religião, moral e metafÃsica em human, demasiado humano ... - FaJe
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Reavalia os valores ocidentais e projeta toda sua vontade num futuro <strong>em</strong> que<br />
esses novos ideais se realiz<strong>em</strong>, não <strong>em</strong> forma de progresso, mas talvez de maneira<br />
profética, já que o próprio filósofo afirma no Ecce Homo:<br />
Eu conheço a minha sorte. Um dia virá, no qual se ligará ao meu nome a<br />
recordação de um acontecimento formidável, a recordação de uma crise como<br />
nunca houve na terra, da mais profunda colisão das consciências, de uma<br />
decisão tomada contra tudo o que até aos nossos dias havia sido acreditado,<br />
exigido, santificado. Eu não sou um hom<strong>em</strong>, sou dinamite. (NIETZSCHE,<br />
2008, p. 102)<br />
No segundo momento, a pesquisa enfocará o desafio de caracterizar, a partir da<br />
obra Humano, d<strong>em</strong>asiado <strong>human</strong>o, a análise interpretativa feita pelo filósofo,<br />
considerando o método genealógico-histórico como o ponto central da crítica<br />
nietzschiana acerca da <strong>moral</strong>. Tal crítica é realizada pelo filósofo, a partir da<br />
observação psicológica para a dissecação e composição da vida social, cujo caráter é<br />
entender por onde perpassa a questão da <strong>moral</strong>idade. Também serão abordadas as<br />
relações estabelecidas pelo pensamento nietzschiano entre natureza-cultura-história e a<br />
necessidade histórica de compor os chamados sentimentos morais.<br />
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