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Contribuições <strong>da</strong> Psicologia Histórico-Cultural para a Atuação Crítica <strong>da</strong> Psicologia Escolar<br />
ser socializado igualitariamente entre todos os alunos.<br />
Facci (2004b, p. 115), destaca que:<br />
Muitas vezes, os psicólogos escolares não conseguem perceber<br />
o quanto a psicologia contribui para a manutenção ou transformação<br />
<strong>da</strong> ideologia vigente, ficando à mercê <strong>da</strong>s teorias que<br />
naturalizam os fenômenos humanos, inclusive o processo de<br />
ensino-aprendizagem, tanto no que se refere ao sucesso como ao<br />
insucesso escolar.<br />
96<br />
Uma visão crítica e, nesse caso marxista, deve partir do pressuposto de que, no encontro<br />
entre subjetivi<strong>da</strong>de e educação (Meira, 1997), o psicólogo li<strong>da</strong> com uma fonte riquíssima de desenvolvimento<br />
humano, seja do professor, dos alunos, dos pais e de to<strong>da</strong> comuni<strong>da</strong>de escolar. O<br />
grande desafio é conduzir todos os participantes <strong>da</strong> escola na busca de um ideal comum, ou seja,<br />
a socialização dos conhecimentos produzidos pela humani<strong>da</strong>de.<br />
Reafirmamos que o ser humano é resultado de sua história e de relações com outras pessoas,<br />
com a família, com os grupos sociais e com a cultura elabora<strong>da</strong> no decorrer <strong>da</strong> história. Por<br />
isso, os profissionais <strong>da</strong> Psicologia, ao refletirem sobre a visão marxista de homem, precisam<br />
estar atentos, porque “temos o privilégio de estarmos inseridos em um dos processos mais vitais<br />
e fun<strong>da</strong>mentais <strong>da</strong> humanização do homem: o movimento em que ele pode apropriar-se do conhecimento<br />
e fazer dele um instrumento de desenvolvimento de suas potenciali<strong>da</strong>des” (MEIRA,<br />
2000, p. 67).<br />
Para <strong>da</strong>r o devido destaque à questão acima, finalizamos com uma citação de Vygotsky<br />
(2004, p. 12), que alerta o seguinte: “Tão-só uma elevação de to<strong>da</strong> a humani<strong>da</strong>de a um nível mais<br />
alto de vi<strong>da</strong> social – a libertação de to<strong>da</strong> a humani<strong>da</strong>de – pode conduzir à formação de um novo<br />
tipo de homem.” É nesse novo tipo de homem que a Psicologia Escolar deve investir.<br />
REFERÊNCIAS<br />
ANGELUCCI, Carla Biancha; KALMUS, Jaqueline; PAPARELLI, Renata et al. O estado <strong>da</strong><br />
arte <strong>da</strong> pesquisa sobre o fracasso escolar (1991-2002): um estudo introdutório. Educ. Pesqui.<br />
[online]. jan./abr. 2004, v.30, n.1. Disponível em: . Acesso em 04/05/2008.<br />
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E<br />
V<br />
I<br />
S<br />
T<br />
A<br />
BARROCO, Sonia Mari Shima Barroco. Psicologia e educação: <strong>da</strong> inclusão e exclusão ou <strong>da</strong><br />
exceção e <strong>da</strong> regra. MEIRA, E. M.; FACCI, M. G. D; (Orgs.). Psicologia histórico-cultural:<br />
Contribuições para o encontro entre a subjetivi<strong>da</strong>de e a educação. São Paulo: Casa do Psicólogo,<br />
2007.<br />
CHECCHIA, A. K. A; SOUZA, M. P. R. Queixa escolar e atuação profissional: Apontamentos<br />
para a formação de psicólogos. In: MEIRA, E. E. M; ANTUNES, M. A. M. (Orgs.). Psicologia<br />
escolar: Teorias Críticas. São Paulo: Casa do Psicólogo, 2003<br />
TERRA E CULTURA - N o 47 - Ano 24 - Agosto a Dezembro de 2008