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relações entre valores individuais, valores organizacionais e ... - Ucg

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Tanto Rokeach (1979) quanto Schwartz (1992) observaram que as diferenças<br />

de <strong>valores</strong> <strong>entre</strong> indivíduos, organizações e nações não provêm do fato de que um grupo ou<br />

pessoa tem um valor específico, uma vez que o mesmo número relativamente pequeno de<br />

<strong>valores</strong> é encontrado na maioria dos ambientes. Ao invés disso, as pessoas e os grupos<br />

diferem em termos da importância que é atribuída aos diferentes <strong>valores</strong>, sendo que essas<br />

diferenças podem, assim, ser descritas em termos de hierarquia de <strong>valores</strong> ou estrutura de<br />

<strong>valores</strong>. Uma estrutura de valor é mais do que uma hierarquia de valor, uma vez que ela é<br />

um padrão de relações <strong>entre</strong> um grupo de <strong>valores</strong>, e os padrões podem diferir tanto em<br />

termos de compatibilidade quanto em termos de conflito <strong>entre</strong> os <strong>valores</strong>.<br />

As organizações adotam os <strong>valores</strong> <strong>organizacionais</strong> como uma crença naquilo<br />

que é valioso e relevante para elas. Nesse sentido, todas as organizações definem aquilo<br />

que merece atenção. Todas, de certa forma, possuem <strong>valores</strong>, sejam eles expressos de<br />

modo formal ou não.<br />

Tamayo & Gondim (1996) enfatizam, no contexto dos <strong>valores</strong> <strong>organizacionais</strong>,<br />

as dimensões cognitiva, motivacional, funcional e hierárquica.<br />

No aspecto cognitivo, os <strong>valores</strong> <strong>organizacionais</strong> constituem elementos básicos,<br />

já que eles são crenças sobre o que é e o que não é desejável na organização, sobre o que<br />

promove resultado positivo ou não. Dessa maneira, expressam formas de conhecer a<br />

realidade organizacional, respostas a problemas <strong>organizacionais</strong>. Essas crenças vinculamse<br />

a diversas dimensões da vida organizacional, tais como a produção, a qualidade, as<br />

relações interpessoais, o respeito à autoridade gerencial, a obediência às normas, etc. Nessa<br />

dimensão, os <strong>valores</strong> funcionam como padrões cognitivos para o julgamento e a<br />

justificação do comportamento de si e dos outros.<br />

Na dimensão motivacional, os <strong>valores</strong> <strong>organizacionais</strong> funcionam como<br />

necessidades que determinam o comportamento orientado a um fim (FEATHER, 1995). A<br />

prioridade que uma organização atribui a alguns <strong>valores</strong> determina a quantidade de esforço<br />

que seus membros despendem em certos comportamentos e na vivência dos mesmos.<br />

Nessa dimensão, os <strong>valores</strong> expressam interesses e desejos de alguém, sendo que esses<br />

interesses e desejos podem ser <strong>individuais</strong> ou coletivos.<br />

Quanto à dimensão funcional, os <strong>valores</strong> <strong>organizacionais</strong> têm a função de<br />

orientar a vida da organização, guiar o comportamento dos seus membros e o julgamento<br />

que eles fazem do comportamento dos outros. Esses <strong>valores</strong> são determinantes da rotina<br />

diária da organização. Os <strong>valores</strong> possuem ainda a função “de vincular as pessoas de modo

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