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relações entre valores individuais, valores organizacionais e ... - Ucg

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segurança, servem a interesses mistos e estão localizados <strong>entre</strong> as regiões referentes aos<br />

interesses <strong>individuais</strong> e coletivos.<br />

Segundo Tamayo e Schwartz (1993), a teoria dos <strong>valores</strong> humanos proposta<br />

por Schwartz e Bilsky postulam dois tipos básicos de relacionamento: de compatibilidade e<br />

de conflito. Em outras palavras, como os <strong>valores</strong> estão a serviço de interesses <strong>individuais</strong>,<br />

coletivos ou mistos, a relação estabelecida <strong>entre</strong> eles é basicamente de dois tipos: de<br />

compatibilidade e de conflito.<br />

Schwartz e Bilsky (1987; 1990) consideram a compatibilidade <strong>entre</strong> tipos de<br />

<strong>valores</strong> que estão contíguos, ou seja, que estão próximos, que são vizinhos, como, por<br />

exemplo, estimulação e hedonismo, tradição e conformidade. O conflito <strong>entre</strong> os tipos de<br />

<strong>valores</strong> está <strong>entre</strong> aqueles que se situam em direções contrárias, ou seja, que se situam em<br />

lados opostos, como, por exemplo, estimulação e conformidade, hedonismo e tradição.<br />

De acordo com Tamayo e Schwartz (1993), a procura concomitante por tipos<br />

de <strong>valores</strong> motivacionais que pertencem a uma mesma área contígua é possível, porque<br />

esses <strong>valores</strong> estão a serviço de um mesmo interesse e possuem objetivos harmoniosos.<br />

Assim, por exemplo, tanto tradição quanto conformidade buscam a submissão a normas e<br />

o autocontrole. Por outro lado, a procura concomitante de tipos de <strong>valores</strong> situados em<br />

áreas opostas é conflitiva, porque estão a serviço de interesses contrários. Assim, por<br />

exemplo, a preservação da estabilidade e das práticas tradicionais, presente nos <strong>valores</strong> do<br />

tipo tradição, é conflitiva com a procura de mudança e de novidade, que é o núcleo dos<br />

<strong>valores</strong> do tipo estimulação.<br />

Vários estudos têm se fundamentado nessa estrutura empírica (SCHWARTZ &<br />

SAGIV, 1995; SCHWARTZ & ROS, 1995), d<strong>entre</strong> eles destacando-se o trabalho de<br />

Schwartz e Tamayo (1993), realizado no Brasil, que teve como objetivo verificar a<br />

estrutura motivacional dos <strong>valores</strong> com amostras brasileiras. O estudo foi composto por<br />

duas amostras: a primeira formada por 154 professores, sendo 70 do sexo masculino e 84<br />

do sexo feminino, com idade variando <strong>entre</strong> 30 e 31 anos; a segunda, formada por 244<br />

estudantes universitários de ambos os sexos, com idade variando <strong>entre</strong> 21 e 25 anos,<br />

oriundos de cinco regiões geopolíticas do País. Utilizou-se a escala elaborada por<br />

Schwartz, composta por 56 <strong>valores</strong>, sendo 30 <strong>valores</strong> terminais e 26 <strong>valores</strong> instrumentais.<br />

Segundo os autores da pesquisa, foram acrescentados quatro <strong>valores</strong> à cultura<br />

brasileira, devido às suas peculiaridades. Esses <strong>valores</strong>, conforme Tamayo (1997, p.121-<br />

122), foram definidos operacionalmente pelos sujeitos <strong>entre</strong>vistados como:

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