strong>de</strong> coor<strong>de</strong>nadas <strong>polares</strong> não é única, <strong>de</strong> facto, alguns autores admitem que r po<strong>de</strong><br />

ser também um número negativo.<br />

5.2 <strong>Sistemas</strong> <strong>de</strong> coor<strong>de</strong>nadas ciĺındricas e esféricas<br />

O sistema <strong>de</strong> coor<strong>de</strong>nadas <strong>polares</strong> po<strong>de</strong> ser extendido <strong>de</strong> várias formas a três dimensões. A técnica<br />

mais simples consiste em representar um ponto P por um terno or<strong>de</strong>nado (r, θ, z) on<strong>de</strong> (r, θ) são<br />

as coor<strong>de</strong>nadas <strong>polares</strong> da projecção P ′ <strong>de</strong> P no plano xy e z é a terceira coor<strong>de</strong>nada cartesiana<br />

<strong>de</strong> P . Este é o sistema <strong>de</strong> coor<strong>de</strong>nadas ciĺındricas.<br />

z<br />

P (r, θ, z)<br />

z<br />

x<br />

θ<br />

r<br />

P ′ (r, θ, 0)<br />

y<br />

Figura 3: Sistema <strong>de</strong> coor<strong>de</strong>nadas ciĺındricas<br />

Análise Matemática II- OCV-2007’08 2


Mudança <strong>de</strong> variáveis em integrais múltiplos Aulas 16 e 17<br />

Se P tiver coor<strong>de</strong>nadas cartesianas (x, y, z) as fórmulas<br />

x = r cos θ, y = r sen θ, z = z (2)<br />

permitem relacionar as coor<strong>de</strong>nas ciĺındricas e cartesianas <strong>de</strong> P .<br />

Outra forma <strong>de</strong> exten<strong>de</strong>r o sistema <strong>de</strong> coor<strong>de</strong>nadas <strong>polares</strong> a três dimensões é recorrendo ao<br />

chamado sistema <strong>de</strong> coor<strong>de</strong>nadas esféricas. Neste sistema, um qualquer ponto P do espaço,<br />

distinto da origem, é representado por um terno (ρ, θ, φ) on<strong>de</strong> ρ = || −→ OP ||, θ é o ângulo polar<br />

associado à projecção P ′ <strong>de</strong> P sobre o plano horizontal e φ é o ângulo entre a parte positiva do<br />

eixo dos zz e o vector −→ OP . Neste sistema, a origem é representada por qualquer terno da forma<br />

(0, θ, φ).<br />

A relação entre as coor<strong>de</strong>nadas esférica e as coor<strong>de</strong>nadas cartesianas <strong>de</strong> um ponto P po<strong>de</strong>m<br />

ser obtida <strong>de</strong> uma fórmula análoga ao caso polar e apelando à figura seguinte.<br />

Q z P (ρ, θ, φ)<br />

φ<br />

ρ<br />

O<br />

θ<br />

x P ′<br />

y<br />

Figura 4: Sistema <strong>de</strong> coor<strong>de</strong>nadas esféricas<br />

Da figura e da trigonometria do triângulo, são imediatas as seguintes igualda<strong>de</strong>s<br />

bem como<br />

|| −→ OQ|| = ρ cos φ,<br />

x = || −−→<br />

OP ′ || cos θ,<br />

||<br />

−−→<br />

OP ′ || = || −→ QP || = ρ sen φ<br />

y = || −−→<br />

OP ′ || sen θ<br />

As fórmulas que permitem, então, passar <strong>de</strong> coor<strong>de</strong>nadas esféricas a coor<strong>de</strong>nadas cartesianas são<br />

x = ρ sen φ cos θ, y = ρ sen φ sen θ, z = ρ cos φ. (3)<br />

É evi<strong>de</strong>nte, da <strong>de</strong>finição <strong>de</strong> norma euclidiana, que<br />

ρ 2 = x 2 + y 2 + z 2 .<br />

Mais uma vez a <strong>de</strong>finição <strong>de</strong> coor<strong>de</strong>nadas esféricas não é única, já que a <strong>de</strong>finição do ângulo<br />

