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EVANDRO RITT - Universidade Estadual de Londrina

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3.3 Da Colônia Militar à cida<strong>de</strong> <strong>de</strong> Foz do Iguaçu: das obrages à vocação turística da<br />

cida<strong>de</strong><br />

A Colônia Militar, pouco a pouco, <strong>de</strong>spertava menos interesse para as<br />

autorida<strong>de</strong>s políticas, tanto nacionais quanto do Estado do Paraná. O comércio dos<br />

elementos naturais da região da erva mate e da ma<strong>de</strong>ira rendia pouca arrecadação para<br />

os cofres públicos por esse motivo o interesse <strong>de</strong> instalar órgãos oficiais no intuito <strong>de</strong><br />

aumentar a arrecadação e a burocracia na região não aumentavam. Conforme a Colônia<br />

Militar foi sendo <strong>de</strong>ixada para segundo plano uma classe <strong>de</strong> citadinos começaram a<br />

formar um discurso político no sentido <strong>de</strong> formar na região sua dominação.<br />

Especialmente ligada aos rumos sociais e econômicos que a população <strong>de</strong>veria tomar.<br />

Silveira Netto conta que: “A população nessa época (1905) orçava em 2000<br />

almas.” 299 Ao chegar à Colônia Militar, <strong>de</strong>corridos mais <strong>de</strong> vinte dias <strong>de</strong> viagem por<br />

meio do rio Paraná, essa era a impressão do viajante sobre o lugar:<br />

[...] De novo em marcha, a cinco quilômetros acima, <strong>de</strong>frontamos o<br />

porto <strong>de</strong> <strong>de</strong>sembarque da Colônia Militar. Alta barranca interceptando<br />

a vista do lugar; uma escada <strong>de</strong> ma<strong>de</strong>ira <strong>de</strong>scendo até a praia, era a<br />

<strong>de</strong>soladora a primeira impressão que tínhamos da esperada<br />

fronteira. 300<br />

A primeira impressão da Colônia Militar não <strong>de</strong>spertava nenhum interesse, nem<br />

<strong>de</strong>monstrava o local como especial, ou seja, tratava-se apenas <strong>de</strong> uma localida<strong>de</strong> da<br />

nação brasileira, conforme relata Silveira Netto. A única diferença era a presença <strong>de</strong><br />

vários oficiais militares do Exército brasileiro e as instituições públicas e seus<br />

representantes que ali estavam instaladas. Ao i<strong>de</strong>ntificar esses indivíduos da Colônia<br />

Militar, Silveira Netto <strong>de</strong>staca a pessoa <strong>de</strong> Jorge Schimmelpfeng “[...] antes chefe da<br />

repartição estadual, e <strong>de</strong>pois dos mais fortes negociantes e industriais dali [...]” 301 como<br />

<strong>de</strong>staca também outros moradores da região.O poeta Silveira Netto também <strong>de</strong>staca a<br />

dificulda<strong>de</strong> <strong>de</strong> se manter uma cultura voltada à representação brasileira:<br />

Ao chegarmos, em 1905, a feição característica da Colônia era mais<br />

<strong>de</strong> uma povoação estrangeira; raro, o dinheiro nacional quando<br />

299 SILVEIRA NETTO, Manoel <strong>de</strong> Azevedo da. DO GUAIRÁ AOS SALTOS DO IGUAÇU... Op. Cit. p.<br />

25. (grifo nosso)<br />

300 I<strong>de</strong>m. p. 43.<br />

301 I<strong>de</strong>m. p. 44.<br />

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