TEREZA SANDRA LOIOLA VASCONCELOS ... - Uece

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intensivo dos vales úmidos e uma grande reorganização do território, por meio da
modernização das indústrias então existentes, em particular as têxteis.
Esses objetivos estão explicitados no GTDN:
Para modificar a estrutura ocupacional da região e elevar, efetivamente, o padrão de
vida, será necessário atacar em duas frentes simultâneas: a da industrialização, para
absorver os excedentes urbanos, e a do deslocamento da fronteira agrícola e da
irrigação das zonas áridas, para aumentar a disponibilidade de terras aráveis por
homem ocupado na agricultura (1959, p. 55).
O GTDN apresentava uma análise estritamente econômica, vislumbrando uma
rápida transformação de todo o sistema local. Por intermédio de gráficos e tabelas, faziam-se
comparações entre a zona subdesenvolvida (Nordeste) e a desenvolvida (Centro-Sul),
considerando também São Paulo.
Na visão de Bursztyn (1984, p. 24), no entanto, “a SUDENE, mostrou-se, desde
seu nascimento, frágil frente às oligarquias locais. As saídas apontadas foram, portanto, mais
paliativas do que terapêuticas”.
Na interpretação de Oliveira (1981, p. 125), essa instituição pública era “um aviso
prévio do Estado autoritário, exacerbação fusão Estado - burguesia, dissolução da
ambigüidade Estado - burguesia, a tal ponto que um se confunde com o outro, e os limites de
Estado e sociedade civil podem borrar-se completamente”. Essa agência, de fato, representava
um freio aos movimentos populares e a integração da economia nordestina à nova divisão do
trabalho, comandada pela burguesia industrial, de São Paulo.
A seca, na concepção dos técnicos da Sudene, representava uma crise de produção,
não sendo suficiente a construção de barragens ou uma intervenção no domínio fundiário. No
tocante à irrigação, foram reorientados os trabalhos do DNOCS e iniciados estudos para a
implantação da agricultura pública irrigada, meio para a produção de alimentos. A ideia era
diminuir as fragilidades econômicas do Nordeste, em relação ao contexto nacional, inserindoo
na realidade mundial. Daí a preocupação excessiva na produção, na entrada de inovações
tecnológicas e na aproximação intensa e acelerada da industrialização à agricultura.
Nesse ínterim, o Estado, associando-se aos interesses do capital financeiro,
dinamiza as relações bancárias. De fato, a maior parte dos incentivos levantados pelo BNB
refere-se à política credíticia. Outro fato, entretanto, na história da modernização do território
nordestino marca a forte presença desse Banco. Com a Sudene e os incentivos fiscais