φ po<strong>de</strong> variar. De facto alguns autores, <strong>de</strong>finem φ como o ângulo entre −→ OP e o plano xy. Neste<br />

caso há que trocar os papéis <strong>de</strong> sen φ e cos φ.<br />

Análise Matemática II- OCV-2007’08 3


Mudança <strong>de</strong> variáveis em integrais múltiplos Aulas 16 e 17<br />

5.3 Mudança <strong>de</strong> variáveis em integrais duplos<br />

Seja D ∗ um subconjunto <strong>de</strong> R 2 e T : D ∗ → R 2 uma aplicação continuamente diferenciável.<br />

Denote-se a imagem <strong>de</strong> D ∗ por D, isto é,<br />

D = T (D ∗ ) = {(x, y) ∈ R 2 : (x, y) = T (u, v), (u, v) ∈ D ∗ }.<br />

Teorema 1. Sejam D, D ∗ regiões elementares <strong>de</strong> R 2 e<br />

T : D ∗ → R 2<br />

(u, v) → T (u, v) = (T 1 (u, v), T 2 (u, v))<br />

uma função <strong>de</strong> classe C 1 bijectiva do interior <strong>de</strong> D ∗ para o interior <strong>de</strong> D. Então para qualquer<br />

função integrável f : D → R tem-se<br />

∫∫<br />

∫∫<br />

f(x, y) dx dy = f(T (u, v)) | <strong>de</strong>t Jac T (u, v)| du dv.<br />

D<br />

D ∗<br />

No teorema anterior <strong>de</strong>t Jac T (u, v) <strong>de</strong>nota o <strong>de</strong>terminante da matriz Jacobiana <strong>de</strong> T , isto é<br />

∂T 1 ∂T 1<br />

∂u ∂v<br />

<strong>de</strong>t Jac T (u, v) =<br />

.<br />

∂T 2 ∂T 2<br />

∣<br />

∣<br />

∂u ∂v<br />

Consi<strong>de</strong>rando que T transforma uma região do plano uv numa região do plano xy é usual a<br />

i<strong>de</strong>ntificação<br />

x = T 1 (u, v), y = T 2 (u, v).<br />

Neste caso, o <strong>de</strong>terminante da matriz Jacobiana <strong>de</strong> T é <strong>de</strong>notado por<br />

∂(x, y)<br />

∣∂(u, v) ∣ .<br />

Consi<strong>de</strong>re-se uma aplicação T : D ∗ → D ⊂ R 2 que transforma uma região do plano rθ numa<br />

região do plano xy <strong>de</strong>finida pelas igualda<strong>de</strong>s (1), isto é,<br />

T (r, θ) = (r cos θ, r sen θ). (4)<br />

Para proce<strong>de</strong>r a uma mudança <strong>de</strong> variáveis num integral duplo recorrendo a T há que garantir<br />

que a aplicação é bijectiva. Há, então, que consi<strong>de</strong>rar que o ângulo θ pertence a um intervalo <strong>de</strong><br />

amplitu<strong>de</strong> 2π.<br />

O <strong>de</strong>terminante da matriz Jacobiana <strong>de</strong> T é<br />

<strong>de</strong>t Jac T (r, θ) =<br />

∣ cos θ<br />

−r sen θ<br />

sen θ r cos θ ∣ = r(cos2 θ + sen 2 θ) = r,<br />

pelo que a fórmula <strong>de</strong> mudança <strong>de</strong> variáveis no caso particular das coor<strong>de</strong>nadas <strong>polares</strong> é<br />

