14.10.2014 Views

EVANDRO RITT - Universidade Estadual de Londrina

EVANDRO RITT - Universidade Estadual de Londrina

EVANDRO RITT - Universidade Estadual de Londrina

SHOW MORE
SHOW LESS

Create successful ePaper yourself

Turn your PDF publications into a flip-book with our unique Google optimized e-Paper software.

3 – A COLÔNIA MILITAR DE FOZ DO IGUAÇU<br />

Po<strong>de</strong>-se, porém, conseguir bastante, levando-se fortificações nos<br />

principaes pontos estratégicos, os quaes se acham indicados pela<br />

referida commisão <strong>de</strong> engenheiros; fundando-se colônias<br />

militares nas localida<strong>de</strong>s estratégicas mais convenientes;<br />

ligando-se por estradas <strong>de</strong> ferro e linhas telegraphicas todos<br />

estes pontos e localida<strong>de</strong>s entre si com os centros <strong>de</strong> recursos, e<br />

estabelecendo-se proximamente àqueles pontos <strong>de</strong>pósitos <strong>de</strong><br />

instrução das Divisões do Exército. 184<br />

3.1 O papel da colônia: da <strong>de</strong>fesa do território a central <strong>de</strong> „obrages‟<br />

Neste capítulo analisaremos os vários relatos <strong>de</strong> viagens produzidos por pessoas<br />

que trabalharam ou visitaram a Colônia Militar <strong>de</strong> Foz do Iguaçu, bem como os<br />

relatórios <strong>de</strong> autorida<strong>de</strong>s, como os vários Ministros da Guerra, aos quais a Colônia<br />

Militar estava subordinada, e os relatórios dos Presi<strong>de</strong>ntes da Província do Paraná<br />

acerca das estratégias utilizadas para colonizar a região. Analisaremos as memórias<br />

publicadas como <strong>de</strong> Otília Schimmelpfeng, filha do primeiro prefeito <strong>de</strong> Foz do Iguaçu,<br />

após o encerramento das ativida<strong>de</strong>s administrativas dos militares na Colônia Militar e<br />

artigos <strong>de</strong> jornais que mencionaram a colônia e <strong>de</strong>pois o município.<br />

Trataremos as fontes <strong>de</strong> forma a discutir as relações <strong>de</strong> fronteira. O autor José <strong>de</strong><br />

Souza Martins nos fornece uma interpretação sobre o assunto, tratando-a como uma<br />

relação <strong>de</strong> conflito social,<br />

[...] a fronteira é essencialmente o lugar da alterida<strong>de</strong>. [...] Mas o<br />

conflito faz com que a fronteira seja essencialmente, a um só tempo,<br />

um lugar <strong>de</strong> <strong>de</strong>scoberta do outro e <strong>de</strong> <strong>de</strong>sencontro. [...] O <strong>de</strong>sencontro<br />

na fronteira é o <strong>de</strong>sencontro <strong>de</strong> temporalida<strong>de</strong>s históricas, pois cada<br />

um <strong>de</strong>sses grupos está situado diversamente no tempo da História. 185<br />

Com isso preten<strong>de</strong>mos enten<strong>de</strong>r como ocorreu o processo <strong>de</strong> formação social,<br />

política, econômica e cultural da Colônia Militar e da cida<strong>de</strong> <strong>de</strong> Foz do Iguaçu, analisar<br />

184 DÓRIA, Franklin Américo <strong>de</strong> Menezes. Ministério da Guerra.Relatório apresentado à Assembléia<br />

Geral Legislativa na primeira sessão da décima oitava legislatura pelo Ministro e Secretário <strong>de</strong> Estado dos<br />

Negócios da Guerra, Franklin Américo <strong>de</strong> Menezes Dória. Rio <strong>de</strong> Janeiro: Typ. Nacional, 1882. p. 41 –<br />

42.<br />

185 MARTINS, José <strong>de</strong> Souza. Fronteira: a <strong>de</strong>gradação do outro nos confins do humano... Op. Cit. p. 150<br />

– 151.<br />

82

Hooray! Your file is uploaded and ready to be published.

Saved successfully!

Ooh no, something went wrong!