EVANDRO RITT - Universidade Estadual de Londrina
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4 – CONCLUSÃO<br />
Observamos que a Colônia Militar <strong>de</strong> Foz do Iguaçu aparecia em pesquisas<br />
acadêmicas <strong>de</strong> forma secundária, sendo que o principal objeto <strong>de</strong>sses trabalhos resultava<br />
em problematizar a região Oeste paranaense, a colonização, entre outros aspectos. A<br />
Colônia Militar aparecia como parte do processo colonizatório e <strong>de</strong> ocupação daquele<br />
espaço. Esta pesquisa revelou que essa instituição enfrentou muitos problemas e teve<br />
constantemente o perigo <strong>de</strong> seu fechamento.<br />
No entanto, observamos que a fundação da Colônia Militar em 1889, planejada<br />
para ocupar e posteriormente <strong>de</strong>senvolver a colonização da região por meio da<br />
administração dos militares, e que teve seu <strong>de</strong>sfecho em 1910, em seus objetivos<br />
primários não <strong>de</strong>u certo. Muitos foram os fatores que contribuíram para que a Colônia<br />
Militar não promovesse sua função junto ao Ministério da Guerra e à Província do<br />
Paraná e dos próprios militares que serviram nessa região.<br />
Verificamos que as contrarieda<strong>de</strong>s das matas e a dificulda<strong>de</strong> <strong>de</strong> manter um<br />
acesso entre as regiões populosas da Província à região da Colônia, o sistema<br />
econômico e <strong>de</strong> trabalho <strong>de</strong>senvolvido pelas populações que ali residiam sendo um<br />
obstáculo ao trabalho dos militares e que <strong>de</strong>monstravam que não eram os membros da<br />
Colônia Militar que ditavam as regras sociais, mas sim o trabalho <strong>de</strong> retirar as riquezas<br />
da natureza o fator <strong>de</strong> movimentação das pessoas na região.<br />
Mesmo tendo um planejamento para realizar o processo <strong>de</strong> colonização nas<br />
regiões consi<strong>de</strong>radas <strong>de</strong> sertão, o governo imperial, e posteriormente republicano,<br />
brasileiro, por meio da abertura <strong>de</strong> meios <strong>de</strong> comunicação para assim promover a<br />
colonização espontânea não conseguiu, no período em que a Colônia Militar funcionou,<br />
colonizar a região. Quanto ao governo Provincial e <strong>Estadual</strong>, que almejavam realizar a<br />
colonização por meio <strong>de</strong> colônias imigratórias, não houve interesse dos imigrantes em<br />
a<strong>de</strong>ntrar tão longe nas matas paranaenses.<br />
Observamos que os vários problemas enfrentados pelos militares para fundar e<br />
fazer sobreviver a Colônia Militar, como o problema da distância o caminho a ser<br />
percorrido para se chegar à Colônia Militar somente pelo rio Paraná via Argentina, por<br />
trem também passando por terras argentinas ou pela picada, estrada estreita aberta no<br />
meio das matas on<strong>de</strong> havia o perigo das chuvas, enchentes e ataques <strong>de</strong> animais foram<br />
fatores que contribuíram para que a administração dos militares não prosperasse.<br />
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