14.10.2014 Views

EVANDRO RITT - Universidade Estadual de Londrina

EVANDRO RITT - Universidade Estadual de Londrina

EVANDRO RITT - Universidade Estadual de Londrina

SHOW MORE
SHOW LESS

You also want an ePaper? Increase the reach of your titles

YUMPU automatically turns print PDFs into web optimized ePapers that Google loves.

1 – O GOVERNO CENTRAL E O PROVINCIAL E A REGIÃO OESTE<br />

PARANAENSE<br />

Possuindo recursos naturaes incalculáveis, inexplorados<br />

pela falta <strong>de</strong> dinheiro com que luctava, fazendo-se-a<br />

<strong>de</strong>pen<strong>de</strong>r da Commissão Estratégica; é a colônia um dos<br />

pontos, senão o ponto <strong>de</strong> mais futuro commercial, que o<br />

Brazil possue em suas fronteiras com o Paraguay e<br />

Republica Argentina”.<br />

“É este o panorama que se avista da costa brazileira,<br />

panorama exclusivamente brazileiro, porque, a não ser<br />

d‟essa costa, e do ponto por nós <strong>de</strong>scortinado n‟aquela<br />

época, não ha outro <strong>de</strong> on<strong>de</strong> se possa avistar completo.<br />

Muitos viajantes extrangeiros, têm ido ver esses saltos,<br />

mas pelo lado argentino é <strong>de</strong> uma gran<strong>de</strong> distancia, <strong>de</strong><br />

modo que nunca po<strong>de</strong>ram ver os saltos maiores e mais<br />

bonitos. 36<br />

1.1 Os militares e a Colônia Militar<br />

No final do século XIX, o Brasil passava por uma transformação política. O país<br />

<strong>de</strong>ixava <strong>de</strong> ter como sistema político o regime imperial e passava a se organizar por<br />

meio do sistema republicano. Entretanto, o governo imperial, e posteriormente o<br />

republicano, travaram no âmbito das negociações internacionais e a <strong>de</strong>limitação das<br />

fronteiras nacionais. Nesse momento histórico, o Barão do Rio Branco e sua equipe<br />

eram as figuras mais expressivas <strong>de</strong>sses episódios.<br />

Po<strong>de</strong>-se dizer que o novo governo republicano, pelo menos nos primeiros anos,<br />

<strong>de</strong>u continuida<strong>de</strong> ao projeto expansionista das fronteiras nacionais promovidas durante<br />

o governo imperial. Assim, o governo brasileiro e o Exército agiam no intuito <strong>de</strong> formar<br />

as fronteiras nacionais.<br />

Neste capítulo analisaremos as estratégias utilizadas pelos governos brasileiros,<br />

tanto no período imperial quanto no regime republicano, para formar as fronteiras<br />

nacionais, os motivos que levaram os militares a fundar essas colônias em regiões<br />

inóspitas do Brasil, chamadas, no período, <strong>de</strong> sertão. 37<br />

36 MURICY, José. A Foz do Iguassú. Ligeira <strong>de</strong>scrição <strong>de</strong> uma viagem feita <strong>de</strong> Guarapuava à Foz do<br />

Iguassú em novembro <strong>de</strong> 1892. Curytiba: Imprensa Paranaense, 1896. p. 21 – 41 (Grifo nosso).<br />

37 Concordamos com a <strong>de</strong>finição dada ao termo sertão por Gilmar Arruda, que o consi<strong>de</strong>ra uma<br />

representação na qual a partir <strong>de</strong> meados do século XIX uma nova realida<strong>de</strong> <strong>de</strong> “cultura urbana” vai<br />

pensar o espaço da esmagadora maioria do território brasileiro como “incivilizado e atrasado”, em<br />

26

Hooray! Your file is uploaded and ready to be published.

Saved successfully!

Ooh no, something went wrong!