∫∫<br />

∫∫<br />

f(x, y) dx dy = f(T (r, θ)) r dr dθ.<br />

D<br />

D ∗<br />

Análise Matemática II- OCV-2007’08 4


Mudança <strong>de</strong> variáveis em integrais múltiplos Aulas 16 e 17<br />

Exemplo 2. Calcule<br />

∫∫<br />

D<br />

ln(x 2 + y 2 ) dx dy<br />

on<strong>de</strong> D é a região do plano no primeiro quadrante compreendida entre os círculos x 2 + y 2 = 1 e<br />

x 2 + y 2 = 4.<br />

Tem-se<br />

D = {(x, y) ∈ R 2 : 1 ≤ x 2 + y 2 ≤ 2 2 , x ≥ 0, y ≥ 0}.<br />

Da <strong>de</strong>finição da transformação para coor<strong>de</strong>nadas <strong>polares</strong> (4), x = r cos θ e y = r sen θ don<strong>de</strong><br />

x 2 + y 2 = r 2 . Assim 1 ≤ r ≤ 2. Além disso, se x ≥ 0, y ≥ 0 então cos θ ≥ 0 e sen θ ≥ 0 pelo<br />

que 0 ≤ θ ≤ π/2. Desta forma,<br />

D ∗ = {(r, θ) : 1 ≤ r ≤ 2, 0 ≤ θ ≤ π 2 }.<br />

y<br />

π/2<br />

θ<br />

D<br />

D ∗<br />

1 2<br />

x<br />

1 2<br />

r<br />

Figura 5: Regiões D e D ∗<br />

Sendo f : R 2 → R <strong>de</strong>finida por f(x, y) = ln(x 2 + y 2 ) vem<br />

tendo-se, ainda,<br />

f(r cos θ, r sen θ) = ln r 2 = 2 ln r<br />

<strong>de</strong>t Jac T (r, θ) = r.<br />

Usando a fórmula da mudança <strong>de</strong> variáveis em integrais duplo vem, então,<br />

∫∫<br />

∫∫<br />

ln(x 2 + y 2 ) dx dy = 2 ln(r) r dr dθ<br />

D<br />

D ∗<br />

= 2<br />

= 2<br />

∫ π/2 ∫ 2<br />

0<br />

∫ π/2<br />

0<br />

1<br />

[ r<br />

2<br />

2<br />

ln(r) r dr dθ<br />

ln r −<br />

r2<br />

4<br />

= (4 ln 2 − 3 2 ) θ ∣ ∣∣<br />

π/2<br />

= π (8 ln 2 − 3)<br />

4<br />

∣<br />

2<br />

r=1<br />

dθ = 2<br />

∫ π/2<br />

Recor<strong>de</strong>-se que, usando primitivação por partes<br />

∫<br />

∫<br />

r ln r dr = r2 r<br />

2<br />

2 ln r − 1 r2 r2<br />

dr = ln r −<br />

2 r 2 4 .<br />

0<br />

0<br />

(2 ln 2 − 3 4 ) dθ<br />

Análise Matemática II- OCV-2007’08 5


Mudança <strong>de</strong> variáveis em integrais múltiplos Aulas 16 e 17<br />

5.4 Mudança <strong>de</strong> variáveis em integrais triplos<br />

Suponha-se, agora, que D ∗ é um subconjunto <strong>de</strong> R 3 e T : D ∗ → R 3 uma aplicação continuamente<br />

diferenciável. Denote-se a imagem <strong>de</strong> D ∗ por D, isto é,<br />

D = T (D ∗ ) = {(x, y, z) ∈ R 3 : (x, y, z) = T (u, v, w), (u, v, w) ∈ D ∗ }.<br />

Teorema 2. Sejam D, D ∗ regiões elementares <strong>de</strong> R 3 e<br />

T : D ∗ −→ R 3<br />

(u, v, w) −→ T (u, v, w) = (T 1 (u, v, w), T 2 (u, v, w), T 3 (u, v, w))<br />

uma função <strong>de</strong> classe C 1 bijectiva do interior <strong>de</strong> D ∗ para o interior <strong>de</strong> D. Então para qualquer<br />

função integrável f : D → R tem-se<br />

∫∫∫<br />

∫∫∫<br />

f(x, y, z) dx dy dz = f(T (u, v, w)) | <strong>de</strong>t Jac T (u, v, w)| du dv dw.<br />

D<br />

D ∗<br />

Seja D ∗ uma região elementar do espaço rθz. A aplicação T : D ∗ → D ⊂ R 3 <strong>de</strong>finida por<br />

T (r, θ, z) = (r cos θ, r sen θ, z) (5)<br />

(c.f. (2)) transforma uma região do espaço rθz numa região do espaço xyz e o <strong>de</strong>terminante da<br />

matriz Jacobiana <strong>de</strong> T é<br />

cos θ −r sen θ 0<br />

<strong>de</strong>t Jac T (r, θ, z) =<br />

sen θ r cos θ 0<br />

∣ 0 0 1 ∣ = r.<br />

Assim, a fórmula <strong>de</strong> mudança <strong>de</strong> variáveis no caso particular das coor<strong>de</strong>nadas ciĺındricas é<br />

∫∫∫<br />

∫∫∫<br />

f(x, y, z) dx dy dz = f(T (r, θ, z)) r dr dθ dz.<br />

D<br />

D ∗<br />

Exemplo 3. Recorrendo a um integral triplo, calcule o volume do cilindro <strong>de</strong>finido por x 2 +y 2 ≤ 1,<br />

−2 ≤ z ≤ 3.<br />

Preten<strong>de</strong>-se calcular<br />

∫∫∫<br />

vol(D) = dx dy dz<br />

on<strong>de</strong> D é a região do plano xy é <strong>de</strong>finida por<br />

D = {(x, y, z) ∈ R 3 : x 2 + y 2 ≤ 1, −2 ≤ z ≤ 3}.<br />

Da <strong>de</strong>finição da transformação para coor<strong>de</strong>nadas ciĺındricas (5), segue que 0 ≤ r ≤ 1, 0 ≤<br />

θ ≤ 2π e −2 ≤ z ≤ 3, isto é<br />

D ∗ = {(r, θ, z) : 0 ≤ r ≤ 1, 0 ≤ θ ≤ 2π, −2 ≤ z ≤ 3}.<br />

D<br />

Análise Matemática II- OCV-2007’08 6


Mudança <strong>de</strong> variáveis em integrais múltiplos Aulas 16 e 17<br />

z<br />

3<br />

3<br />

z<br />

x<br />

1<br />

y<br />

r<br />

1<br />

−2<br />

2π<br />

θ<br />

Figura 6: Regiões D e D ∗<br />

Uma vez que a função integranda é f(x, y, z) = 1 e que o <strong>de</strong>terminante da matriz Jacobiana<br />

da aplicação que <strong>de</strong>fine a mudança para coor<strong>de</strong>nadas ciĺındricas é r vem<br />

∫∫∫<br />

∫∫∫<br />

vol(D) = dx dy dz = r dr dθ dz<br />

=<br />

D<br />

∫ 1 ∫ 2π ∫ 3<br />

0 0 −2<br />

D ∗<br />

r dz dθ dr = 5π.<br />

Consi<strong>de</strong>re-se, agora, que D ∗ é uma região do espaço ρθφ. Tomando T : D ∗ → D ⊂ R 3<br />

<strong>de</strong>finida por<br />

T (ρ, θ, φ) = (ρ sen φ cos θ, ρ sen φ sen θ, ρ cos φ)<br />

(c.f. (3)), uma região do espaço ρθφ é transformada numa região do espaço xyz. O <strong>de</strong>terminante<br />

da matriz Jacobiana <strong>de</strong> T é<br />

sen φ cos θ −ρ sen φ sen θ ρ cos φ cos θ<br />

<strong>de</strong>t Jac T (ρ, θ, φ) =<br />

sen φ sen θ ρ sen φ cos θ ρ cos φ sen θ<br />

∣ cos φ 0 −ρ sen φ ∣ = −ρ2 sen φ.<br />

e a fórmula <strong>de</strong> mudança <strong>de</strong> variáveis no caso particular das coor<strong>de</strong>nadas esféricas é<br />

∫∫∫<br />

∫∫∫<br />

f(x, y, z) dx dy dz = f(T (ρ, θ, φ)) ρ 2 sen φ dρ dθ dφ.<br />

D<br />

D ∗<br />

Análise Matemática II- OCV-2007’08 7

Hooray! Your file is uploaded and ready to be published.

Saved successfully!

Ooh no, something went wrong!