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religião, moral e metafísica em human, demasiado humano ... - FaJe

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CAPÍTULO I – Contextualização da abordag<strong>em</strong> do t<strong>em</strong>a da<br />

<strong>moral</strong> <strong>em</strong> Humano, D<strong>em</strong>asiado Humano<br />

Nossa pesquisa apresenta alguns pontos relevantes que justificam a não<br />

abordag<strong>em</strong> interpretativa das obras de Nietzsche, partindo de um viés que privilegia o<br />

caráter biográfico para a compreensão da filosofia nietzschiana. Isto porque o filósofo<br />

utiliza-se de um estilo de escrita que favorece a multiplicidade de análises, o que torna a<br />

interpretação de sua obra um tanto complexa, não permitindo que o caráter e o método<br />

biográfico interfiram direta ou indiretamente na investigação da sua filosofia, numa<br />

perspectiva que venha r<strong>em</strong>eter a sua vida e aos seus escritos. No it<strong>em</strong> 1.1, a contribuição<br />

da pesquisa descreve o probl<strong>em</strong>a da interpretação biográfica e da t<strong>em</strong>ática sobre a<br />

mudança do estilo, a partir desta obra. Contamos com a interpretação de Fink (1988) e<br />

de Itaparica (2002), nosso principal referencial, no que tange à questão do estilo<br />

aforismático, de Janz (1981) e sua contribuição crítica, s<strong>em</strong> a interferência dos<br />

referenciais biográficos apontados pelo pesquisador, a fim de enriquecer a apresentação<br />

dos t<strong>em</strong>as desenvolvidos nesta pesquisa. Este trabalho conta também com a<br />

contribuição de Lopes (2008), Giacoia (2000 e 2010), Halévy (1989), Vattimo (1990) e<br />

Campione (2007).<br />

Neste it<strong>em</strong>, a pesquisa destaca o estilo aforismático no qual a obra foi<br />

escrita, associando tal estilo à própria crítica nietzschiana ao probl<strong>em</strong>a da <strong>moral</strong>. Dessa<br />

forma, este estudo procura elevar a compreensão da motivação ou das motivações que<br />

levaram o filósofo a desconstruir e questionar o pensamento <strong>moral</strong> de sua época, b<strong>em</strong><br />

como propor uma crítica genealógica dos conceitos 1 e sentimentos morais.<br />

No it<strong>em</strong> 1.2, o estudo passa a investigar a crítica que o filósofo faz<br />

explicitamente a Wagner e a Schopenhauer, trazendo a contribuição de Dias (2009),<br />

Macedo (2005), Lopes (2008), Burnett (2000), Fink (1988) e Janz (1981).<br />

Por fim, o it<strong>em</strong> 1.3 enfoca a importância do espírito livre para o surgimento<br />

de um novo tipo de hom<strong>em</strong>, como pressuposto fundamental para superação da <strong>moral</strong> de<br />

1 Ver: CASTRO, Antônio Mauro Muanis de. O conceito de <strong>moral</strong> <strong>em</strong> Nietzsche. Repensar. Revista de<br />

Filosofia e Teologia. Nova Iguaçu, v. 5, nº 2, p 24-33, dez. 2009. Para encontrar mais sobre o assunto<br />

que associa o estilo à <strong>moral</strong>, ver: SIMÕES, Mauro Cardoso. Nietzsche, a escrita e a <strong>moral</strong>. Campinas:<br />

Ed. Alínea, 2003.<br />

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