TEREZA SANDRA LOIOLA VASCONCELOS ... - Uece
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Figura 4: Vilas Coloniais, com destaque na Ribeira do Acaraú.<br />
Fonte: Adaptado de Nascimento, 2006 e Pinheiro, 2008.<br />
Relata a historiografia cearense que os últimos redutos de oficinas de charque no<br />
Ceará datam do último decênio do século XVIII (1790), enquanto no restante do semiárido<br />
nordestino a atividade permaneceu até 1827 (GIRÃO, 1996).<br />
Somente décadas depois desponta o algodão, mesmo com a presença do gado, no<br />
que ficou conhecido como o binômio gado-algodão. No contexto cearense, a economia<br />
algodoeira sobrepõe-se à da pecuária, configurando a segunda reestruturação socioespacial,<br />
identificada como as molas mestras da história política e econômica do século XIX.<br />
2.1.2 O “ouro branco”: a fase áurea do algodão<br />
A atividade algodoeira sempre fora cultivada pelos indígenas. Nesse período, não<br />
tinha caráter comercial. Só mais tarde, quando se difundiu por maior extensão territorial, o<br />
algodão foi incorporado pela prática da comercialização.<br />
Com características peculiares que logo o fizeram se expandir no sertão cearense,<br />
permaneceu durante longo período em parceria com o gado, até sobrepujar-se à atividade<br />
pecuarista. Naquele momento, era o gado que transportava os fardos de algodão até o litoral,<br />
para o seu embarque nos portos cearenses.