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EVANDRO RITT - Universidade Estadual de Londrina

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administração dos militares. 181 Notamos que os relatórios referentes às colônias<br />

militares da região, Chapecó, Chopim e <strong>de</strong> Foz do Iguaçu, tornavam-se cada vez mais<br />

sucintos, ou seja, o governo, por meio <strong>de</strong> seu Ministro da Guerra, já não dava muita<br />

importância para as questões administrativas que o Exército tanto se empenhara após a<br />

Proclamação da República, muito menos as relacionadas às fronteiras nacionais. Os<br />

relatos limitavam-se apenas a transmitir os poucos dados que as colônias produziam ou<br />

estavam realizando e não continham mais análises sobre o que po<strong>de</strong>ria ser realizado<br />

para solucionar tais problemas enfrentados nas colônias, como no período do Marechal<br />

Mallet, no qual percebemos que estas regiões ainda <strong>de</strong>tinham importância estratégica<br />

por parte dos militares. Talvez por ter o país um período prolongado sem conflitos<br />

bélicos, as armas e a interferência militar fossem pouco necessárias.<br />

No relatório <strong>de</strong> 1909 o Marechal Hermes da Fonseca já não pontuou os dados<br />

das colônias militares <strong>de</strong> Chopim e Chapecó, emancipadas a caráter <strong>de</strong> município. Sobre<br />

a Colônia Militar <strong>de</strong> Foz do Iguaçu pouco ou quase nada foi relatado, apenas que a<br />

mesma contava com 50 praças sob o comando <strong>de</strong> um oficial e que todos os cargos<br />

relativos à administração da Colônia estavam ocupados. Consta também que foram<br />

construídos três pontilhões, uma casa para abrigar a escola e o cabrestante para carregar<br />

mercadorias fora colocado sobre uma base <strong>de</strong> cimento no porto da Colônia. Foram<br />

construídas oito casas para particulares, uma capela e repete-se a colocação <strong>de</strong> uma<br />

turbina para a fabricação <strong>de</strong> açúcar, provavelmente a relatada do ano anterior foi<br />

adquirida, mas não instalada, sendo somente colocada em uso no ano <strong>de</strong> 1909 e<br />

continuam seus trabalhos a olaria e a serraria, que juntas são uma das fontes <strong>de</strong> renda<br />

para a Colônia. 182<br />

Constatamos que, <strong>de</strong>s<strong>de</strong> sua criação, a Colônia Militar <strong>de</strong> Foz do Iguaçu, apesar<br />

<strong>de</strong> ter enorme importância para os militares no que tange a <strong>de</strong>fesa da nação, muito<br />

pouco foi enviado na forma <strong>de</strong> recursos para a mesma, pois em seus relatórios os<br />

ministros da guerra constantemente reclamavam que as verbas para a construção e<br />

manutenção <strong>de</strong> estradas eram poucas.<br />

A Província do Paraná preocupou-se com a colonização das terras incentivando<br />

os imigrantes a ocuparem as áreas <strong>de</strong> sertão, procurando socializar o índio nesse espaço,<br />

181 MINISTÉRIO DA GUERRA. RELATÓRIO apresentado ao Presi<strong>de</strong>nte da República dos Estados<br />

Unidos do Brasil pelo Marechal Hermes Rodrigues da Fonseca, ministro <strong>de</strong> Estado da Guerra, em junho<br />

<strong>de</strong> 1908. Rio <strong>de</strong> Janeiro: Imprensa Nacional, 1908. p. 48.<br />

182 FONSECA, Hermes Rodrigues da. Ministério da Guerra. RELATÓRIO apresentado ao Presi<strong>de</strong>nte da<br />

República dos Estados Unidos do Brasil pelo Marechal Hermes Rodrigues da Fonseca, ministro <strong>de</strong> Estado<br />

da Guerra, em maio <strong>de</strong> 1909. Rio <strong>de</strong> Janeiro: Imprensa Nacional, 1909. p. 33.<br />

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