14.10.2014 Views

EVANDRO RITT - Universidade Estadual de Londrina

EVANDRO RITT - Universidade Estadual de Londrina

EVANDRO RITT - Universidade Estadual de Londrina

SHOW MORE
SHOW LESS

You also want an ePaper? Increase the reach of your titles

YUMPU automatically turns print PDFs into web optimized ePapers that Google loves.

A única via <strong>de</strong> acesso pelo Paraná à Colônia Militar <strong>de</strong> Foz do Iguaçu e a cida<strong>de</strong><br />

<strong>de</strong> Guarapuava era a picada (estrada) <strong>de</strong> quatrocentos quilômetros por meio da mata:<br />

A falta <strong>de</strong> meios para a construcção <strong>de</strong> estradas tem sido o maior<br />

obstaculo ao progresso <strong>de</strong>ssa Colônia, que necessita <strong>de</strong> meios <strong>de</strong><br />

comunicação, não só para o <strong>de</strong>senvolvimento <strong>de</strong> sua indústria agrícola<br />

e commercial, como também pela importância militar em que ella se<br />

acha , portanto, situada na fronteira, pó<strong>de</strong> ser facilmente transformada<br />

em praça <strong>de</strong> guerra, em caso <strong>de</strong> necessida<strong>de</strong> para a <strong>de</strong>fesa do paiz. 157<br />

No entanto o acesso, assim como a manutenção <strong>de</strong>ssas picadas, era muito<br />

dispendioso pela sua distancia entre a cida<strong>de</strong> mais próxima e a proporção <strong>de</strong> sua<br />

extensão, por isso o diretor da Colônia, por meio do Marechal Bernardo, pedia para que<br />

se viabilizasse um transporte marítimo que se utilizeasse do rio Paraná até a cida<strong>de</strong> <strong>de</strong><br />

Guaíra e posteriormente construísse uma estrada <strong>de</strong>ssa cida<strong>de</strong> até a Colônia Militar <strong>de</strong><br />

Foz do Iguaçu.<br />

Por intermedio <strong>de</strong> uma empreza que se organisasse po<strong>de</strong>r-se-hia então<br />

estabelecer a navegação do alto parana, fazendo-se também<br />

communicar o prolongamento da estrada <strong>de</strong> ferro <strong>de</strong> Sorocabana com<br />

a parte navegável do rio Paranapanema, affluente da margem esquerda<br />

do rio Paraná e abrindo-se communicação para o Estado <strong>de</strong> Matto<br />

Grosso pelos rios Ivinhaima e Brilhante. 158<br />

O percurso entre Guaira e Foz do Iguaçu, por meio do rio Paraná, seria utilizado<br />

pelos militares, especialmente após a construção da ferrovia que <strong>de</strong>sviava a região dos<br />

Saltos na cida<strong>de</strong> <strong>de</strong> Guaíra (Sete Quedas). Nessa parte do rio Paraná havia muitas<br />

corre<strong>de</strong>iras que não permitiam a navegação. A concessão, por meio <strong>de</strong> <strong>de</strong>creto nº 8.799<br />

<strong>de</strong> nove <strong>de</strong> <strong>de</strong>zembro <strong>de</strong> 1882, à Companhia Mate Laranjeira para explorar os recursos<br />

naturais <strong>de</strong>ssa área, erva mate e ma<strong>de</strong>ira, faria com que os diretores <strong>de</strong>ssa empresa<br />

construissem uma ferrovia para po<strong>de</strong>r escoar a comercialização <strong>de</strong>sses produtos<br />

oriundos <strong>de</strong> parte do Mato Grosso e do Paraguai.<br />

Wachovicz é que nos fornece os primeiros dados referente à construção <strong>de</strong>ssa<br />

ferrovia:<br />

157 VASQUES, Bernardo. Ministério da Guerra. Relatório apresentado ao Presi<strong>de</strong>nte da República dos<br />

Estados Unidos do Brazil pelo Marechal Bernardo Vasques Ministro <strong>de</strong> Estado dos Negócios da Guerra.<br />

Rio <strong>de</strong> Janeiro: Imprensa Nacional, 1896. p. 34. I<strong>de</strong>m. p. 55.<br />

158 I<strong>de</strong>m. p. 56.<br />

72

Hooray! Your file is uploaded and ready to be published.

Saved successfully!

Ooh no, something went wrong!