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EVANDRO RITT - Universidade Estadual de Londrina

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Houve também nesse período a tentativa da Revolução Fe<strong>de</strong>ralista, promovida por<br />

a<strong>de</strong>ptos do Partido Republicano e pelos seguidores do Partido Fe<strong>de</strong>ralista no Estado do<br />

Rio Gran<strong>de</strong> do Sul, mas que envolveu também os Estados <strong>de</strong> Santa Catarina e Paraná no<br />

conflito. Por isso consta no Relatório Anual do então Ministro do Estado da Indústria,<br />

que estava também responsável pelo Ministério da Guerra, somente o envio <strong>de</strong> dinheiro<br />

para as <strong>de</strong>spesas anuais da Colônia e para aquisição <strong>de</strong> alguns bens necessários para o<br />

<strong>de</strong>senvolvimento das ativida<strong>de</strong>s dos militares na região, como a compra <strong>de</strong> um navio. 148<br />

Pelo motivo da tentativa da Revolução Fe<strong>de</strong>ralista, que também atingiu o<br />

Paraná, as ativida<strong>de</strong>s da Comissão Estratégica das Estradas do Paraná foram<br />

interrompidas no ano <strong>de</strong> 1894, e em 1895 retornaram suas ativida<strong>de</strong>s tendo como chefe<br />

da mesma o Major do Corpo <strong>de</strong> Engenheiros Arthur Pereira <strong>de</strong> Oliveira Durão. 149<br />

Em 1895 o Ministro da Guerra <strong>de</strong>stacou as necessida<strong>de</strong>s para a região. Além da<br />

manutenção e construção <strong>de</strong> mais estradas tensionava construir uma re<strong>de</strong> telegráfica<br />

para levar para o interior as informações dos centros mais urbanizados. 150 Está claro que<br />

os militares pensavam em trazer consigo as informações <strong>de</strong> tais centros urbanos, pois<br />

sabiam que por meio <strong>de</strong>ssas comunicações as populações <strong>de</strong>ssa região assimilariam<br />

melhor os preceitos da cultura social e política da nação brasileira.<br />

Em 1895 foi realizado pelos militares um recenseamento no qual constava que<br />

havia na Colônia Militar: “560 habitantes, composta <strong>de</strong> brazileiros, francezes, italianos,<br />

hespanhóes, argentinos, paraguayos e indígenas”. 151 Já em 1895 não temos mais a<br />

estatística do individuo <strong>de</strong> nacionalida<strong>de</strong> inglesa relatada por José Maria <strong>de</strong> Brito. 152<br />

O Diretor da Colônia Militar pe<strong>de</strong>, em 1895, para que man<strong>de</strong> verbas para abrir o<br />

porto na cabeceira do rio Paraná, pois assim po<strong>de</strong>rão receber provimentos <strong>de</strong><br />

148 COSTALLAL, Sergio Macedo da Fontoura. Ministério da Guerra. Relatório apresentado ao Vice<br />

Presi<strong>de</strong>nte pelo General <strong>de</strong> Brigada Bibiano Sergio Macedo da Fontoura Costallal Ministro do Estado da<br />

Indústria, Viação e obras Públicas e encarregado do expediente do Ministério da Guerra. Rio <strong>de</strong> Janeiro:<br />

Imprensa Nacional, 1894. p. 38.<br />

149 VASQUES, Bernardo. Ministério da Guerra. Relatório apresentado ao Presi<strong>de</strong>nte da República dos<br />

Estados Unidos do Brasil pelo General <strong>de</strong> Divisão Bernardo Vasques. Rio <strong>de</strong> Janeiro: Imprensa Nacional.<br />

1895. p. 35.<br />

150 I<strong>de</strong>m. p. 36.<br />

151 I<strong>de</strong>m. p. 51.<br />

152 Nos intriga a presença <strong>de</strong>stes estrangeiros na referida Colônia Militar, nada justifica a presença dos<br />

mesmos nesta região, uma hipótese levantada pelos pesquisadores é <strong>de</strong> que os mesmos estariam a serviço<br />

<strong>de</strong> alguma empresa que comercializava ma<strong>de</strong>ira com o exterior e estes fariam o trabalho <strong>de</strong> controle <strong>de</strong><br />

qualida<strong>de</strong> da ma<strong>de</strong>ira exportada. Como relata um dos militares responsáveis pela fundação da Colônia<br />

Militar <strong>de</strong> Foz do Iguaçu José Maria <strong>de</strong> Brito: “Por ocasião da <strong>de</strong>scoberta da Foz do Iguassú o território já<br />

era habitado. Existiam no mesmo 324 almas, (ano <strong>de</strong> fundação da Colônia 1889) assim <strong>de</strong>scriptas:<br />

brasileiros, 9; franceses, 5; hespanhoes, 2; argentinos, 95; paraguaios, 212; inglês, 1”. Ver: BRITO, José<br />

Maria <strong>de</strong>. Descoberta <strong>de</strong> foz do Iguassú e fundação da colônia militar. In. Boletim do Instituto Histórico,<br />

Geográfico e Etnográfico do Paraná – IHGEPR -, vl. 32, Curitiba, 1977. (Grifo nosso)<br />

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