Anais - Territórios do PolÃtico - vol. 1 - Universidade Estadual de ...
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uma gama <strong>de</strong> possibilida<strong>de</strong>s <strong>de</strong> pesquisa, sen<strong>do</strong> sempre esses temas atravessa<strong>do</strong>s pelo<br />
Po<strong>de</strong>r.<br />
Historia<strong>do</strong>res levam em consi<strong>de</strong>ração também as relações <strong>de</strong> po<strong>de</strong>r<br />
existentes nas micro-unida<strong>de</strong>s políticas. I<strong>de</strong>ologias, movimentos sociais e políticos,<br />
re<strong>vol</strong>uções. Também estão atentos para as relações interindividuais, como os micropo<strong>de</strong>res,<br />
relações <strong>de</strong> po<strong>de</strong>r <strong>de</strong>ntro das famílias, relacionamentos entre grupos. Ao<br />
mesmo tempo para as representações políticas, símbolos, mitos políticos, teatro <strong>de</strong><br />
po<strong>de</strong>r, ou o discurso. Dessa forma a História política a<strong>de</strong>ntra também em meio a<br />
História Cultural, Social e Econômica.<br />
Nesse senti<strong>do</strong> teremos <strong>de</strong> um la<strong>do</strong> aqueles antigos enfoques<br />
da História Política tradicional que, apesar <strong>de</strong> terem si<strong>do</strong><br />
rejeita<strong>do</strong>s pela historiografia mais mo<strong>de</strong>rna a partir <strong>do</strong>s anos<br />
1930 (Escola <strong>do</strong>s Annales e novos marxismos), com as ultimas<br />
décadas <strong>do</strong> século XX começaram a retornar <strong>do</strong>ta<strong>do</strong>s <strong>de</strong> um<br />
novo senti<strong>do</strong>. A guerra, a Diplomacia, as Instituições, ou até<br />
mesmo a trajetória política <strong>do</strong>s indivíduos que ocuparam<br />
lugares privilegia<strong>do</strong>s na organização <strong>do</strong> po<strong>de</strong>r – tu<strong>do</strong> isso<br />
começa a retomar a partir <strong>do</strong> final <strong>do</strong> século com um novo<br />
interesse. 1<br />
Consi<strong>de</strong>ram-se as antigas temáticas estudadas pelo Político, porém, o<br />
enfoque na pesquisa ten<strong>de</strong>rá para outras direções. Porém, se alguma pesquisa traz a<br />
análise <strong>de</strong> uma personalida<strong>de</strong>, <strong>de</strong> um fato marcante, como uma guerra ou re<strong>vol</strong>ução,<br />
ou ainda a relação entre uma política a<strong>do</strong>tada por um governo em relação ao seu país,<br />
não significa que o estu<strong>do</strong> seja embasa<strong>do</strong> na historiografia tradicional.<br />
Assim, mesmo quan<strong>do</strong> a Nova História Política toma para seu<br />
objeto um indivíduo, não visa mais a excepcionalida<strong>de</strong> das<br />
gran<strong>de</strong>s figuras políticas que outrora os historia<strong>do</strong>res<br />
positivistas acreditavam serem os gran<strong>de</strong>s e únicos condutores<br />
da História 2<br />
Atentos a esta infinida<strong>de</strong> <strong>de</strong> possibilida<strong>de</strong>s <strong>de</strong> <strong>do</strong>cumentação, partimos da<br />
análise da revista ‘Em Guarda’ (distribuída no Brasil entre os anos <strong>de</strong> 1941-1945) para<br />
a consolidação <strong>de</strong> estu<strong>do</strong>s que têm como foco <strong>de</strong> discussão as relações entre Brasil e<br />
Esta<strong>do</strong>s Uni<strong>do</strong>s, mais especificamente a Política da Boa Vizinhança, como ficou<br />
conhecida.<br />
1 BARROS, José D’Assunção. História Política, Discurso e Imaginário: Aspectos <strong>de</strong> uma interface.<br />
S/ECULUM, Revista <strong>de</strong> História. João Pessoa, jan/jun. 2005, p. 129.<br />
2 I<strong>de</strong>m.