Anais - Territórios do PolÃtico - vol. 1 - Universidade Estadual de ...
Anais - Territórios do PolÃtico - vol. 1 - Universidade Estadual de ...
Anais - Territórios do PolÃtico - vol. 1 - Universidade Estadual de ...
You also want an ePaper? Increase the reach of your titles
YUMPU automatically turns print PDFs into web optimized ePapers that Google loves.
31<br />
<strong>do</strong> ativismo, com finalida<strong>de</strong>s e processos que são particulares, em seus meios <strong>de</strong><br />
atuação, essa produção cultural “privilegia situações artísticas que se encontram, se<br />
alinham e se fun<strong>de</strong>m temporariamente em lutas sociais e nas fissuras da vida<br />
cotidiana” (MESQUITA, 2008, p. 48) .<br />
Nesse senti<strong>do</strong>, acredita-se que a arte <strong>de</strong>sen<strong>vol</strong>vida por esse movimento<br />
feminista possa ser consi<strong>de</strong>rada arte política, ou seja, arte ativista <strong>de</strong>sen<strong>vol</strong>vida por<br />
intelectuais, militantes e artistas engaja<strong>do</strong>s, que privilegiam as manifestações artísticas<br />
capazes <strong>de</strong> dialogar com o público. A arte política que é construída a partir <strong>de</strong> um<br />
i<strong>de</strong>ário, e tem si<strong>do</strong> historicamente utilizada para a produção imagética <strong>do</strong>s<br />
movimentos sociais, principalmente os contemporâneos, que disputam um lugar <strong>de</strong><br />
<strong>de</strong>staque nas mídias.<br />
A partir <strong>de</strong>sses estu<strong>do</strong>s observa-se que a preocupação das li<strong>de</strong>ranças da MMM<br />
em construir uma imagem que i<strong>de</strong>ntificasse o movimento, produzin<strong>do</strong> uma<br />
composição visual colorida e alegre e que, ao mesmo tempo, correspon<strong>de</strong>sse aos seus<br />
princípios, nesse senti<strong>do</strong>, busca representar as mulheres e seu i<strong>de</strong>ário feminista<br />
perante o público feminino e masculino.<br />
REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS<br />
BORGES, Maria Eliza Linhares. História & Fotografia. 2 ed. – Belo horizonte: Autêntica,<br />
2005.<br />
DE MOND, Nadia. Construin<strong>do</strong> espaços transnacionais a partir <strong>do</strong>s feminismos. Estu<strong>do</strong>s<br />
Feministas, Florianópolis, 11(2): 360, julho-<strong>de</strong>zembro/2003.<br />
GOHN, Maria da Glória. 2002. Teorias <strong>do</strong>s movimentos sociais: paradigmas clássicos e<br />
contemporâneos. 3.ed. São Paulo: Loyola, 2002.<br />
MENESES, Ulpiano T. Bezerra <strong>de</strong>. Fontes Visuais, cultura visual, História Visual. Balanço<br />
Provisório, propostas cautelares. Revista Brasileira <strong>de</strong> História, <strong>vol</strong>. 23, nº 45, p. 11-36,<br />
2003.<br />
MESQUITA, André Luiz. Insurgências Poéticas: arte ativista e ação coletiva (1900-<br />
2000). Dissertação <strong>de</strong> Mestra<strong>do</strong>. São Paulo: <strong>Universida<strong>de</strong></strong> <strong>de</strong> São Paulo, 2008.<br />
NOBRE, Mirian. FARIA, Nalu. Feminismo em movimento: temas e processos<br />
organizativos da marcha Mundial das Mulheres no Fórum Social Mundial. In: Estu<strong>do</strong>s<br />
Feminista, Florianópolis, 11(2): 360, julho-<strong>de</strong>zembro, 2003.