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EVANDRO RITT - Universidade Estadual de Londrina

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[...] entre as exclamações <strong>de</strong> admiração proferidas pelo ilustre<br />

visitante, fluía seu protesto pelo fato <strong>de</strong> ser proprieda<strong>de</strong> particular – <strong>de</strong><br />

Jesus Val – as terras que orlavam o rio Iguaçu, naquele trecho. Supõese<br />

que houve influencia <strong>de</strong> sua parte na <strong>de</strong>cisão do Governo <strong>Estadual</strong><br />

em <strong>de</strong>sapropriar toda a extensão do terreno que, mais tar<strong>de</strong>, tornou-se<br />

Parque Nacional. 312<br />

Nos escritos <strong>de</strong> Otíllia Schimmelpfeng, percebemos que ela busca a colocar a<br />

cida<strong>de</strong> com vocação para o turismo, tendo outra visão daquela enfocada pelos militares.<br />

No entanto, percebemos como foi difícil para os primeiros comerciantes da região das<br />

Cataratas do Iguaçu levarem esse projeto adiante. Por outro lado, os argentinos, pelo seu<br />

lado das Cataratas também <strong>de</strong>monstravam interesse em explorar os recursos naturais<br />

como forma <strong>de</strong> renda:<br />

A Argentina construira seu gran<strong>de</strong> Hotel das Cataratas que figurava<br />

num alto padrão <strong>de</strong> conforto, ambiente aprazível e uma completa<br />

ca<strong>de</strong>ia <strong>de</strong> serviços para a manutenção <strong>de</strong> sua ativida<strong>de</strong> turística, fatos<br />

que vinham obscurecer mais ainda as nossas pretensões. 313<br />

Po<strong>de</strong>mos perceber que a relatora toma as ações do lado argentino como um fato<br />

que prejudicaria “nossas pretensões”, que eram comerciais e não mais <strong>de</strong> <strong>de</strong>fesa da<br />

nação, por isso muito dinheiro foi gasto pelos brasileiros que viviam na cida<strong>de</strong> <strong>de</strong> Foz<br />

do Iguaçu, mas seus investimentos tiveram pouco retorno efetivo. No restante da década<br />

<strong>de</strong> 1910, as ações <strong>de</strong> melhorar a infra estrutura das Cataratas foram bastante tímidas; o<br />

Parque Nacional do Iguaçu foi criado somente no ano <strong>de</strong> 1937 e é a partir <strong>de</strong>sse ano que<br />

melhorias mais efetivas, visando o ecoturismo tiveram, <strong>de</strong> fato, um investimento maior.<br />

Na década <strong>de</strong> 1920, <strong>de</strong>stacamos a viagem <strong>de</strong> Jaime Ballão, <strong>de</strong> Curitiba a Foz do<br />

Iguaçu, em 28 <strong>de</strong> abril daquele ano. Ele e seu grupo partiram em quatro carros, <strong>de</strong>ntro<br />

<strong>de</strong>les estavam os Deputados Romualdo Baranna, Generoso Borges, Jaime Ballão e José<br />

Pedro Trinda<strong>de</strong>. Acompanhavam a viagem Moreira Garcez, representante do Presi<strong>de</strong>nte<br />

do estado do Paraná, o Coronel José Bevilacqua, representante do Ministério da Guerra,<br />

Humberto Pe<strong>de</strong>rneiras, representante do Ministério da Aviação, Alberto <strong>de</strong> Moraes<br />

Aguiar, representante do Ministério da Agricultura, Carlos Ross, Secretário Geral no<br />

Estado do Paraná e do Ex-presi<strong>de</strong>nte do Estado do Paraná, Affonso Camargo. Essa<br />

viagem foi realizada no intuito <strong>de</strong> inaugurar a recém reformulada estrada <strong>de</strong> Guarapuava<br />

312 I<strong>de</strong>m. p. 23 – 24.<br />

313 I<strong>de</strong>m. p. 24.<br />

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