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EVANDRO RITT - Universidade Estadual de Londrina

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Viscon<strong>de</strong> <strong>de</strong> Caramúru, as colônias militares <strong>de</strong>veriam ser elementos <strong>de</strong> segurança,<br />

lugares estruturados para po<strong>de</strong>r manter a or<strong>de</strong>m e a <strong>de</strong>fesa quando necessários.<br />

Quanto a colônias propriamente militares, não me parece conveniente<br />

que se estabeleção indisdinctamente em alguns lugares, sem um plano<br />

previamente coor<strong>de</strong>nado, <strong>de</strong> modo que, em vez <strong>de</strong> estabelecimentos<br />

fracos, tenhamos elementos <strong>de</strong> segurança, quando a or<strong>de</strong>m ou a <strong>de</strong>fesa<br />

o exija. 128<br />

No enten<strong>de</strong>r do Ministro dos Negócios da Guerra, Viscon<strong>de</strong> <strong>de</strong> Caramúru, as<br />

colônias militares tinham a função <strong>de</strong> promover a colonização das regiões então vistas<br />

como estratégicas, assim como <strong>de</strong>fendê-las caso fossem invadidas pela nação vizinha<br />

que também preten<strong>de</strong>sse as mesmas terras. Por isso a insistência do Ministro para que<br />

esses estabelecimentos fossem fortificações fundadas em distâncias estratégicas da<br />

fronteira com o intuito <strong>de</strong> melhor <strong>de</strong>fendê-la.<br />

Estabelecendo colonias em distancias razoáveis pelas nossas<br />

fronteiras, umas auxiliarão as outras, e forças reunidas po<strong>de</strong>rão<br />

<strong>de</strong>fen<strong>de</strong>r-nos, quando aquelles pontos sejam atacados. O que vos digo,<br />

porém, não é cousa que <strong>de</strong> momento se consiga.<br />

Calculadas as distancias dos pontos importantes, coor<strong>de</strong>nando um<br />

plano <strong>de</strong> colonisação militar, toda a vantagem se consiguirá em<br />

realiza-lo gradual mas constantemente. 129<br />

Nesse sentido o Ministro pediu para que a colonização por meio das Colônias e<br />

<strong>de</strong> militares fosse estabelecida nessas regiões gradativamente e sem interrupções, pelo<br />

fato <strong>de</strong> que as já existentes estavam tendo bastante progresso. 130<br />

Para a criação <strong>de</strong> uma Colônia Militar havia a necessida<strong>de</strong> <strong>de</strong> ser criada uma<br />

comissão responsável para avaliar as ativida<strong>de</strong>s que as mesmas realizavam nas<br />

fronteiras do Estado brasileiro. Esta comissão, ligada ao Ministério da Guerra, também<br />

servia para relatar os avanços e retrocessos que a colônia passava no sentido <strong>de</strong> criar ou<br />

reestruturar as colônias já existentes, assim como <strong>de</strong> indicar as que já não tinham razão<br />

128 CARAMURU, Viscon<strong>de</strong> <strong>de</strong>. Relatório apresentado à Assembléia Geral Legislativa na terceira sessão<br />

da décima segunda legislatura pelo Ministro e Secretário <strong>de</strong> Estado dos Negócios da Guerra Viscon<strong>de</strong> <strong>de</strong><br />

Camamú. Rio <strong>de</strong> Janeiro: Typ. Universal <strong>de</strong> Laemmert, 1865. p. 19.<br />

129 I<strong>de</strong>m. p. 20.<br />

130 I<strong>de</strong>m. p. 20.<br />

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