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EVANDRO RITT - Universidade Estadual de Londrina

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a administração dos militares junto à população, tanto obragera quanto dos mensúspara<br />

assim enten<strong>de</strong>r como se <strong>de</strong>ram as dificulda<strong>de</strong>s e soluções encontradas pelos militares<br />

referentes aos vários problemas que encontraram na região, tais como o isolamento, a<br />

mata, os recursos financeiros, entre outros.<br />

Nesse contexto, os documentos nos indicam a especificida<strong>de</strong> das principais<br />

dificulda<strong>de</strong>s que os militares tiveram que enfrentar no início da colonização, isto é<br />

problemas relacionados à natureza. Esta, sendo em um primeiro momento uma inimiga,<br />

por conta da dificulda<strong>de</strong> em transpor as florestas <strong>de</strong>nsas, os rios que transbordavam em<br />

períodos <strong>de</strong> muita chuva, os mosquitos que sugavam o sangue e transmitiam doenças,<br />

entre outras dificulda<strong>de</strong>s. Tudo isso dificultava implantar as ativida<strong>de</strong>s da Colônia<br />

Militar, como a própria permanência dos seres humanos na região.<br />

No entanto, ela também foi a responsável pela permanência dos militares e<br />

garantia a sobrevivência das pessoas naquele local. A base da economia da região teve a<br />

erva mate e a ma<strong>de</strong>ira como principal fonte <strong>de</strong> renda, movimentava o trabalho nas matas<br />

e o transporte pelo rio Paraná. Nesse sentido, gran<strong>de</strong> parte dos documentos reportam<br />

para uma natureza sublime, bela e até fonte <strong>de</strong> inspiração para poemas e versos, assim<br />

como também serviam como suporte para a nacionalida<strong>de</strong> pretendida pelos militares,<br />

por meio da <strong>de</strong>nominação <strong>de</strong> rios, lagos e os próprios Saltos <strong>de</strong> Santa Maria (Cataratas<br />

do Iguaçu) com nomes alusivos aos heróis da República brasileira.<br />

Bellarmino Augusto <strong>de</strong> Mendonça Lobo foi o oficial militar da comissão<br />

responsável pela fundação da Colônia Militar <strong>de</strong> Foz do Iguaçu. Foi escolhido pelo<br />

Major do Exército, Guilherme Schüch, o Barão <strong>de</strong> Capanema, ainda no período imperial<br />

para ser o chefe da comissão brasileira responsável por <strong>de</strong>marcar os limites territoriais<br />

com a nação argentina. Com a República, o Capitão Bellarmino participou na criação e<br />

fundação da Colônia Militar <strong>de</strong> Chopim entre 1892 e 1894.<br />

Em seu memorial para o Ministro da Guerra, o Capitão Bellarmino, solicitando<br />

autorização para a criação da Colônia Militar em terras paranaenses, <strong>de</strong>stacou que a<br />

importância a sua instalação nesse território seria “para servir <strong>de</strong> atalaia, quer para apoio<br />

<strong>de</strong>masiadamente <strong>de</strong> forças terrestres e navaes, quer para n'ellas crear mais recursos para<br />

essas forças, quer ainda para servirem simultaneamente <strong>de</strong> base no <strong>de</strong>senvolvimento<br />

industrial, commercial e político.” 186 A Colônia Militar seria o posto <strong>de</strong> ligação entre o<br />

186 MENDONÇA LOBO, Bellarmino Augusto <strong>de</strong>. Memória apresentada a Exª Snr. Conselheiro Thomaz<br />

José Coelho <strong>de</strong> Almeida, Ministro e Secretário d'Estado e dos Negócios da Guerra, sobre a fundação da<br />

Colonia Militar do Iguassú e Estrada para província <strong>de</strong> Matto-Grosso no mez <strong>de</strong> abril <strong>de</strong> 1888, pelo<br />

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