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TEREZA SANDRA LOIOLA VASCONCELOS ... - Uece

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34<br />

2. REESTRUTURAÇÃO SOCIOESPACIAL: PERCURSO NA GEOGRAFIA DO<br />

CEARÁ<br />

A formação socioespacial oferece o arcabouço da sucessão dos modos de produção<br />

e dos ingredientes antropológicos que oferecem explicação do espaço geográfico<br />

atual. Assim, entende-se o espaço atual como herança de gerações passadas, com<br />

toda sua carga de formas e valores imateriais. Aclara-se, desse modo, o sentido de<br />

reestruturação socioespacial como renovação, com inserção de novos componentes<br />

que dêem sentidos a um modo de produção e consumo que viabilize a vida coletiva.<br />

(LIMA, 2008).<br />

Nesse momento do trabalho, compreenderemos a formação e a reestruturação<br />

socioespacial, tendo como objeto o espaço cearense, restringindo-se à parte do vale do rio<br />

Acaraú. Como o espaço é “considerado um mosaico de elementos de diferentes eras,<br />

sintetizando, de um lado, a evolução da sociedade e explicando de outro lado, situações que se<br />

apresentam na atualidade” (SANTOS, 1985, p. 22), o presente nos motivou ir procurar na<br />

história o entendimento dessas alterações, da seletividade dos espaços e da identidade dos<br />

lugares, tentando analisar os conflitos inerentes a esse processo.<br />

A discussão parte do constante vir-a-ser, da busca incessante pela modernização,<br />

por parte das classes aristocráticas de cada período histórico, traduzida pela necessidade de<br />

inserir o território cearense nas transações mercadológicas, alicerçadas pelas políticas estatais<br />

que se desenrolavam no concerto nacional.<br />

Nesse movimento, com alternâncias em declínios e apogeus, vem à tona a<br />

característica peculiar do modo de produção capitalista de se reerguer, não como passe de<br />

mágica, mas com o auxílio dos representantes do Estado, perante a maior parcela da<br />

sociedade.<br />

Os próximos passos tentam discernir o espaço geográfico no âmbito da produção,<br />

circulação, consumo, lutas, vivências, símbolos e sonhos (CORRÊA, 2002), esboçando os<br />

traços materiais e imateriais como importantes na formação socioespacial cearense,<br />

considerando o espaço, sobretudo, como “um instrumento político intencionalmente<br />

manipulado, mesmo se a intenção se dissimula sob as aparências coerentes da figura<br />

espacial”. (LEFÈBVRE, 2008, p. 44).

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