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EVANDRO RITT - Universidade Estadual de Londrina

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Os militares também acreditavam que as riquezas naturais da região seriam o<br />

incentivo necessário para que colonos viessem para essas terras:<br />

A benignida<strong>de</strong> do clima, a salubrida<strong>de</strong> invejável da região e outras<br />

condições felizes e pouco comuns, auguram, por outro lado, a<br />

affluencia <strong>de</strong> uma corrente immigratoria espontânea e immediata.<br />

Todas as culturas po<strong>de</strong>m ser alli vantajosamente acolhidas: - o café, a<br />

canna <strong>de</strong> assucar, o fumo, os cereaes, enfim, vicejam e fructificam<br />

com igual abundancia. Também <strong>de</strong>safiando a cobiça e a activida<strong>de</strong> do<br />

forasteiro lá estão as mais afamadas e preferidas ma<strong>de</strong>iras <strong>de</strong><br />

construcção, as ricas jazidas <strong>de</strong> diversos minereos, etc. 168<br />

Os militares viam que o clima favorável as várias produções agrícolas seria um<br />

incentivo para a instalação <strong>de</strong> imigrantes e <strong>de</strong> colonos nas colônias promovendo <strong>de</strong>ssa<br />

forma a ocupação e colonização <strong>de</strong>ssas terras acelerando o <strong>de</strong>senvolvimento do<br />

comércio por meio <strong>de</strong> produtos comercializáveis para outras regiões.<br />

Acreditavam também que construindo uma linha telegráfica, esta seria<br />

estratégica na comunicação entre as regiões e proveria os militares com dados<br />

estatísticos importantes para planejar estratégias para a região e para a população. 169<br />

No inicio do século XX, no ano <strong>de</strong> 1901, o diretor da Colônia Militar <strong>de</strong> Foz do<br />

Iguaçu era o Major Fre<strong>de</strong>rico Luiz Rozsanyl. Segundo o relatório apresentado pelo<br />

Ministro da Guerra J. N. De Me<strong>de</strong>iros Mallet ao Presi<strong>de</strong>nte da Republica brasileira no<br />

ano <strong>de</strong> 1901:<br />

Occupam effectivamente os lotes que lhes foram distribuídos apenas<br />

18 colonos. Outros, contemplados na mesma occasião já abandonaram<br />

há mais <strong>de</strong> dous annos as terras <strong>de</strong> que estavam <strong>de</strong> posse, e por isso<br />

foram-lhes cassados os respectivos títulos provisórios, em numero <strong>de</strong><br />

cinco.<br />

Em começo do anno findo tentou-se installar uma escola primaria,<br />

mas essa tentativa não teve êxito por falta <strong>de</strong> alunnos. 170<br />

Esse não parece ter sido um problema só da Colônia Militar <strong>de</strong> Foz do Iguaçu.<br />

Na Colônia Militar <strong>de</strong> Chopim havia a mesma reclamação, inclusive no relatório do<br />

Ministro Mallet ele reclama <strong>de</strong> que os colonos abandonam as terras e levam consigo as<br />

168 MALLET, J. N. De Me<strong>de</strong>iros. Ministério da Guerra. Relatório apresentado ao Presi<strong>de</strong>nte da República<br />

dos Estados Unidos do Brazil pelo marechal J. N. De Me<strong>de</strong>iros Mallet, Ministro <strong>de</strong> Estado da Guerra, em<br />

maio <strong>de</strong> 1901. Rio <strong>de</strong> Janeiro: Imprensa Nacional, 1901. p. 173.<br />

169 I<strong>de</strong>m. p. 174.<br />

170 MALLET, J. N. De Me<strong>de</strong>iros. Ministério da Guerra. Relatório apresentado ao Presi<strong>de</strong>nte da República<br />

dos Estados Unidos do Brazil pelo Marechal J. N. De Me<strong>de</strong>iros Mallet, Ministro <strong>de</strong> Estado da Guerra, em<br />

maio <strong>de</strong> 1902. Rio <strong>de</strong> Janeiro: Imprensa Nacional, 1902. p. 50.<br />

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