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EVANDRO RITT - Universidade Estadual de Londrina

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Outro fator importante para a direção da Colônia Militar era a <strong>de</strong> introduzir uma<br />

cultura agrícola na região, pois assim po<strong>de</strong>r-se-ia plantar a fim <strong>de</strong> exportar alimentos<br />

para centros urbanos <strong>de</strong>senvolvidos. O General Francisco Antonio <strong>de</strong> Moura relatou que<br />

naquele ano, 1892, havia-se colhido milho e, apesar da colheita ter sido pequena pelo<br />

mau tempo, dois alqueires já tinham sido reservados para o plantio e que mais seis<br />

alqueires <strong>de</strong>stinados para outro cultivo. 144<br />

A gran<strong>de</strong> preocupação dos militares da Colônia Militar foi com o<br />

<strong>de</strong>senvolvimento urbano. Em seu relatório, o General Francisco Antonio <strong>de</strong> Moura<br />

<strong>de</strong>staca que:<br />

De junho a <strong>de</strong>zembro do anno passado foram iniciadas as<br />

construcções das casas que teem <strong>de</strong> servir para a secretaria e<br />

enfermaria, e fizeram-se roçados para a plantação <strong>de</strong> milho, feijão,<br />

canna e sementeiras <strong>de</strong> café, sendo medidos 44 lotes e matriculados 13<br />

colonos, quasi todos com família. 145<br />

Também foram construídas casas com ma<strong>de</strong>ira <strong>de</strong> boa qualida<strong>de</strong> para a moradia<br />

dos soldados e dos oficiais e havia ainda a preocupação com a vinda <strong>de</strong> pessoas<br />

qualificadas em <strong>de</strong>terminadas profissões como carpinteiros, pedreiros, entre outros, pois<br />

estava em andamento a construção uma casa para o fabrico <strong>de</strong> farinha <strong>de</strong> mandioca,<br />

uma olaria para a fabricação <strong>de</strong> tijolos e um engenho <strong>de</strong> serra para a produção <strong>de</strong><br />

ma<strong>de</strong>iras. 146<br />

No ano <strong>de</strong> 1892 a população da Colônia Militar contava com seiscentas pessoas<br />

e já estava em construção o engenho para a serragem da ma<strong>de</strong>ira, assim como a <strong>de</strong> um<br />

engenho para a produção da erva mate. Nesse mesmo ano, em 13 <strong>de</strong> <strong>de</strong>zembro, houve a<br />

separação do mando entre a Colônia Militar <strong>de</strong> Foz do Iguaçu e a Comissão Estratégica,<br />

sendo entregue a administração da Colônia ao Capitão <strong>de</strong> Engenheiros Manoel Luiz <strong>de</strong><br />

Mello Nunes, tornando-se o Diretor da Colônia Militar. 147<br />

Nos primeiros anos <strong>de</strong> fundação da Colônia Militar a situação política no Brasil<br />

não estava muito boa, e isso refletia diretamente nos responsáveis pela administração<br />

colonial. No ano <strong>de</strong> 1894 o governo enfrentaria uma insubordinação <strong>de</strong> militares na<br />

cida<strong>de</strong> do Rio <strong>de</strong> Janeiro, mais especificamente na Marinha. Estes, por sua vez, viam<br />

sua influência na política ficar cada vez menor, o que gerou a revolta em seus quadros.<br />

144 I<strong>de</strong>m. P 30.<br />

145 I<strong>de</strong>m. p. 30.<br />

146 I<strong>de</strong>m. P. 30.<br />

147 I<strong>de</strong>m. P. 50 – 51.<br />

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