Anais - Territórios do PolÃtico - vol. 1 - Universidade Estadual de ...
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*...+”, e em seguida, comentan<strong>do</strong> o antropólogo: “*...+ Lévi-Strauss: cada socieda<strong>de</strong><br />
lança os da<strong>do</strong>s constitutivos da “estrutura universal” e “escolhe” assim seus elementos<br />
<strong>de</strong> base, organiza assim a sua cultura. O que se passa a partir <strong>do</strong> momento em que<br />
acontece uma mudança histórica? Não sabemos. *...+” 4 . Esses são trechos significativos<br />
para a composição da narrativa, mas inicialmente algumas características biológicas da<br />
matriz cultural Norte paranaense.<br />
O café é uma rubiácea, portanto uma planta da família das rubiaceae que<br />
possui cerca <strong>de</strong> 13.000 espécies. Demorava, no perí<strong>do</strong>, em média <strong>de</strong> 4 à 6 anos a partir<br />
<strong>do</strong> plantio para atingir a maturida<strong>de</strong> chegan<strong>do</strong> a ter 2 metros e meio <strong>de</strong> altura.<br />
Desen<strong>vol</strong>ve-se melhor entre temperaturas <strong>de</strong> 19° e 22° C. Temperaturas mais<br />
altas auxiliam na formação <strong>de</strong> botões florais e estimulam o crescimento <strong>do</strong>s frutos,<br />
abaixo <strong>de</strong> 10° inibem o crescimento da planta.<br />
O cafeeiro se <strong>de</strong>sen<strong>vol</strong>ve melhor no solo com PH entre 6,0 e 6,5, ou seja, meio<br />
básico, corrigi<strong>do</strong> com o calcário 5 . Planta<strong>do</strong> diretamente em covas, no perío<strong>do</strong> que<br />
<strong>de</strong>finimos em nossa pesquisa, entre 4 à 6 plantas por cova.<br />
Fruto quan<strong>do</strong> maduro <strong>de</strong> coloração avermelhada, <strong>de</strong> semente dicotiledônia.<br />
Esta planta tem uma importância fundamental para a economia brasileira <strong>do</strong> final <strong>do</strong><br />
século XVIII e início <strong>do</strong> XIX. Produto <strong>de</strong> mais ou menos um centímetro observan<strong>do</strong><br />
particularmente, que <strong>de</strong>pois <strong>de</strong> torra<strong>do</strong> e moí<strong>do</strong> é transforma<strong>do</strong> em uma bebida<br />
energética ao ser humano.<br />
No perío<strong>do</strong> em estu<strong>do</strong>, o café, agora como matriz cultural, como elemento <strong>de</strong><br />
organização e <strong>de</strong>terminação das ativida<strong>de</strong>s humanas <strong>de</strong>ntro <strong>de</strong> um habitat, era<br />
cultiva<strong>do</strong> basicamente em duas etapas. Primeiramente, nas estações <strong>de</strong> calor, o<br />
cafezal necessitava basicamente da capina para não atrapalhar o crescimento da<br />
planta. Mas o trabalho se concentrava à medida que se iniciava a floração. A plantação<br />
<strong>de</strong>ixava a coloração esver<strong>de</strong>ada escura para se tornar branca, os pés <strong>de</strong> café em cada<br />
galho e em cada “nó” se preparavam para as flores se transformarem em fruto.<br />
Nessa etapa uma forma <strong>de</strong> trabalho era fundamental, a “arruação”. Que<br />
consiste na retirada <strong>de</strong> to<strong>do</strong>s os resíduos das ruas <strong>do</strong> cafezal, ou seja, as folhas, galhos,<br />
4 Ibid. pp. 23 - 27<br />
5 Informações retiradas <strong>do</strong> site da Embrapa: http://www.cnpab.embrapa.br