religião, moral e metafÃsica em human, demasiado humano ... - FaJe
religião, moral e metafÃsica em human, demasiado humano ... - FaJe
religião, moral e metafÃsica em human, demasiado humano ... - FaJe
Create successful ePaper yourself
Turn your PDF publications into a flip-book with our unique Google optimized e-Paper software.
RESUMO<br />
Este trabalho analisa a crítica histórico-genealógica da <strong>moral</strong>, a partir de<br />
Humano, d<strong>em</strong>asiado <strong>human</strong>o: Um livro para espíritos livres de Nietzsche. O ponto<br />
central do projeto de Nietzsche consiste <strong>em</strong> fazer a crítica genealógica, reescrevendo a<br />
história dos valores morais ocidentais. O filósofo critica, ao fazer sua genealogia, o<br />
caráter absoluto dos valores morais e do seu caráter utilitário para a vida, entendendo<br />
que o processo histórico é uma sucessão de erros interpretados pela razão de que existe<br />
um <strong>em</strong> si dos valores e sentimentos morais apoiados <strong>em</strong> um mundo ideal do qual advém<br />
os valores. O filósofo critica os valores morais como benevolência, compaixão, virtude,<br />
justiça e b<strong>em</strong>, que r<strong>em</strong>et<strong>em</strong> a uma vontade de verdade que se pretende absoluta. Dessa<br />
forma, a vontade de verdade que se apoia num primado finalístico, visa à própria<br />
conservação do hom<strong>em</strong>, dominando-o e domesticando-o. A pesquisa constata que a<br />
reflexão da gênese dos valores e sua exigência pela verdade instigam o pensamento não<br />
na pura destruição dos valores, mas sim numa investigação que possa levar à orig<strong>em</strong><br />
dos mesmos, na incessante busca pela formulação de novos valores, mostrando assim<br />
que os valores, justamente porque foram criados pelo hom<strong>em</strong>, pod<strong>em</strong> ser novamente<br />
pensados e reformulados constant<strong>em</strong>ente. Essa dissertação aponta, portanto, que não se<br />
pode fazer afirmações morais <strong>em</strong> que o caráter absoluto da verdade prevaleça. Não<br />
existe uma única verdade <strong>moral</strong> que não esteja ligada a um t<strong>em</strong>po histórico ou a uma<br />
situação que não seja sintoma cultural e, portanto, <strong>human</strong>o, d<strong>em</strong>asiado <strong>human</strong>o.<br />
Palavras-chave: 1. Moral. 2. Humano, d<strong>em</strong>asiado <strong>human</strong>o. 3. Friedrich Nietzsche.