Anais - Territórios do PolÃtico - vol. 1 - Universidade Estadual de ...
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no senti<strong>do</strong> <strong>de</strong> ter uma temporalida<strong>de</strong> marcada, possivelmente enca<strong>de</strong>ada, uma linha<br />
<strong>do</strong> tempo no qual o presente está acontecen<strong>do</strong>, sen<strong>do</strong> possível isso na linguagem, um<br />
presente que tem como o local e o tempo como bases fundamentais, tentan<strong>do</strong><br />
mostrar a dinâmica <strong>do</strong> processo ou, que justamente esse processo é dinâmico.<br />
Essa temporalida<strong>de</strong> em questão também não é positivista no senti<strong>do</strong> <strong>de</strong> que o<br />
passa<strong>do</strong> falaria por si só, essa crença não faz parte <strong>de</strong>ssa construção. A Escola <strong>do</strong>s<br />
Annales indicou que o presente é fundamental na concepção <strong>do</strong> passa<strong>do</strong>, os<br />
problemas <strong>de</strong>vem ser <strong>de</strong>sen<strong>vol</strong>vi<strong>do</strong>s a partir <strong>do</strong> presente, e é assim que o passa<strong>do</strong> é<br />
visto nesse trabalho. Enfrentamos contemporaneamente uma crise ambiental, que<br />
reflete principalmente, e afeta, os nossos mo<strong>do</strong>s <strong>de</strong> vida, compreen<strong>de</strong>r a<br />
interação/relação homem/natureza/socieda<strong>de</strong> parte <strong>do</strong> presente, enten<strong>de</strong>n<strong>do</strong> que o<br />
mesmo <strong>de</strong>pen<strong>de</strong> <strong>do</strong> passa<strong>do</strong>, e esse ultimo <strong>de</strong>pen<strong>do</strong> <strong>do</strong> presente, isso mesmo, uma<br />
espiral.<br />
Ainda, Brau<strong>de</strong>l integrante <strong>do</strong>s Annales cria em seu trabalho “O<br />
Mediterrâneo”, escrito em 1949, uma reflexão fundamental sobre o tema. Se anterior<br />
a ele o “tempo” somente era percebi<strong>do</strong> em uma noção, Brau<strong>de</strong>l re<strong>vol</strong>uciona a história,<br />
falan<strong>do</strong> que são no mínimo três temporalida<strong>de</strong>s em coexistência que compõe o<br />
mun<strong>do</strong>. Sen<strong>do</strong> assim adicionamos esse elemento ao nosso trabalho;<br />
Tempo/espaço<br />
Longa duração----------------------------------------------------------------<br />
Média duração----------------------------------------------------------------<br />
Curta duração-----------------------------------------------------------------<br />
Como se para po<strong>de</strong>rmos compreen<strong>de</strong>r o tempo <strong>de</strong>vessemos no mínimo nos<br />
atentar para essas três temporalida<strong>de</strong>s; a primeira a longa duração que são as<br />
estruturas, até mesmo geográficas, uma história lenta, quase parada num quadro<br />
tempo/espaço. A segunda; a <strong>de</strong> média duração, tempo da conjuntura, tempo social,<br />
das economias, das políticas governamentais. E a terceira é a <strong>de</strong> curta; tempo <strong>do</strong><br />
individuo, das paixões, “nervoso”. (ANDRADE; 2002; p 18-22)<br />
Analisemos o esquema, agora com a inclusão <strong>do</strong> objeto <strong>de</strong> estu<strong>do</strong>: