EVANDRO RITT - Universidade Estadual de Londrina
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sua vez, a Comissão Estratégica ficaria apenas com a manutenção das estradas que<br />
ligava as outras regiões à Colônia. 138<br />
Outro problema que assolava a Colônia Militar nos primeiros anos <strong>de</strong> sua<br />
fundação foi a fixação <strong>de</strong> oficiais nessa região, o Ministro Francisco Antonio <strong>de</strong> Moura<br />
opina sobre essa dificulda<strong>de</strong>:<br />
[...] corroborada pela relutância dos officiais da commissão em irem<br />
servir na colônia como prova a existencia, em pouco tempo, <strong>de</strong> três<br />
vices-directores, facto este muito prejudicial á boa marcha <strong>de</strong> qualquer<br />
serviço, não só pela divergencia do modo <strong>de</strong> ver as cousas, como<br />
ainda pela inconveniência das interinida<strong>de</strong>s na administração. 139<br />
Entretanto, nesse mesmo ano, 1892, o Ministro Francisco Antonio <strong>de</strong> Moura<br />
relata que outra comissão incumbida <strong>de</strong> estudar o assunto <strong>de</strong>veria indicar as medidas<br />
necessárias para colocar as colônias <strong>de</strong> fronteira em “pé <strong>de</strong> prosperida<strong>de</strong>”. 140<br />
No ano seguinte, 1893, a Comissão Estratégica do Paraná tinha como diretor o<br />
Tenente Coronel Joaquim Martins <strong>de</strong> Mello, que contava ainda com um ajudante, três<br />
auxiliares, dois médicos e uma força, composta <strong>de</strong> quatro oficiais e 193 praças. 141<br />
Naquele ano foi transferida a se<strong>de</strong> da Comissão Estratégica <strong>de</strong> Guarapuava para o rio<br />
Jangada, por conta do <strong>de</strong>smembramento da Comissão em 3 <strong>de</strong> <strong>de</strong>zembro <strong>de</strong> 1892 para<br />
servir na Colônia Militar <strong>de</strong> Foz do Iguaçu. 142<br />
As doenças também se tornaram um gran<strong>de</strong> problema para o andamento da<br />
Colônia Militar. A saú<strong>de</strong> dos membros da Comissão foi um fato que preocupou o<br />
General Francisco Antonio <strong>de</strong> Moura, Ministro da Guerra, que <strong>de</strong>stacou o número <strong>de</strong><br />
pessoas da Comissão afetadas por doenças, conforme relatou: “O estado sanitário foi<br />
regular, sendo o movimento da enfermaria, <strong>de</strong> Janeiro a Setembro do anno findo o<br />
seguinte: - Existiam em tratamento 6 doentes; entraram 44; sahiram curados 49 e<br />
morreram 1. Foram aviados 853 receitas”. 143 Isso <strong>de</strong>monstra que a presença <strong>de</strong> um<br />
médico foi constante nos primeiros anos da fundação da Colônia Militar.<br />
138 I<strong>de</strong>m. p. 24.<br />
139 I<strong>de</strong>m. p. 24.<br />
140 I<strong>de</strong>m. p. 24.<br />
141 MOURA, Francisco Antonio <strong>de</strong>. Ministério da Guerra. Relatório apresentado ao vice-presi<strong>de</strong>nte dos<br />
Estados Unidos do Brazil pelo general Francisco Antonio <strong>de</strong> Moura, Ministro <strong>de</strong> Estado dos Negócios da<br />
Guerra, em abril <strong>de</strong> 1893. Rio <strong>de</strong> Janeiro: Imprensa Nacional, 1893. p. 29.<br />
142 I<strong>de</strong>m. p. 29.<br />
143 I<strong>de</strong>m. P. 29.<br />
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