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EVANDRO RITT - Universidade Estadual de Londrina

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também os motivos da instalação da Colônia Militar na foz do rio Iguaçu, propósito que<br />

conflitava com os interesses dos argentinos.<br />

Dando continuida<strong>de</strong> às obras analisadas, temos, agora, a <strong>de</strong> Liliane da Costa<br />

Freitag, “Fronteiras perigosas: migração e brasilida<strong>de</strong> no extremo-oeste paranaense<br />

(1937 – 1954)” 20 . Seu livro é <strong>de</strong> 2001, publicado pela EDUNIOESTE, sua pesquisa<br />

“[...] analisa o processo <strong>de</strong> ocupação do espaço que compreen<strong>de</strong>, hoje, o município <strong>de</strong><br />

Palotina, situado no extremo-oeste paranaense, através da articulação entre instâncias <strong>de</strong><br />

or<strong>de</strong>m político-i<strong>de</strong>ológica, econômico-empresarial e religiosa.” 21<br />

No capítulo intitulado: “O extremo Oeste paranaense integrando-se ao Brasil”, a<br />

autora trata “[...] da integração histórica da fronteira internacional do extremo-oeste do<br />

Paraná no contexto nacional [...]. Caracterizamos o perfil étnico, econômico e cultural<br />

dos personagens da fronteira extremo-oeste do Paraná”. 22<br />

Sobre a fundação da colônia militar, a autora aborda sua sistemática sobre o<br />

assunto, afirmando que “[...] Recuamos ao final do século passado, em uma perspectiva<br />

histórica, discorrendo sobre a fundação da Colônia Militar <strong>de</strong> Foz do Iguaçu, que teve<br />

como objetivo primordial, na época, ocupar e nacionalizar a fronteira sobre a qual nos<br />

referimos. [...] Iniciarmos pela fundação da Colônia não é uma escolha aleatória, pois é<br />

nesse momento que ocorre o primeiro contato oficial brasileiro com gran<strong>de</strong>s unida<strong>de</strong>s<br />

produtivas estrangeiras e seu sistema peculiar <strong>de</strong> trabalho e produção, sediada em<br />

território legitimamente brasileiro.” 23<br />

O objetivo da autora em pesquisar a região <strong>de</strong> Foz do Iguaçu se diferencia do<br />

estudo <strong>de</strong> Wachovicz, que no enten<strong>de</strong>r <strong>de</strong> Freitag “[...] <strong>de</strong>screve múltiplas<br />

peculiarida<strong>de</strong>s que se inseriam no interior do espaço da obrage [...], já o estudo <strong>de</strong><br />

Freitag atém-se [...] na <strong>de</strong>scrição, i<strong>de</strong>ntificação e na caracterização da estrutura <strong>de</strong><br />

múltiplas relações existentes no interior <strong>de</strong>ssas empresas [...]”. 24<br />

Apesar <strong>de</strong> haver certa bibliografia que tem por objeto a região ou a forma <strong>de</strong><br />

trabalho baseado no sistema <strong>de</strong> obrages, a autora <strong>de</strong>staca que “[...] não se verifica, no<br />

entanto, uma preocupação mais apurada em nível <strong>de</strong> análise histórica, com relação às<br />

implicações causadas pelo predomínio obragero no extremo-oeste paranaense”. 25 A<br />

20 FREITAG, Liliane da Costa. Fronteiras perigosas: migração e brasilida<strong>de</strong> no extremo oeste paranaense<br />

(1937 – 1954). Cascavel: EDUNIOESTE, 2001. 140 p.<br />

21 I<strong>de</strong>m. p. 17.<br />

22 I<strong>de</strong>m. p. 45.<br />

23 I<strong>de</strong>m. p. 45.<br />

24 I<strong>de</strong>m. p. 46.<br />

25 I<strong>de</strong>m. p. 46.<br />

21

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