EVANDRO RITT - Universidade Estadual de Londrina
EVANDRO RITT - Universidade Estadual de Londrina
EVANDRO RITT - Universidade Estadual de Londrina
You also want an ePaper? Increase the reach of your titles
YUMPU automatically turns print PDFs into web optimized ePapers that Google loves.
do corpo <strong>de</strong> Engenheiros Luiz Antonio <strong>de</strong> Me<strong>de</strong>iros, por ter sido<br />
concedida ao Major Mendonça Lobo exoneração <strong>de</strong>sse cargo, tem<br />
perseguido efficazmente nos trabalhos <strong>de</strong> que se acha incumbida, da<br />
exploração <strong>de</strong> uma estrada mixta <strong>de</strong> communicações para o Estado do<br />
Mato Grosso; a consctrução <strong>de</strong> uma estrada da vila <strong>de</strong> União da<br />
Victória a Palmas, iniciada em 1886; outra daquella Villa á cida<strong>de</strong> <strong>de</strong><br />
Guarapuava, no Paraná, a fundação da Colônia Militar na foz do rio<br />
Iguassú, e a abertura <strong>de</strong> uma estrada que ligue a Guarapuava, a<br />
<strong>de</strong>marcação dos lotes <strong>de</strong> terras nas orlas da estrada em construcção, a<br />
discriminação das terras publicas e particulares, e finalmente a<br />
construção <strong>de</strong> uma linha telegráphica <strong>de</strong> Guarapuava à foz do rio<br />
Iguassú, com um ramal para a colônia militar <strong>de</strong> Chopim. 135<br />
Essas são as primeiras ações dos militares no sentido estratégico <strong>de</strong> ocupar a<br />
região <strong>de</strong> Foz do Iguaçu. O relatório <strong>de</strong> 1891 ainda faz referência aos trabalhos<br />
preliminares à fundação da Colônia Militar na foz do rio Iguaçu em 1889, no qual o<br />
Ministro da Guerra relata que foi construída uma casa <strong>de</strong> ma<strong>de</strong>ira para a diretoria da<br />
colônia, três “ranchos”, dormitórios para os soldados, suas famílias e operários civis, a<br />
construção <strong>de</strong> estradas e picadas no interior da colônia e a construção <strong>de</strong> um local para a<br />
invernada <strong>de</strong> animais. 136<br />
Entretanto a Colônia Militar <strong>de</strong> Foz do Iguaçu sofria com a falta <strong>de</strong> recursos para<br />
<strong>de</strong>senvolver o projeto <strong>de</strong> um posto avançado administrativo do Brasil nessas terras,<br />
como <strong>de</strong>staca o Ministro da Guerra Francisco Antonio <strong>de</strong> Moura em 1892:<br />
Descrevendo os trabalhos executados anteriormente á sua<br />
administração e já mencionados [...] accrescenta o referido official<br />
que, <strong>de</strong>vido a falta <strong>de</strong> verba para o proseguimento dos trabalhos,<br />
pouco adiantamento tiveram estes no anno <strong>de</strong> 1891, limitando-se<br />
apenas a continuação dos que se achavam em andamento, sendo<br />
encetados alguns outros. 137<br />
O Ministro da Guerra faz menção à reclamação do chefe da Comissão<br />
responsável pela administração da Colônia Militar, relatando que faltava o envio <strong>de</strong><br />
verba contínua para manter o funcionamento ininterrupto das obras necessárias para a<br />
Colônia. Tal verba <strong>de</strong>veria ser <strong>de</strong> 40 a 50 contos anuais para manter a conservação das<br />
estradas <strong>de</strong> acesso à Colônia Militar e <strong>de</strong> outras obras <strong>de</strong> importância para a região; por<br />
135 FROTA, Antonio Nicoláo Falcão da. Ministério da Guerra. Relatório apresentado ao Presi<strong>de</strong>nte da<br />
República dos Estados Unidos do Brazil pelo general da divisão, Antonio Nicoláo Falcão da Frota,<br />
Ministro <strong>de</strong> Estado dos Negócios da Guerra, em junho <strong>de</strong> 1891. Rio <strong>de</strong> janeiro: Imprensa Nacional, 1891.<br />
p. 31 – 32.<br />
136 I<strong>de</strong>m. p. 31.<br />
137 MOURA, Francisco Antonio <strong>de</strong>. Relatório apresentado ao Vice-Presi<strong>de</strong>nte dos Estados Unidos do<br />
Brazil pelo general Francisco Antonio <strong>de</strong> Moura, Ministro <strong>de</strong> Estado dos Negócios da Guerra, em maio<br />
<strong>de</strong> 1892. Rio <strong>de</strong> Janeiro: Imprensa Nacional, 1892. p. 24.<br />
67