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EVANDRO RITT - Universidade Estadual de Londrina

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essaltar os mecanismos <strong>de</strong> acesso a terra na fronteira, assim como a política levada a<br />

cabo pelos militares para atrair colonos para a Colônia Militar, analisa também a vida<br />

dos colonos e suas estratégias <strong>de</strong> sobrevivência na fronteira e suas queixas. 34<br />

Nesse contexto Myskiw <strong>de</strong>fen<strong>de</strong> que na fronteira:<br />

[...] os erros e <strong>de</strong>smandos dos diretores da Colônia Militar<br />

contribuíram ainda mais para o acirramento dos conflitos agrários na<br />

medida em que <strong>de</strong>ixaram <strong>de</strong> realizar a <strong>de</strong>marcação dos terrenos<br />

concedidos aos colonos e <strong>de</strong> não expedir os documentos provisórios e<br />

<strong>de</strong>finitivos das terras aos colonos; que o clientelismo e as práticas<br />

coronelísticas levadas a cabo por comerciantes e empresários tornaram<br />

a problemática agrária ainda mais aguda, pondo em xeque o projeto<br />

colonizatório proposto pelos militares em 1888. 35<br />

A especial preocupação do autor é <strong>de</strong> verificar como os lotes <strong>de</strong> terras da<br />

Colônia Militar <strong>de</strong> Foz do Iguaçu ficaram organizados após a saída dos militares da<br />

região, on<strong>de</strong> Myskiw verifica que apesar <strong>de</strong> os militares fornecerem os títulos <strong>de</strong><br />

proprieda<strong>de</strong>s aos colonos a região ficou entregue aos mandos e <strong>de</strong>smandos <strong>de</strong> ações<br />

coronelísticas praticados por um dos maiores latifundiários da Região após a saída dos<br />

militares da administração da Colônia.<br />

As obras analisadas não abordam especificamente a fundação ou a permanência<br />

dos militares na região da Colônia Militar <strong>de</strong> Foz do Iguaçu, no entanto realizam uma<br />

abordagem histórica da colonização da região que tomam a Colônia Militar como a<br />

primeira iniciativa concreta do governo imperial e, posteriormente, republicano <strong>de</strong><br />

ocupar essas terras.<br />

A dissertação está dividida em três capítulos. No primeiro capítulo verificamos o<br />

contexto político nacional e da região Oeste paranaense, no sentido <strong>de</strong> i<strong>de</strong>ntificar os<br />

motivos que levaram os militares a fundar Colônias Militares no final do século XIX.<br />

Nesse capítulo, “Os militares e a Colônia Militar”, verificamos a região Oeste<br />

paranaense à primeira tentativa do governo em ocupar esse espaço, também disputado<br />

pela Argentina. Aspectos sociais e econômicos da região também estão evi<strong>de</strong>nciados,<br />

como a extração da erva mate e da ma<strong>de</strong>ira, fonte <strong>de</strong> trabalho e renda da população.<br />

O segundo capítulo, “Ocupação das terras da Província do Paraná”,<br />

analisa especificamente a ocupação da região <strong>de</strong> fronteira entre o Brasil e a Argentina;<br />

as ações do governo imperial e do governo provincial na ocupação <strong>de</strong>ssa região.<br />

34 I<strong>de</strong>m. p. 23.<br />

35 I<strong>de</strong>m. p. 17.<br />

24

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