relações entre valores individuais, valores organizacionais e ... - Ucg
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Tanto Schein (1991) quanto Hofstede (1994), ao proporem o modelo de<br />
desenvolvimento da cultura organizacional, também atribuem aos <strong>valores</strong> uma posição de<br />
destaque.<br />
De forma geral, pode-se dizer que a cultura consiste em elementos<br />
compartilhados que constituem os padrões para perceber, pensar, agir e comunicar. A<br />
sociedade e as organizações transmitem aos seus membros, por meio de diversos<br />
mecanismos, esses elementos compartilhados. As prioridades axiológicas de uma<br />
sociedade ou de uma organização expressam a estrutura básica da sua cultura<br />
(SCHWARTZ, 1995, 1996).<br />
Percebe-se, pelas idéias dos autores citados, que os <strong>valores</strong> constituem o núcleo<br />
da cultura, também quando se referem às organizações. Os <strong>valores</strong> orientam as práticas<br />
gerenciais, as políticas <strong>organizacionais</strong> e o comportamento dos trabalhadores. Eles são<br />
divulgados na missão e nas políticas da organização, nos documentos oficiais e nos ritos<br />
<strong>organizacionais</strong>.<br />
Tamayo afirma que “os <strong>valores</strong>, com as normas, as crenças compartilhadas, os<br />
símbolos e os rituais constituem os elementos da cultura de uma sociedade ou de uma<br />
empresa” (TAMAYO, 1996, p.175). Basicamente, os <strong>valores</strong> <strong>organizacionais</strong> são crenças<br />
sobre o que é bom e desejável para a organização.<br />
Da mesma forma que os <strong>valores</strong> humanos, onde os indivíduos têm exigências<br />
universais, as organizações também necessitam de exigências universais que têm de ser<br />
satisfeitas para garantir a sua sobrevivência.<br />
Segundo Tamayo (1996), toda organização enfrenta três problemas<br />
fundamentais:<br />
1. a relação <strong>entre</strong> o indivíduo e o grupo, por ser sempre conflituosa no<br />
sentido de estar conciliando as metas e os interesses do indivíduo e<br />
da organização;<br />
2. a necessidade de elaborar uma estrutura para que a organização<br />
possa sobreviver, tais como: a definição de papéis, normas,<br />
subsistemas <strong>organizacionais</strong>, etc.;<br />
3. a relação da organização com o meio ambiente natural e social, pois<br />
toda organização, de uma forma ou de outra, está estabelecida em<br />
algum lugar e inserida em alguma sociedade. Ou seja, a<br />
organização, para sobreviver, precisa manter relação com o meio,<br />
com a sociedade e com as outras organizações. (TAMAYO, 1996,<br />
p.184-185)